Fintechs: a tecnologia que resolve problemas humanos

Por Vanessa Medeiros, head de produtos da BizCapital

Salvador, 19/07/2021 – Como o próprio nome sugere, as fintechs são empresas inovadoras que prometem revolucionar o mercado financeiro, por meio de tecnologia e serviços diferenciados. O ponto de partida? A vontade de resolver um problema real das pessoas. Até pouco tempo atrás, a jornada para abrir uma conta bancária envolvia o deslocamento até uma agência física, filas, papeladas e o fato de precisar expor sua vida financeira a um desconhecido. Contratar um consórcio dependia do agendamento e visita de um consultor em casa. Isso sem falar que, para muitas pessoas, pedir um empréstimo era uma situação desconfortável e demorada, chegando a durar até meses. É por isso que a tecnologia, com o foco na experiência ao cliente, desempenha um papel fundamental na resolução desses problemas.

Faz parte da essência de toda fintech oferecer serviços digitais, permitindo que tarefas, antes custosas, possam ser solucionadas com apenas alguns cliques. Essas startups utilizam a tecnologia justamente para eliminar essas barreiras e tornar as soluções financeiras mais acessíveis. Não à toa, agilidade, praticidade, modernidade e informalidade chamam a atenção quando falamos desse modelo de negócio. E por falar em negócio, as pequenas empresas foram uma das maiores protagonistas dessa inovação, principalmente porque elas se beneficiaram diretamente das soluções ofertadas.

Pense que os pequenos empreendedores se dedicam diariamente a negociar com fornecedores, atender seus clientes e manter suas contas em dia. Tarefas nada fáceis e que exigem muito tempo e esforço. A agilidade e a acessibilidade que as fintechs oferecem, permitiram que esses empreendedores dedicassem mais tempo no seu próprio negócio. Trocar tempo de transporte, filas e atendimento precário por plataformas tecnológicas, que podem ser acessadas com autonomia e a qualquer momento, são benefícios valiosos para as pequenas empresas.

Outra vantagem é a competitividade do mercado. Para oferecer um crédito, por exemplo, as fintechs analisam milhares de dados – muitas vezes não utilizados pelos bancos, e conseguem oferecer excelentes condições para seus clientes. Exatamente por isso que os preços são justos, com processos padronizados e monitorados. O resultado disso são clientes cada vez mais satisfeitos.

Por fim, o que podemos esperar para o futuro? Ou melhor, qual é o próximo passo com relação ao uso de tecnologias por essas startups no mercado financeiro? De uma coisa eu tenho certeza: a tecnologia está muitos passos à frente da regulamentação. Iniciativas como open banking, regras de trava bancária e lançamento do Pix, são extremamente favoráveis à inovação, permitindo que as fintechs consigam competir de forma mais justa com instituições tradicionais. Com mais dados disponíveis e menos barreiras de entrada, as fintechs vão investir cada vez mais em inteligência analítica para criar produtos e serviços customizados e seguros. Além disso, os produtos estarão integrados em um único aplicativo, não sendo mais necessário a utilização de meios físicos, como cartões, maquininhas e dinheiro. O futuro está logo ali!

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