Como um novo mindset pode capacitar usuários de banco de dados Oracle

Por Dan Ashton, diretor de marketing de produto na Rimini Street

Salvador, 07/06/2021 – O novo cenário mundial trouxe mudanças de paradigmas e muitos questionamentos. Dentre eles a questão de custos nas empresas. O que pode ser revisto? Analisando as linhas de orçamento mais a fundo, é possível identificar dentro do orçamento de TI altos gastos com upgrades e suporte. Então, já era hora de questionar e considerar a possibilidade de se executar versões mais antigas e estáveis do Oracle Database (o que já vem sendo aplicado há algum tempo por muitas empresas), ajudando na maximização do ROI do software existente. A ideia é reduzir despesas onde não há valor agregado, visando, assim, liberar recursos que possam ser focados em outros objetivos de negócios.

De acordo a pesquisa feita pela Rimini Street Survey Report: Licensees’ Insights into the Value of Oracle Database and Support, cerca de um quarto (26%) dos entrevistados afirmaram que não receberam nenhum upgrade expressivo no banco de dados, e 47% gostariam de ter obtido mais melhorias com os upgrades.

Para enfrentar este desafio, talvez não seja necessário um banco de dados atualizado, mas sim um novo mindset entre as organizações que já investiram pesado em infraestrutura. O segredo é embarcar em uma jornada com base em seus objetivos de negócios, fundos e recursos existentes, em vez de aderir a um roadmap em que os fabricantes ditam quando os upgrades e migrações são necessários.

O que os usuários Oracle estão dizendo

Como muitas organizações têm centenas ou até milhares de instâncias do banco de dados Oracle, 68% dos entrevistados indicaram que estão lutando para se manter em dia com os upgrades mais recentes. Da mesma forma, quase três quartos (73%) dos entrevistados disseram ter instâncias de banco de dados mais antigas que não estão mais disponíveis ou não são mais totalmente suportadas pelo fabricante desde dezembro do ano passado (ou desconheciam a informação).

Estas situações são um enigma para as organizações, que podem estar expostas a riscos operacionais e de segurança enquanto pagam altas taxas anuais de suporte ao fabricante pelo serviço de Sustaining Support. De acordo com a própria Política de Suporte Vitalício da Oracle, os bancos de dados em Sustaining Support não recebem upgrades, correções, alertas de segurança, upgrades críticos de patches, novos scripts de atualização ou certificação com novos produtos e versões Oracle ou de terceiros.

O Oracle Sustaining Support normalmente custa 22% das taxas de licença para essas correções, arquivos e patches antigos, com quase nenhuma novidade inclusa. E mesmo as empresas gastando tempo e orçamento para atualizar e obter o suporte total, provavelmente não terão nenhum valor nos upgrades fornecidos. Diante dessas informações, 97% dos entrevistados disseram que o alto custo do banco de dados Oracle é um desafio.

Este mindset de ter um roadmap de software ditado por um fabricante de ERP e banco de dados precisa mudar urgentemente, para que as empresas obtenham parceiros que mantenham as necessidades e objetivos de negócios de acordo com cada realidade empresarial e do ramo de atuação.

Implementando um roadmap voltado aos negócios

No geral, os resultados da pesquisa trazem uma percepção que a maioria dos licenciados Oracle estão insatisfeitos com as altas taxas anuais de manutenção e os custosos upgrades obrigatórios e estão buscando melhores opções para gerenciar a estratégia e o cenário do banco de dados. Com o suporte independente, os licenciados Oracle podem maximizar o retorno de seu investimento, estendendo o tempo de utilização das versões atuais, reduzindo significativamente os custos anuais de manutenção e evitando upgrades desnecessários para manter o suporte completo.

Para as empresas que investem no ecossistema Oracle, preparamos três dicas que podem ajudar a liberar recursos e gerar benefícios:

1. Upgrades. Muitos licenciados que utilizam o suporte independente fizeram upgrade usando um sistema existente antes de migrarem do suporte do fabricante. Normalmente, os upgrades não são necessários porque o banco de dados está funcionando bem, as novas funcionalidades não são necessárias ou não estão disponíveis. A pesquisa descobriu que mais de um quarto (26%) dos licenciados não receberam nenhum aprimoramento expressivo no banco de dados, enquanto 47% gostariam de ter obtido mais melhorias com os upgrades.

Se houver a necessidade de uma versão mais recente e que não está disponível no portfólio, os usuários podem e devem retornar ao fabricante e solicitar a atualização. Analistas e especialistas descobriram que normalmente não há penalidade – mesmo se o fabricante se pronunciar a respeito. Os clientes, na maioria das vezes, são recebidos bem e para muitos é oferecido desconto. Segundo o Gartner, “cerca de três quartos das empresas que deixam o suporte independente acabam recomprando suas licenças a um preço com descontos significativos de licença e taxas de manutenção anuais menores do que foi pago ao fornecedor independente.”

2. Segurança. As empresas que optaram por não ter o suporte do fabricante para assumir o controle de seu roadmap orientado ao negócio não receberão mais patches de segurança da Oracle. No entanto, há rumores de que os patches de segurança do fabricante fornecem uma falsa sensação de segurança. Os modelos tradicionais de patch são percebidos como desatualizados e ineficazes porque costumam ser incompletos, publicados com atraso e aplicados lentamente, o que pode deixar os sistemas corporativos vulneráveis por meses ou até anos.

A abordagem de segurança em camadas de última geração, independentemente de a empresa utilizar o suporte independente, é implementar uma solução de segurança específica de banco de dados que inclui proteção a partir do primeiro dia  por meio de controles de compensação, que são como o patching virtual – mais abrangente, mais eficaz, mais rápido, mais seguro e mais fácil de aplicar do que o patching do fabricante e fornece às organizações um tempo de proteção mais rápido contra vulnerabilidades, com uma solução mais econômica e sem impacto nos sistemas de produção.

3. Novo mindset. Para os administradores de banco de dados (DBAs), um dos maiores obstáculos para não ter mais o suporte do fabricante é o medo de que o suporte independente prejudique seus empregos. Mas o suporte independente pode realmente aumentar o valor dos DBAs, uma vez que permite que sejam realocados para projetos mais estratégicos e aprendam novas habilidades.

Os DBAs também estão geralmente acostumados a resolver seus próprios problemas porque o processo de suporte do fabricante pode ser difícil de acessar. 54,6% dos entrevistados descobriram que resolvem a maioria de seus incidentes por conta própria, (ou não têm certeza disso). Mas os engenheiros de suporte independente tornam-se parte de sua equipe e assumem a responsabilidade de resolver os problemas, encontrando a causa-raiz dos incidentes. Essa possibilidade proporciona aos DBAs a capacidade de ajudar a conduzir seus negócios a novos patamares que podem não ser alcançados enquanto estão presos a um suporte caro.

Tudo começa com autorreflexão

As organizações que não querem mais ter o suporte do fabricante, com o intuito de buscar seu próprio roadmap orientado aos negócios, devem avaliar o risco de tudo o que não seja totalmente suportado. É preciso revisar os lançamentos do fabricante e entender quais não são ou não serão totalmente suportados pela Oracle nos próximos meses. Na verdade, em julho de 2021, apenas duas das versões atuais do Oracle Database terão suporte total do fabricante. A execução de versões que não são mais totalmente suportadas pode gerar riscos de segurança.

Em seguida, as organizações devem considerar migrar para o suporte independente para aumentar sua capacidade financeira, flexibilidade e controle. O suporte independente pode gerar uma economia de até 90% nos custos totais de manutenção e suporte, e oferecer a liberdade de aproveitar ainda mais os investimentos em software para mudar para outro banco de dados de sua escolha quando achar necessário.

Por fim, o suporte independente oferece suporte total aos lançamentos do banco de dados Oracle sem a necessidade de upgrades. Além disso, as organizações reduzem custos e melhoram o serviço para as aplicações de ERP como SAP, EBS, JD Edwards e PeopleSoft que rodam no banco de dados.

Tudo isso leva a uma questão final para as companhias que se encontram nesta posição. Quem você quer que decida o roadmap de sua empresa – seus próprios executivos ou a fabricante de TI?

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