Startup de Recife transforma o mercado de eventos e impulsiona a aceleração digital em meio à pandemia

Salvador, 02/07/2021 – Desde março de 2020, os eventos online tornaram-se quase que uma obrigatoriedade devido à pandemia do Covid-19, e, o mercado de eventos teve a necessidade de se reinventar. Foi nesse momento que os encontros virtuais se tornaram parte da rotina e a solução para manter esse setor aquecido, que já movimenta 13% do PIB brasileiro e cresceu 8 vezes segundo pesquisas realizadas pelo LinkedIn.

Diante desse cenário, a Even3, startup de Recife que simplifica a organização de atividades online, teve sua demanda triplicada, e se tornou uma das principais plataformas do país, com mais de 34 mil ações virtuais realizadas desde o início das medidas de isolamento social no ano passado.

“Antigamente, nossa média de eventos por mês era de no máximo 2 mil, e, depois de remodelarmos o nosso negócio, começamos a realizar 6 mil eventos por mês. Com isso, aumentamos a contratação de funcionários, investimos em ferramentas capacitadas, e, estamos muito felizes com o resultado”, comemora Leandro Reinaux (foto), CEO da Even3.

A empresa foi criada por três amigos em Recife, na época universitários e cientistas da computação, Leandro Reinaux, 32, Renato Cruz, 32, e Cláusio Barbosa, 33. Há cerca de um ano, a empresa era responsável pelo arranjo de simpósios, cursos e conferências presenciais para professores e alunos de diversas universidades do país. “Ainda pretendemos continuar com esses tipos de ações, mas, com a pandemia, vimos a necessidade de nos reinventar, e, claro, lucrar com o mercado que mais estava crescendo no mundo: o online”, explica Renaux.

Comportamento do mercado de eventos

Segundo um levantamento inédito com base nos 34 mil eventos realizados entre março de 2020 e março de 2021, por meio da plataforma da startup, o YouTube é a ferramenta mais utilizada para transmissão, sendo mencionada por 32% dos participantes da pesquisa. “Outras plataformas como Google Meet, Zoom e Microsoft Teams ainda estão ganhando espaço no mercado e foram utilizadas por  29%, 6,6% e 3% dos organizadores respectivamente”, comenta Renato Cruz, cofundador e COO da Even3.

A empresa também conseguiu analisar que, no evento digital, 44% dos eventos foram planejados em menos de 10 dias e 32%, com 10 a 30 dias de antecedência. Nos presenciais, a maior parte deles (34%) era realizada com 10 a 30 dias de antecedência. Outro ponto que merece destaque é o período de mais de 120 dias de antecedência. No presencial, mais de 8% dos eventos se encontravam nessa faixa. Já no online, este número foi reduzido a 1,7%. “Percebe-se, então, uma tendência: eventos digitais costumam ter um planejamento mais rápido que os presenciais”, afirma Cruz.

Vale ressaltar também que no estudo conseguiram levantar que tanto no presencial (39% dos eventos) quanto no digital (37% dos eventos), o principal valor cobrado pelos organizadores ficou entre R$30 e R$70. Desses, 28% cobraram entre R$11,00 e R$30,00, 16% até R$10,00 e 16% entre R$101 e R$300.

A Even3 também concluiu que 40% do público prefere participar de eventos de segunda à quarta-feira, seguindo o mesmo costume dos presenciais. Na sexta, a presença dos participantes já cai consideravelmente, e, aos finais de semana, a ocorrência cai para 8,8% no sábado e apenas 1,7% no domingo, sendo este o pior dia. Por fim, foi considerado que o melhor horário fica entre 18h e 20h, sendo o horário das 19h o mais escolhido, com 29% do público.

“A partir do nosso estudo, pudemos analisar muitos pontos interessantes que ajudam a compreender um evento sucesso. Dessa forma, nos tornamos cada vez mais capacitados a orientar os nossos clientes sobre os pontos essenciais para a construção de um evento virtual, e, dessa forma contribuímos para que esse setor continue evoluindo”, afirma o COO.

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