PPPs se unem para formar o maior player do mercado e potencializar o 5G no Brasil

Salvador, 18/06/2021 – Uma revolução que vai remodelar a sociedade e os meios produtivos – é assim que os especialistas em Telecom percebem a implementação do 5G no Brasil. Prevista para estar disponível até 2025, a tecnologia promete trazer diversas inovações que refletirão em maior produtividade, avanços na economia e na qualidade de serviços.

Diante disso, a expectativa é de que a participação de provedores menores no leilão de frequências promovido pela Anatel seja possível, descentralizando as oportunidades das mãos somente das grandes operadoras. “Sabemos da importância da chegada do 5G ao país, por isso, apoiamos a criação do coletivo “Iniciativa 5G Brasil”, justamente para que todos possam fazer parte dessa revolução que é a quinta geração da telefonia móvel”, diz o diretor de Marketing da InternetSul, Alexandro Schuck.

O projeto “Iniciativa 5G Brasil” é formado por provedores regionais de banda larga fixa e tem como objetivo promover estudos econômicos, jurídicos e regulatórios, além do aporte de recursos, a fim de que essas prestadoras também estejam presentes no processo de implantação da tecnologia. Mais especificamente, o coletivo visa estudar o tema, o edital, entender todas as premissas e preceitos estabelecidos e analisar as vantagens comparativas e competitivas dos provedores no leilão.

Schuck explica que a união dos provedores com objetivo de estudar esse edital e analisar a viabilidade e o impacto do 5G se tornou essencial para o segmento e sua sobrevivência. “Sabemos que as prestadoras de pequeno porte não têm tamanho suficiente para competir no leilão. Além disso, o investimento não será baixo, pois para atingir as altas velocidades prometidas, que são superiores a 800Mega, é necessário ter pontos de presença a cada 250 metros, conforme densidade e distância dos clientes”, alerta.

O grupo mira nas licenças regionais da faixa de 3,5 GHz, com foco na prestação de serviços no mercado móvel. Os provedores participantes do consórcio são de diferentes tamanhos, desde empresas com cerca de 2 mil acessos até as organizações de maior porte, com até 70 mil acessos.

Atualmente, o edital está em fase de avaliação no Tribunal de Contas da União (TCU). Portanto, ainda há tempo das empresas de pequeno e médio porte se juntarem ao coletivo. Quanto mais PPPs (Provedores de Pequeno Porte) participarem do projeto, mais chances essas prestadoras terão de ingresso no leilão. “Se triplicarmos o número de parceiros neste coletivo, poderemos nos tornar o maior player do mercado, conseguindo negociar de igual para igual com as grandes operadoras”, acrescenta Cleiton Paris, CEO da IXCSoft e presidente do conselho do projeto.

Rudinei Carlos Gerhart, consultor de Estratégias para Telecom da APP e um dos coordenadores do movimento, faz uma chamada às companhias de todo país para que se unam nesse momento. “Há um grupo no Telegram discutindo o assunto e analisando as possibilidades do mercado para o 5G, além de todas as questões que envolvem estruturalmente a participação no leilão. As empresas interessadas em compartilhar informações e entender mais sobre como funciona o grupo, podem participar através do link”, diz.

As companhias que desejarem fazer parte do coletivo serão orientadas a partir desse primeiro contato, pois a participação inclui a assinatura de um contrato. “Todo processo envolve suporte e segurança jurídica para as organizações que confirmarem o ingresso nesse projeto”, comentou Gerhart, que também ressaltou a relevância dos provedores para o mercado de Telecom, onde respondem a um salto de 60% do tráfego de banda larga no Brasil.

Para as empresas apoiadoras da iniciativa, a grande preocupação é fazer com que o 5G chegue não apenas à realidade brasileira, mas aos brasileiros. “Se somente as grandes operadoras participarem dessa implantação, provavelmente teremos só as capitais disponibilizando essa tecnologia até 2025. Porém, se tivermos os pequenos e médios atuando juntos nessa engenharia, em menos de dois anos estaremos em todo país, inclusive em comunidades e zonas rurais”, conclui Gerhart.

Um conselho administrativo foi criado para organizar as demandas. Além disso, foram definidos quatro grupos estratégicos: um voltado para as questões jurídicas e regulatórias, responsável por fornecer diretrizes dessa área para os ISPs; uma comissão técnica que está conversando com fornecedores e desenvolvedores para analisar benchmarks disponíveis a todos; um grupo que responderá pela questão financeira exigida; e, por fim, um focado nas relações institucionais.

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