Galaxies, primeira startup de empregabilidade gamer Latam, levanta R$4 milhões com Airborne Ventures, OTF Capital e GV Angels

Salvador, 20/10/2022 – A Galaxies, primeira plataforma de empregabilidade gamer da América Latina, acaba de receber um aporte de US$750 mil (R$4 milhões de reais). Liderado por Airborne Ventures e OTF Capital, Venture Builder especialista em e-sports, além de um grupo de Anjos e Advisors da FGV, o GVAngels, e do mercado, o investimento contribui com a ampliação da plataforma, e, ainda mais, com o mercado de games. A startup nasceu com o intuito de conceder suporte aos times de jogos eletrônicos e profissionais desse universo. Além de conectar quem têm oportunidades de trabalho com bons profissionais do setor, fortalecendo o mercado de e-sports, a Galaxies também oferece capacitações relevantes em sua plataforma digital.

“Nossa solução, que já está liberada para acesso em versão Beta, foi desenhada para criar um ecossistema no mundo gamer e ajudar qualquer pessoa que queira trabalhar nesse universo. Para isso, nossa plataforma visa resolver dores deste setor como: a falta de capacitação, profissionalização e suporte às organizações, mas não de uma maneira tradicional. Vamos fazer tudo isso de um modo diferente, que até hoje não existia no mercado: tudo será gamificado” explica Daniel Victorino, fundador e CEO da Galaxies.

Para executar os serviços acima, o empreendedor conta que a Galaxies é baseada em dois pilares que a diferenciam: tecnologia – que melhora o desempenho da operação dos times, gerando escalabilidade em diferentes estágios de seu ciclo de vida, além de permitir o gerenciamento de talentos de ponta a ponta – e educação, que visa capacitar pessoas para criar oportunidades de emprego e desenvolver o mercado de jogos.

“Por meio da nossa tecnologia inovadora, vamos ajudar as organizações a gerenciar seus negócios, apoiar o crescimento contínuo do ecossistema de jogos, o desempenho das operações das organizações, gerando escalabilidade em diferentes estágios do seu ciclo de vida e também ajudar a outra ponta se desenvolver: a das pessoas que sonham em fazer carreira como jogadoras profissionais de videogame. Essa parte receberá todo o apoio por meio dos nossos cursos e workshops com temas voltados também para habilidades sócio-emocionais”, explicou Daniel.

Nascido em São Paulo, mas atualmente morando em Londres, o empresário, que é gamer há mais de duas décadas, entra em um mercado que cresce exponencialmente, contrariando a crise econômica vivida pelos setores tradicionais. De acordo com a consultoria Newzoo, especializada em e-sports, a indústria global de games movimentou em 2021 quase US$176 bilhões de dólares. Até 2023, a perspectiva é de que este valor chegue a US$200 bilhões de dólares.

Uma das molas propulsoras do mercado de esportes eletrônicos foi a evolução da transformação digital. Victorino conta que optou por um modelo 100% remoto e praticar inovação na cultura da Galaxies. “Decidimos trabalhar com a equipe espalhada pelo mundo, sem um escritório físico. Assim podemos ter grandes talentos na equipe e não temos limitação de espaço”.

Investimento em mercado com alto potencial

Puxados por jogos como Fortnite, da Epic Games, com mais de 350 milhões de usuários em todo o mundo, entre outros títulos com milhares de adeptos, como FIFA, LOL, CS:GO, NBA, F1 e Rainbow Six, o mercado de e-sports cresceu 14,5% em 2021, comparado a 2020 – ano em que a pandemia da Covid-19 começou.

“Não é de hoje que a indústria de Games vem se destacando, temos casos excelentes como Valve, Epic, Blizzard sem contar os blockbusters com o Nintendo, Sega, Sony e Microsoft. Como bom gamer, acompanhei de perto essa evolução desde o início dos anos 90 e vi como a indústria se transformou.” Comentou Eduardo Kupper, gestor de portfólio da Airborne Ventures. A Airborne Ventures é um Early Stage VC de operadores, liderado por profissionais que decidiram se unir para levar ao mercado anos de experiência como Investidores Institucionais e como empreendedor em série.

“Saímos de um modelo de jogador solitário offline, mais simples, para um modelo mais colaborativo, online e bastante complexo. E é nesse segundo modelo que vemos que a Galaxies se encaixa, para ajudar a organizar e trazer mais estrutura, permitindo que os jogadores consigam extrair o máximo do ecossistema.” Finaliza Eduardo.

O alto potencial no médio prazo e os avanços tecnológicos foram alguns dos motivos que levaram o GVAngels a aportar na Galaxies, como destaca Wlado Teixeira, Diretor-Executivo da rede de investidores-anjo.“A Galaxies faz parte de um setor muito promissor e que tem muitas possibilidades de crescimento, ou seja, é uma ótima oportunidade de investimento para o GVAngels e os outros fundos que nos acompanham nessa rodada. Em 2021, ano considerado instável para a economia por conta da pandemia da Covid-19, a indústria brasileira de games faturou US$ 2,3 bilhões. Com a chegada do 5G e os avanços da tecnologia, o setor ainda tem muito espaço para crescer, pois está em plena ascensão”, analisou Wlado.

“Conhecemos o Daniel em meio à explosão dos blockchain games e do mercado de NFTs em meados de 2021 e desde cedo nos chamou a atenção o entendimento diferenciado e profundo dele em relação aos caminhos possíveis para a transição do mercado de games da Web2 para a Web3. Neste contexto, falta infraestrutura e educação para os principais players – por isso, vemos a Galaxies como um grande conector que irá acelerar novos negócios e possibilidades no mundo dos games, seja via meios tradicionais, trabalhando com publishers e game devs em Web2 ou fazendo o onboard de novos players na realidade dos cryptogames”, explica Pedro Oliveira, cofundador da Outfield.

“O setor de games no Brasil é muito vasto e a proposta da Galaxies, de levar educação e profissionalização para milhares de brasileiros, para que eles possam competir em alto nível e ter suas próprias organizações, é bastante inovadora para o mercado”, explica Robinson Dantas, Co-founder do Gorila Invest.

“Acredito muito na ideia da Galaxies em aliar o setor da educação com o de games. Isso dará oportunidades para que as organizações de games no Brasil possam se profissionalizar ainda mais”, afirma Ivan Kako, Co-founder da The 4 Winds Entertainment.

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