NeuroUp, startup de Recife, recebe aporte de R$ 2,5 milhões

Salvador, 20/11/2019 – A NeuroUp acaba de receber um aporte de 2,5 milhões do Criatec 3 (fundo gerido pela Inseed Investimentos e criado pelo BNDES). A empresa, criada em 2014 e sediada em Recife (PE), desenvolve soluções de biofeedback – que ajudam o usuário a reduzir a tensão do corpo e atingir o relaxamento avançado. Com o aporte, a empresa pretende fortalecer a área comercial, adquirir escala e buscar a internacionalização. Trata-se do primeiro aporte do Fundo Criatec 3 na Região Nordeste.

“A tecnologia permite que o usuário aprenda técnicas de relaxamento e as aplique no dia a dia. Controlar a tensão dos músculos é uma capacidade que poucas pessoas possuem, principalmente as que apresentam dores crônicas ou que vivem em situações de estresse. Portanto, o treinamento com o biofeedback pode beneficiar as pessoas com dificuldade para relaxar por vontade própria. Também pode ser usado em exercícios, já que o sistema indica o nível de contração muscular através de jogos”, afirma Ubirakitan Maciel – co-fundadore diretor executivo da NeuroUp. Segundo ele, “a tecnologia é bastante intuitiva e o custo é acessível”.

Segundo ele, o dispositivo pode ser acoplado ao corpo e se comunica com um aplicativo para celular. “Os sensores são capazes de captar a informação oferecida pelo corpo e devolvê-las em tempo real. Assim, é possível identificar o nível de tensão corporal e trabalhar técnicas que ajudam a reduzi-la”, diz Diogo Jardim -co-fundador e diretor técnico.

Confira a demonstração! 

Gameficação 

O dispositivo leva a pessoa a aprender uma nova habilidade de forma dinâmica. “O participante do treinamento se posiciona em frente à tela de um celular ou tablet e passa a interagir com gráficos visuais ou auditivos. Quando ele contrai, obtém resposta negativa. Quando ele consegue relaxar, há resposta positiva. Assim, o uso da gameficação ensina o participante a relaxar – que é algo muito mais difícil do que aprender a contrair”, explica Ubirakitan. Segundo ele, são realizadas de uma a duas sessões por semana, com duração de mais ou menos 20 minutos. “É parecido com aprender a tocar um instrumento novo. Em média são realizadas de 5 a 10 sessões de treinamento e os efeitos podem durar muitos anos”, afirma.

A origem dos empreendedores está na pesquisa universitária. Chegaram a residir na Espanha e França, onde passaram a se interessar ainda mais pela neurotecnologia. “Vimos muitas soluções capazes de melhorar a qualidade de vida das pessoas. Mas, infelizmente, ainda são muito caras e difíceis de serem utilizadas fora dos laboratórios. Um dos nossos principais objetivos é democratizar e tornar mais acessível esse tipo de tecnologia”, explica

Para Gustavo Junqueira, CEO da Inseed Investimentos, a NeuroUp foi selecionada pela equipe por ter um potencial de alcance global. “A empresa conseguiu transformar um conhecimento profundo, na área de neurodinâmica, em um produto que cuida de um problema a nível mundial: as dores crônicas”.

O Banco do Nordeste (BNB) é um dos investidores do Criatec 3. Ernesto Lima Cruz, superintendente estadual do BNB em Pernambuco, reafirma o compromisso de apoiar empresas inovadoras e com elevado potencial de crescimento. “O objetivo é construir ou expandir, junto aos empreendedores, ofertas de valor muito diferenciadas e levar o negócio a uma fase de crescimento acelerado. Além do aporte de capital, o fundo é um sócio proativo, que agrega estratégia, governança e compartilha decisões. Ele auxilia a empresa a avançar rápido e chegar mais longe do que faria sozinha”, diz.

Últimas notícias