Especialista dá dicas de segurança para usuários e empresas no Dia Internacional da Proteção de Dados, comemorado em 28 de janeiro

Foto divulgação: BHS

Com tantos ataques cibernéticos alguns cuidados precisam ser adotados. Algumas medidas evitam 99,9% das invasões

Salvador, 28/01/2022 – Com o avanço da tecnologia, algumas dicas de segurança precisam ser adotadas pelos usuários e empresas para evitar que os seus dados sejam vazados e usados por terceiros. De acordo com o relatório de investigações de violação de dados da Verizon 2021, as credenciais são o meio principal pelo qual um criminoso invade uma organização, com 61% das violações atribuídas. As senhas, especialmente as com acesso privilegiado a sistemas e redes organizacionais, são alvos preferidos de hackers, pois são capazes de obter muitas informações em apenas um acesso.

Para reforçar e lembrar a importância dos cuidados, foi criado o Dia Internacional de Proteção de Dados, comemorado no dia 28 de janeiro. De acordo com o gestor da área de Infraestrutura da BHS, Anderson Quintão, com o aumento do uso das redes sociais, aplicativos e a internet, as pessoas estão mais suscetíveis a terem os seus dados vazados se não tomarem cuidados simples e necessários para se proteger. “É preciso ter um antivírus, atualizar o software e não clicar em links que não conhece”, alerta Quintão.

O gestor, ainda orienta e dá algumas dicas importantes sobre segurança da informação para que todos os usuários mantenham as suas contas e senhas seguras. A autenticação multifator (MFA): exige que os usuários provem suas identidades usando dois ou mais métodos de verificação antes que possam ser autenticados. O usuário pode utilizar códigos enviados para o celular pessoal ou para um e-mail alternativo, pins, impressões digitais, reconhecimento facial e muitas outras opções. Isso dificulta invasão a uma conta pessoal ou corporativa. De acordo com a Microsoft, com a utilização da autenticação multifator (MFA) é possível evitar 99,9% dos ataques, já que somente o uso da senha não será suficiente para ter acesso a uma conta.

As senhas devem ser protegidas e nunca salvas nos navegadores ou compartilhadas. Não é recomendado deixar as senhas salvas de redes sociais e de internet banking, mas se permitir o salvamento lembre-se de cadastrar uma senha mestra e nunca esqueça. Outro cuidado importante é nunca utilizar a mesma senha em diferentes contas, pois o serviço que você usa pode ser atacado e o banco de dados de e-mails e senhas vazados. Ao utilizar a mesma senha em todos os lugares, o invasor pode testar todas suas credenciais em diversos outros serviços. Com a Microsoft, é possível obter relatórios diariamente sobre as senhas que foram expostas em texto não criptografado da sua empresa.

Outros cuidados que o gestor da área de Infraestrutura da BHS, Anderson Quintão ressalta é navegar em um site seguro e certifique-se de fazer logout após acessar sites que necessitam do uso de senhas, isso evita que suas informações sejam mantidas no navegador. “Ao entrar em uma página, a pessoa deve verificar se o navegador está mostrando o cadeado e o protocolo HTTPS no começo da URL, mesmo assim verifique na barra de endereços que está no site correto”, explica Quintão.

Os aplicativos tão utilizados também são alvos e precisam de atenção. O usuário deve desconfiar se a aplicação solicita mais permissões do que necessita para realizar a tarefa para a qual ela foi instalada. As atualizações dos aplicativos também são importantes, pois corrigem vulnerabilidades e evitam invasores.

Outro cuidado importante é com os dados pessoais dos cidadãos. Entrou em vigor no Brasil, no dia 18 de setembro de 2020, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), lei nº 13.709, de 14/08/2018. Com isso os dados precisam estar protegidos para que não tenha vazamento de dados ou comercialização. De acordo com Quintão as empresas precisam proteger os seus sistemas com programas seguros, atualizações e backup para evitar também os ataques cibernéticos. “Em caso da empresa ter os dados dos seus usuários vazados tem punições, como multa de 2% do faturamento da empresa ou até 50 milhões por infração”, ressalta.

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