Fintechs de criptomoedas já somam cerca de 100 startups, mas mercado segue com dúvidas e desafios

Salvador, 08/11/2021 – Com a crescente ascensão do bitcoin e do mercado de criptomoedas, empreendedores e investidores têm observado com atenção as oportunidades disponíveis nesta área. Não à toa, entre 2014 e 2021, quase 16 mil criptoativos foram criados, segundo a CoinGecko, sendo que apenas no semestre de 2021, mais de 2 mil novas criptomoedas foram adicionadas nesta lista, segundo a agregadora de dados CoinMarketCap. A Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs) tem olhado de perto as fintechs deste ramo, que atualmente, já somam 94 startups, segundo o Distrito.

É importante reforçar que a criptomoeda opera como o dinheiro, porém, de forma totalmente digital. Além disso, não é emitida por nenhum governo, como ocorre com o Real ou o Dólar, por exemplo. Diferentemente de moedas tradicionais, neste formato, é a tecnologia que permite essa descentralização, feita pelo Blockchain e com transações protegidas por criptografia.

“Como não há uma autoridade central que acompanhe de perto essas transações, elas precisam ser registradas e validadas. Neste cenário, a blockchain opera como um enorme banco de dados público onde consta o histórico de todas as operações realizadas com cada criptomoeda. Cada nova transação é verificada através dessa tecnologia. Por não ter um agente regulador governamental, o mercado ainda é cercado de dúvidas e incertezas, apesar de sua potência notável”, explica a ABFintechs.

Uma das pautas levantadas dentro do setor é o De-Fi (Decentralized Finance) ou Finanças descentralizadas. Que, basicamente, é a recriação de serviços financeiros bancários sem centralização e intermediários tradicionais. Sem um organizador central para emissão de moeda, o bitcoin é o primeiro e grande exemplo de De-Fi.

O conceito evoluiu bastante, principalmente com o Ethereum, que possui contratos inteligentes, abrangentes e flexíveis em relação ao Bitcoin. Como resultado, uma série de aplicações, antes somente efetuadas no mercado financeiro tradicional e centralizado, começaram a surgir usando blockchain.

“A novidade tem atraído a atenção de investidores, que têm aportado grandes valores. No entanto, há riscos, tais como projetos sem nenhuma auditoria de segurança ou que ainda não são descentralizados o suficiente. O que a médio prazo pode resultar na perda completa dos fundos. É importante estar em constante atualização em relação a este mercado, estudar e avaliar prós e contras na hora de optar por esse tipo de investimento”, avalia.

Fundamentos e Práticas para este mercado

Para debater as particularidades do universo de criptoativos e blockchain, a associação realiza nos dias 10 e 11 de novembro, das 16h às 19h, o evento ABFintechs EDU | Economia Distribuída, contemplando questões como conceito, desafios e aspectos regulatórios. A programação se divide em dois momentos.

No primeiro dia, serão apresentados os principais fundamentos e conceitos do mercado, como a segurança do uso, quais os caminhos para investimento e o envolvimento dos reguladores. No segundo, o conteúdo avança para a prática, apresentando novos paradigmas que estão surgindo.

Dentre os temas a serem explorados estão os NFTs, Tokenização de Ativos, De-Fi (Finanças Descentralizadas), os Metaversos no Blockchain, dentre outros. Além disso, participam do evento nomes de peso do ramo, tais como a CVM, B3, BTG Pactual, Foxbit, Vórtx, Convex Research, Transfero, dentre outros. Para participar do evento de forma gratuita, basta acessar o site da Sympla e realizar a inscrição neste link.

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