Fintech WEEL recebe investimento de US$ 30 milhões da Franklin Templeton

Pioneira na utilização da inteligência artificial na antecipação de recebíveis, a empresa tem aporte de uma das maiores gestoras de fundos do mundo

Salvador, 05/04/2019 – A WEEL, primeira fintech que provê financiamento de capital de giro online para pequenas e médias empresas brasileiras por meio da antecipação de recebíveis, obteve um aporte de US$ 30 milhões da gestora global de fundos Franklin Templeton. A empresa é uma das maiores assets globais, com mais de US$ 714 bilhões de ativos sob gestão (dados de 28/2/19).

O investimento é o terceiro já conquistado pela WEEL e até agora o maior em volume. Entre 2017 e janeiro de 2019, a startup brasileira já havia captado um total de US$ 14,5 milhões em dois aportes, envolvendo os fundos de venture capital como Monashees e Mindset, e bancos como Citibank e Banco Votorantim.

Segundo a WEEL, o capital será destinado à ampliação do negócio, por meio da expansão da base de clientes e maciço investimento em sua plataforma de aquisição de recebíveis. A WEEL despontou no mercado em 2016 com a proposta de mudar o paradigma operacional e estratégico do nicho de antecipação de recebíveis, empregando inteligência artificial e processamento de big data para viabilizar transações a taxas mais baixas, de forma totalmente digital, acessível 24×7 de qualquer localização e com aprovação instantânea.

O Brasil possui, por enquanto, a única economia mundial em que a totalidade das notas fiscais é emitida de forma digital e seguindo um único padrão. “Esse ecossistema digital nos ofereceu um campo fértil para introduzir a inteligência artificial num nicho em que os processos manuais de análise de risco e de negociação ainda estão fossilizados em várias partes do mundo”, assinala Simcha Neumark (foto), fundador e CEO da WEEL.

Na visão de Roger Bayston, Vice-Presidente Sênior e Gerente de Portfólio do Franklin Templeton Fixed Income Group, a WEEL criou uma valiosa proposta de acesso a financiamentos para as PMEs, que historicamente enfrentam dificuldades em relação a exigências burocráticas e de garantias físicas para a obtenção de financiamento do capital junto às formas tradicionais (bancos e fundos de investimentos em direitos creditórios) e até mesmo às disruptivas, como outras fintechs.”O que a equipe da WEEL conseguiu criar nos últimos anos é incrível, e nós estamos ansiosos para crescer juntos e para nos posicionar como parte de uma parceria de longo prazo”, afirma Bayston.

presidente da Franklin Templeton no Brasil, Marcus Vinícius Gonçalves, também comenta sobre a parceria entre as empresas. Ele diz: “A Franklin Templeton espera desenvolver com a WEEL uma sólida parceria de longo prazo, que envolve a criação de soluções mais eficientes na área de crédito, ao mesmo tempo atrativas para os investidores e competitivas para os tomadores”.

Segundo Rodrigo Borges, CIO de renda fixa e multimercado da Franklin Templeton, a parceria envolve ainda o desenvolvimento de produtos de crédito, tais como FIDC’s. “A indústria de fundos está caminhando para ser uma importante fonte de financiamento ao crédito corporativo, e nossa ideia com esta parceria é desenvolver alternativas de captação mais barata para que a WEEL possa expandir seu alcance ao mesmo tempo em que nossos clientes maximizam seus retornos potenciais”, afirmou Borges, tomando o cuidado de lembrar que ainda não há qualquer oferta vigente de produtos, e que os processos regulamentares serão seguidos quando o momento oportuno se apresentar.

Um déficit de US$ 1,5 trilhão em financiamento B2B

Segundo Roger Bayston, o déficit global de financiamento B2B é de aproximadamente US$ 1,5 trilhão. Como as pequenas e médias empresas não conseguem o financiamento de que precisam para operar, toda a economia global é afetada. Países como o Brasil, o México e o Chile têm enormes ativos na forma de dados e informações e podem, por meio dos novos conceitos da ciência de dados transformar esses dados para melhorar as decisões de crédito para pequenas empresas.

“A WEEL tem o domínio da ciência de dados de classe mundial e sua experiência pode ajudar os mercados emergentes a utilizar dados para reduzir a lacuna de financiamento B2B”, afirma Russell Weiss, Diretor de Risco da WEEL. “No Brasil, conseguimos atingir a taxa de inadimplência historicamente mais baixa em nosso nicho de transações”, completa Weiss.

Na expectativa do Diretor de Risco, a parceria com a Franklin Templeton oferece fôlego reforçado para expandir a operação brasileira e para passar a se concentrar em oportunidades em outros países que já começam a criar ambiente compatível com a exploração de big data e automação de transações utilizada pela WEEL.

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