Instituto de Engenharia lança cartilha sobre tecnologia 5G

Salvador, 15/10/2021 – Como parte das comemorações dos 105 anos do Instituto de Engenharia, celebrado neste mês de outubro, foi lançada a Cartilha 5G. Esse é o assunto do momento quando se fala de tecnologia e, sem dúvida, quebrará paradigmas no crescimento da nação.

Flávia Cruz, coordenadora da Divisão Técnica de Telecomunicações do Instituto de Engenharia, reforça que o conteúdo está disponível para download gratuito no site.

“A ideia da cartilha é apresentar à sociedade, de modo simples, como funcionará a tecnologia 5G no Brasil, bem como seus benefícios, aplicações e desafios para a implantação”, explica a engenheira.

No evento de lançamento, realizado nesta quarta-feira, dia 13, o engenheiro eletricista Marcos Lazarini apresentou números sobre o crescimento da tecnologia pelo mundo.

É possível acompanhar como foi todo o evento pelo link.

Segundo ele, o 5G já está em 65 países e 1,6 mil cidades. Somente na China são 376 localidades com a tecnologia, seguida dos Estados Unidos, com 284 cidades.

A expectativa é de que metade da população mundial terá acesso ao 5G em 2025.

E no Brasil?

O engenheiro Marcos disse que entre 2022 e 2023 haverá plenamente o início das operações com 5G puro, exatamente após ocorrerem os leilões organizados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

“O 5G é uma banda larga móvel aprimorada. Também é flexível. Isto é, segmentar a rede de forma inteligente, separando diferentes aplicações e serviços, que desafogará a infraestrutura”, aponta Marcos Lazarini.

O especialista complementa que, até a tecnologia 4G era possível conectar pessoas. “Com o 5G iremos conectar coisas. Aí entram termos como ‘internet das coisas’, ‘computação na borda’ (edge computing) e a computação na nuvem (cloud computing)”, pontua.

5G no agronegócio

Um dos pontos de maior orgulho do Brasil está no seu potencial no agronegócio. E a tecnologia 5G fará com que isso seja ainda mais eficaz.

É o que diz o engenheiro eletricista Adilson José do Amaral. Ele usa como exemplo uma plantação de algodão, sendo sobrevoada por um drone que envia imagens em alta definição sobre a lavoura.

Esses dados vão para um escritório onde a equipe usa óculos de realidade virtual para reproduzir as imagens e recriar a situação do campo.

“Você acha que essa situação é ficção ou realidade? A resposta é: realidade. Isso ocorreu desde 11 de maio, no Instituto Mato-Grossense de Algodão, em Rondonópolis. Não é mais ficção o uso da tecnologia no campo”, aponta Adilson.

A expectativa é de que o 5G traga também inovações para veículos autônomos, como tratores, pulverizadores, irrigadores e colheitadeiras. “Conectividade é a palavra”, resume o engenheiro Adilson.

No entanto, há um longo caminho a trilhar, pois a tecnologia ainda está distante. Isso porque, segundo o especialista, mais de 70% das propriedades rurais brasileira ainda não têm acesso à internet. Assim, o fundamental é que haja investimento na infraestrutura.

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