Web 3: o que muda para a sua empresa?

CCO de hub de Criação e Produção Estratégica focado no novo modelo de internet explica como será o novo jeito de fazer negócio

Salvador, 10/02/2023 – A Web3 está ganhando cada vez mais força e, aos poucos, vai flertando com as ferramentas tradicionais da Web2 e Web1. É só questão de tempo para que a nova tecnologia domine redes sociais e demais plataformas. O próprio Elon Musk, proprietário do Twitter, disse que queria transformá-lo em uma rede social da Web3, uma espécie de “everything app”. A verdade é que o novo modelo vai permitir autonomia e privacidade aos usuários, grandes dilemas da internet. “Se as empresas souberem surfar nessa nova onda, elas vão ganhar com transações sem intermediários, terão maior segurança digital… Será revolucionário na maneira de fazer negócios”, afirma Luciano Mathias (foto) –  especialista em tecnologia digital e CCO da TRIO, hub de Criação e Produção Estratégica focado em Web3.

E essa revolução já está acontecendo. “Hoje, é possível negociar diretamente com alguém da China, com pagamento instantâneo, sem passar por um Banco Central e sem conversão de moedas”, diz Luciano. “Na nossa empresa, a TRIO, já fazemos isso. Temos escritórios internacionais e realizamos muitas transações em cripto quando necessáriomoeda”.

Para os usuários, a boa notícia é que processos repetitivos de formulários, senhas e logins deverão acabar. Softwares já imersos na Web3 permitem que as pessoas se conectem usando apenas a carteira digital. “Além disso, esse modelo de internet não autoriza que as empresas tenham acesso ao perfil e dados do usuário. Grandes ativos hoje das Big Techs”, afirma especialista. Na Web3, o usuário é dono das suas próprias informações. “Se quiser vender seus dados, pode. Mas aí o lucro é do usuário e não da plataforma. Tudo passa a ser 100% controlado pelo consumidor”. Por isso, o sucesso de uma empresa na Web3 vai depender de como ela vai se adaptar a esse novo cliente, que quer privacidade e autonomia de decisão.

A portabilidade também é um trunfo para as marcas na nova web. Com as plataformas interoperáveis, os seguidores de uma rede social são automaticamente levados para outra plataforma.

A segurança digital passa a ser um ponto central para as companhias na Web3. O sistema descentralizado, sem uma rede em comum, facilita mecanismos de proteção digital. As empresas, hoje, estão extremamente vulneráveis a ataques de hackers. Vide o que aconteceu com a própria JBS, que teve sua operação sequestrada nos Estados Unidos e pagou 11 milhões de dólares em resgate.

Mas mesmo com grandes avanços no horizonte, ainda há um longo caminho. “Precisamos melhorar a escalabilidade, infraestrutura e experiência do usuário para que a WEB3 se torne uma realidade para todos”, conclui.

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