Liga Ventures lança estudo de mobilidade urbana com 18 grandes empresas

Salvador, 02/02/2021 – Com objetivo de trazer um panorama geral sobre o cenário de inovação do setor de mobilidade urbana brasileiro, a Liga Ventures, plataforma que transforma inovação aberta em resultado real, acaba de lançar o Liga Insights Mobilidade, em parceria com ENGIESTATECargill, Derraik & Menezes e iDEXO. Além de mapear negócios com alto potencial de transformação, o estudo contou com a participação de 18 especialistas de empresas como Waze, Bright Cities, 99, Voltbras, Tembici, entre outros, que abordaram temas importantes sobre o futuro do segmento no país, oportunidades, tendências e sobre o papel das startups junto à gestão pública.

De acordo com dados levantados pelo Oliver Wyman Forum, até 2030 o mercado global de mobilidade irá crescer cerca de 75%, saltando de ﹩14,9 trilhões em 2017 para ﹩26,6 trilhões em 2030. Além disso, o setor de “serviços e sistema de dados”, que se refere a nova mobilidade, é visto como o mais promissor, com 12,5% de taxa de crescimento anual. Já o setor de energia aplicada à mobilidade urbana poderá alcançar sozinho o valor de mercado de ﹩4,8 trilhões daqui nove anos.

Para Raphael Augusto, diretor de inteligência e estudos de mercado e Startup Hunter da Liga Ventures, na última década a mobilidade urbana ganhou destaque nas agendas públicas e privadas, se tornando um dos principais temas para atração de investimentos em tecnologias e inovação.

“É fato que a mobilidade urbana vem se desenvolvendo em um ritmo acelerado nos últimos anos, com testes de novos formatos e modelos que deram ou não certos. O tema é foco de diversas empresas, empreendedores, gestão pública, investidores e outros atores que atuam direta ou indiretamente no setor, que estão na busca das melhores apostas para trazer eficiência, minimizar impactos e aplicar novos modelos, produtos e serviços na área”, afirma.

Dentro desse contexto, o Liga Insights traz observações sobre o cenário de adoção de veículos elétricos e as oportunidades geradas, como a redução das emissões de gases estufa do segmento de transporte no Brasil. Segundo dados do relatório da Transport and Environment, os governos e indústrias da União Europeia investiram € 3,2 bilhões em 2017 e € 60 bilhões em 2019 na produção desse tipo de automóvel, enquanto o governo chinês e suas indústrias investiram cerca de € 38 bilhões entre 2017 e 2019.

Segundo Adalberto Maluf, diretor de Marketing, Sustentabilidade e Novos negócios na BYD, a mobilidade elétrica representa uma grande evolução tecnológica, assim como outras tecnologias como inteligência artificial associada a big data e cloud computing. “Com dados integrados, é possível que a mobilidade elétrica conectada seja o centro dessa rede onde aplicativos, transporte individual e transporte público estão alimentando o sistema do poder público para facilitar uma gestão mais eficiente do sistema rodoviário urbano. Além disso, cada vez mais iremos ver o crescimento de tecnologias emergentes associado aos veículos elétricos, uma vez que eles fazem parte das principais tendências de transformação do setor”, explica.

Quando voltamos nossa atenção para o Brasil, nos deparamos com inúmeros desafios no que diz respeito ao gerenciamento otimizado da mobilidade no país, e isso deve se agravar ainda mais, já que dados da ONU-Habitat estimam que, em 2030, a população brasileira deva atingir a marca de 225 milhões de habitantes, sendo que 90% deste total viverá em áreas urbanas. “Esses dados reforçam o quão importante é refletirmos e debatermos sobre qual a cidade nós queremos para o futuro. Essa troca é essencial para definir quais os papéis que as startups, tecnologias, inovações e governos municipais irão exercer dentro desse contexto para promover uma mobilidade urbana mais sustentável”, finaliza Raphael.

O estudo foi dividido em três partes, sendo elas: entendimento sobre o panorama nacional de mobilidade urbana; o segundo apresenta desafios e oportunidades da “Nova Mobilidade”, conceito novo que se baseia nos chamados “serviços de transporte por meio de plataformas”; e, por fim, sobre transformação digital na mobilidade como caminho para desenvolver cidades inteligentes.

Confira aqui o estudo completo do Liga Insights Mobilidade

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