O Empreendedorismo Pós-pandemia

Por Fábio Martins, CEO da Projek

Salvador, 04/12/2020 – O brasileiro sempre teve o sonho de ser dono do próprio negócio. Afinal, na lista de desejos está atrás apenas de comprar um carro, viajar pelo Brasil e ter a casa própria, segundo o relatório anual do Global Entrepreneurship Monitor (GEM).

Mesmo sabendo que todo empreendedor, tem no seu DNA, a motivação para superar obstáculos, ninguém poderia prever um cenário tão desafiador, principalmente para os micro e pequenos empresários.

Com a pandemia e a consequente redução dos postos de trabalho em todo o país, o empreendedorismo por necessidade ― ou seja, aqueles que viram empreendedores pela falta de oportunidades de emprego, se transformou em uma importante alternativa de renda. Somente nos 9 primeiros meses de 2020, o número de registros de MEIs (microempreendedores individuais) no Brasil cresceu 14,8%, com 1.470,484 novas empresas, quando comparado com o mesmo período de 2019, chegando a 10,9 milhões de registros, de acordo com o Portal do Empreendedor.

A pandemia modificou uma série de hábitos nas formas de vender, comprar e trabalhar. Se adaptar às inovações tem se mostrado uma atitude cada vez mais necessária para os empreendedores que desejam expandir suas organizações e conquistar melhores resultados.

O trabalho remoto, foi uma alternativa necessária durante o período de distanciamento social para muitos profissionais, e que antes era visto como algo que poderia baixar a produtividade ou o desempenho da equipe, apresentou bons resultados para muitas empresas.

O delivery que durante muito tempo foi somente mais um canal de venda, se tornou quase obrigatório e praticamente o único meio de contato físico com o cliente, exigindo uma profissionalização cada vez maior dos colaboradores que entregam os produtos e das embalagens.

A adoção às soluções digitais foi algo que ajudou muitas empresas a permanecerem no mercado. Inclusive, muitas das empresas que já contavam com essas ferramentas, não sentiram tantas dificuldades com a gestão de equipe, clientes e finanças, ao longo da pandemia. Segundo a ABCOMM (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), desde o início da pandemia mais de 135 mil lojas aderiram às vendas pelo comércio eletrônico para continuar vendendo e mantendo-se no mercado e o faturamento do e-commerce cresceu 56,8% neste ano chegando a R$ 41,92 bilhões.

Sabemos que as crises são sempre catalisadoras de inovações e essa revolução mercadológica foi um combustível e tanto para essa aceleração. Uma coisa é certa, os modelos de negócios mais flexíveis e com melhor capacidade de adaptação terão maiores vantagens em relação aos demais, pois conseguirão ajustar seus processos de forma mais rápida e precisa ao mercado em constante mutação.

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