Hapvida e Senai Ceará lançam detector de frequência cardíaca fetal com IA, análise e projeções em tempo real

Salvador, 06/06/2023 – O grupo Hapvida NotreDame Intermédica e o Senai Ceará lançam nesta quarta-feira (7), em São Paulo, um novo detector de frequência cardíaca fetal com machine learning integrado para identificar alterações súbitas que podem trazer riscos à saúde do bebê e da mãe. A novidade está no custo-benefício. O DFCF-22 Anteparto traz mais tecnologia embarcada e capacidade de predição e projeção de cenários a um custo de R$ 2,7 mil — 91% inferior ao de equipamentos similares, que não saem por menos de R$ 30 mil. O equipamento está em uso em mais de 20 maternidades da rede hospitalar da operadora de saúde, e teve pedido de patente apresentado ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial. O DFCF-22 Anteparto está registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária e três empresas já negociam a sua produção em escala industrial.

Além de custar um décimo do valor de um modelo similar, com tecnologia nacional, o detector tem capacidade de inteligência artificial maior, permitindo que gestantes em localidades distantes dos grandes centros sejam acompanhadas em tempo real e remotamente por especialistas em qualquer lugar do país, eliminando o tempo de espera por diagnósticos e prescrição de tratamento médico.

Com a sua produção em massa, o Hapvida NotreDame Intermédica e o Senai Ceará receberão royalties sobre vendas e direitos de propriedade, sem restrições de comercialização para operadoras concorrentes.

“Queríamos desenvolver um detector de frequência cardíaca fetal com machine learning e que tivesse preço mais acessível a soluções similares no mercado. Sondamos produtos até da China, mas não encontramos nada que nos atendesse. Então, propusemos esse desafio ao Senai Ceará e conseguimos um equipamento com tecnologia ainda mais precisa do que prevíamos a um décimo do custo do mercado”, explica o diretor-executivo de pesquisa, desenvolvimento e educação do Hapvida NotreDame Intermédica, Kenneth Almeida (foto).

“O detector foi desenvolvido com uma tecnologia 100% brasileira. O dispositivo apresenta internamente duas placas eletrônicas. O sinal obtido na primeira placa passa por processo de amplificação para que seja possível o profissional de saúde ouvir o resultado da contração ventricular do coração do bebê. Já na segunda placa, acontecem as etapas de processamento e tratamento do sinal”, conta o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará, Ricardo Cavalcante, a quem o Senai Ceará está ligado.

Para o Hapvida NotreDame Intermédica, a produção industrial do DFCF-22 Anteparto escalará ainda mais o custo-benefício do aparelho.

“Quanto mais pessoas tiverem acesso ao nosso detector, melhor. Esse é o nosso grande objetivo para a saúde obstétrica. Com a transmissão de dados e análise do sinal da atividade cardíaca fetal em tempo real, o detector permite que as equipes médicas avaliem com maior suporte a saúde do bebê e tomem medidas necessárias para prevenir possíveis complicações, oferecendo, assim, confiança e tranquilidade tanto para a mãe quanto para os profissionais envolvidos no acompanhamento da gestação. A tecnologia foi consolidada após pesquisas científicas rigorosas e desenvolvimento compartilhado, atendendo a todos os requisitos da Anvisa para registro oficial do equipamento”, detalha Denise Cordeiro, diretora-médica de ginecologia e obstetrícia do Hapvida NotreDame Intermédica.

Na prática, segundo Kenneth Almeida, a emissão do sinal do detector é o grande diferencial: “Isso é possível devido à interoperabilidade do aparelho com diversas tecnologias. Os dados processados da atividade cardíaca fetal são enviados via wi-fi para que seja possível o monitoramento e armazenamento em prontuário eletrônico, além de outras finalidades clínicas. Como exemplo, uma mãe no interior da Bahia poderá ter os dados do seu exame integrados a um prontuário eletrônico acompanhado por especialistas em outras cidades, como Salvador, Rio ou São Paulo, à distância. Alia-se a isso, a detecção de padrões incomuns que podem ser riscos de taquicardia, braquicardia e desacelerações tardias”.

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