Digibee recebe aporte Series A de US$ 25 milhões para acelerar expansão internacional

Rodrigo Bernardinelli, CEO e co-fundador da Digibee

Salvador, 05/02/2022 – A Digibee, startup brasileira responsável pela integração de sistemas para conectar grandes empresas ao mundo digital, acaba de levantar US$ 25 milhões em uma rodada de investimentos Series A. O aporte foi liderado pelo SoftBank Latin America Fund, líder global de investimentos em empresas de tecnologia ao redor do mundo e pioneiro na América Latina, com a participação do fundo Kinea Ventures e da G2D Investments.

Com o investimento, a Digibee planeja acelerar sua expansão internacional, principalmente para os EUA, mas já adianta que está de olho em mercados como Chile, Peru, México, Colômbia e outras regiões da América Latina. A empresa encerrou 2021 com R$ 50 milhões de ARR (receita anual recorrente) e um crescimento de 213% se comparado com 2020. A projeção para 2022 é crescer 230%, ultrapassando R$ 165 milhões de ARR.

“Este aporte é um marco na história da Digibee e nos coloca numa excelente posição para transformar para sempre a maneira como as empresas conectam seus diferentes sistemas, sejam eles aplicativos, servidores, dados, clouds, dispositivos, ecossistemas de parceiros, entre outros. Estamos ajudando grandes corporações a se transformarem digitalmente, oferecendo ganho de escala e velocidade em suas operações, ao ponto de competirem de igual para igual com a mesma agilidade de entrega de produtos e serviços das startups. Hoje, a nossa estratégia de crescimento está pautada em conquistar o mercado americano, que é o mais competitivo e representa mais da metade do mercado global de software. Quando a gente ganhar este mercado, vamos ganhar o mundo”, diz Rodrigo Bernardinelli, CEO e co-fundador da Digibee.

Anteriormente, a startup recebeu R$ 53,5 milhões em aportes de importantes fundos e também de grandes empreendedores e executivos, como Paulo Veras, fundador da 99, e Laércio Albuquerque, presidente da Cisco na América Latina. “Já temos no radar uma próxima rodada de investimentos, Series B, prevista para acontecer até o final deste ano, com fundos norte-americanos com os quais temos conversado e que acreditam no potencial não apenas da nossa plataforma, mas da nossa abordagem com o mercado”, revela Bernardinelli.

Para apoiar este momento de crescimento, uma das prioridades da empresa é investir no time. A expectativa é passar de 160 funcionários para mais de 400 até dezembro deste ano. Isso inclui, além de quadruplicar a área de produto, a contratação de executivos de peso.

Recentemente, Flavio Pripas, ex-Redpoint eventures e Cubo, assumiu como Chief Strategy Officer (CSO) da Digibee, trabalhando ao lado do CEO para desenvolver estratégias e metas de curto e longo prazo para o negócio, além de atuar como RI (Relações com Investidores). Ken Arredondo, ex-IBM e CA Technologies, integra o time como Chief Revenue Officer (CRO). Humberto Ballesteros, ex-Microsoft e Red Hat, é o Sales Director Latam da startup. Marcelo Silva, ex-Cisco, está à frente da operação brasileira da Digibee. Cait Porte, ex-Zmags, exerce o cargo de Diretora de Marketing (CMO).

“Estamos trazendo importantes nomes do mercado global para atuar conosco. A nossa ambição é ser a maior empresa de tecnologia de origem brasileira do mundo que vai gerenciar toda esta malha interconectada de pessoas, sistemas, serviços, aplicações e softwares, e isso já estava nos nossos planos desde a primeira linha de código que escrevemos”, afirma Bernardinelli.

Destravando a inovação global

De acordo com um estudo do Gartner, consultoria norte-americana, o trabalho de integração de sistemas devora 50% dos orçamentos dedicados para projetos de transformação digital nas empresas. Isso ocorre, ainda segundo a pesquisa, por este ser o desafio mais complexo relatado pelas companhias por exigir uma mudança radical em suas arquiteturas de sistemas para tornar os negócios, operações e experiências mais digitais.

“A abordagem utilizada para resolver o problema da integração de sistemas demanda muito código. O código, por sua vez, demanda programadores e desenvolvedores que estão escassos no mercado, afinal, as grandes empresas de serviço estão contratando em massa. Além disso, para conectar sistemas são necessárias ferramentas complexas, com controles rígidos de segurança para movimentar dados de um lado para o outro. Na Digibee nós desenvolvemos uma forma de fazer essa integração de maneira simples e rápida, sem abrir mão dos requisitos que são importantes para todas as empresas: performance, resiliência e segurança. Construímos uma plataforma 100% na nuvem baseada em low code, ou seja, pouco código, e ainda, com criptografia, logs, cofre de senhas e outros. Qualquer integração na Digibee já nasce com a máxima segurança possível”, explica o CEO da startup.

A Digibee contabiliza mais de 400 milhões de execuções de integrações diariamente. Projetos de TI que antes eram feitos em seis meses, agora podem ser feitos em questão de horas. A Digibee já executou, por exemplo, a integração de um e-commerce com um sistema financeiro, em apenas uma semana. Já ajudou uma das maiores varejistas do país a integrar o PIX como forma de pagamento em sua operação em apenas cinco dias. Conectou uma empresa do setor de educação com o sistema de um grande banco para que pudessem oferecer crédito estudantil diretamente aos alunos em apenas quinze dias.

“A todo momento, novas tecnologias surgem no mundo, mas como conectar todas elas? Abrir uma API para o mundo é uma coisa, mas como fazer todas elas conversarem? O mundo digital não está fazendo esse problema de integração ficar mais simples. Pelo contrário. Milhares de serviços, milhões de dispositivos IoT e inúmeras APIs estão se proliferando, tornando o digital mais complexo a cada dia. Nosso trabalho é ajudar as empresas a modernizar, reestruturar e gerenciar suas arquiteturas de sistemas, aprimorando processos e ferramentas, para que elas possam atingir os objetivos de negócio de maneira mais rápida, fácil, segura e com menos custos. A nossa plataforma gera um gasto para as empresas menor do que um desenvolvedor custaria para elas”, ressalta Bernardinelli.

A Digibee atende atualmente mais de 250 empresas, de diferentes segmentos, como financeiro, varejo, saúde, TI, telecom, educação, entre outros. Itaú, Assaí Atacadista, B3, Carrefour, Dasa, Fleury e Bauducco são alguns dos clientes da startup.

“Estamos iniciando uma parceria com a Digibee que vai permitir aos nossos times de tecnologia mais facilidade nas integrações sistêmicas, seguindo as mais modernas e eficientes arquiteturas existentes. Com a plataforma da Digibee, por exemplo, temos integrações que fomos capazes de fazer literalmente em uma fração do tempo habitual e isso possibilitará ao banco o atendimento mais rápido às necessidades dos nossos clientes”, afirma Wilson Cristoni, superintendente de tecnologia do Itaú Unibanco.

“Conhecemos a Digibee no Cubo e iniciamos uma parceria importante para inovar a entrega de tecnologia capaz de viabilizar, conectar e desenvolver o mercado. A Digibee desenvolveu APIs que foram plugadas aos sistemas da B3, significando uma nova forma de conexão com a plataforma de registro de balcão. A opção por essa solução trouxe velocidade no atendimento às demandas dos nossos clientes. Desenvolver internamente, certamente teria levado mais tempo e teria tido um custo maior nesse caso”, explica Rodrigo Nardoni, vice-presidente de tecnologia da B3.

“Nos últimos anos, estabelecemos uma meta arrojada visando acelerar nossa jornada Move2Cloud. Por não ser uma empresa nativa digital, o Carrefour possui sistemas legados que, dada a natureza da arquitetura que foram concebidos, criam desafios adicionais para esta migração. Estamos ‘recortando’ esse cenário arquitetural e com isso provendo as condições adequadas para continuar nossa jornada cloud. A Digibee foi a parceira escolhida que vem nos apoiando na integração entre sistemas e com isso passamos a usufruir dos benefícios desta plataforma. A partir da possibilidade de utilizar endpoints prontos (ou criá-los rapidamente) e propagar o uso dos mesmos, notamos maior facilidade e simplicidade na gestão do ambiente, agilidade no uso, facilidade na construção de conexões entre sistemas, monitoramento do uso e consumo o que ajudou a incrementar nossa produtividade e performance e, desta forma, acelerar nosso time to market, ou melhor, time to revenue”, conta Paulo Farroco, CIO do Carrefour Brasil.

“Nosso modelo de negócio é bastante físico, mas temos uma estrutura de back office e sistemas complexos e em acelerado processo de digitalização. A parceria com a Digibee possibilitou acelerarmos ainda mais projetos importantes para o Assaí, como a integração das mais de 120 lojas que vendem por meio de aplicativos de compras e a implementação do barramento de sistemas para o ServiceNow. Ainda, teve importante papel na modernização de diferentes processos e fluxos internos, beneficiando assim tanto as áreas da Companhia quanto nossos clientes”, explica Rodrigo Callisperis, Diretor de TI do Assaí Atacadista.

Além de executar a conexão de sistemas para seus clientes, a Digibee faz com que eles sejam autossuficientes. A startup oferece treinamentos gratuitos com a ‘Digibee Academy’ e, com isso, os times de TI destas companhias aprendem a gerenciar as integrações por conta própria. “Fazemos isso, pois a verdadeira transformação depende de um novo mindset. Queremos que nossos clientes consigam ir além da arquitetura flexível para transformar produtos e serviços, e que eles aprendam a criar processos mais ágeis. O Brasil e muitos outros países não têm a tradição de empresas de software de infraestrutura que é o que roda no coração das companhias atualmente. Queremos ajudar nessa transformação do mercado em âmbito global e levar para clientes corporativos uma tecnologia base e uma arquitetura moderna para que estas empresas sejam capazes de criar automações avançadas de forma independente”, finaliza Bernardinelli.

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