CPQD cria solução de identidade digital descentralizada compatível com blockchain Corda

Salvador, 10/02/2020 – O CPQD anunciou no final de janeiro a conclusão da prova de conceito do FinID – Sistema de Identidade Digital Descentralizada. Durante o desenvolvimento do projeto, a instituição contou com o apoio de um grupo de profissionais formado por especialistas do Banco Central e da R3, empresa especializada no desenvolvimento de blockchain corporativo, como parceira tecnológica.

O FinID é um dos projetos selecionados pelo LIFT (Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas) do Banco Central e, segundo o gestor de soluções blockchain do CPQD, José Reynaldo Formigoni Filho, a participação da R3 foi fundamental para que a solução fosse criada de modo compatível para integração à plataforma Corda, que é o protocolo DLT (Distributed Ledger Technology) mais utilizado atualmente pelo setor financeiro. “A identidade digital descentralizada é composta por várias credenciais eletrônicas emitidas por diferentes agentes que fazem parte de uma rede blockchain”, explica.

O conceito de identidade digital descentralizada cria uma camada segura de pessoas físicas, pessoas jurídicas e coisas, colocando o cliente no controle dos próprios dados e facilitando o acesso à contratação de serviços financeiros por meio de uma identidade única e portável. “O uso do Corda vai garantir a proteção e a privacidade destes dados, que vão desde informações cadastrais até comprovantes de depósito e operações de crédito”, explica Nayan Hanashiro, diretor de parcerias da R3.

O líder técnico em blockchain do CPQD, Fernando Marino, ressalta que a inovação desse projeto está na criação de uma camada de identidade digital financeira única e descentralizada, que vai desburocratizar o processo de criação de contas, autenticação por meios digitais e criar uma nova forma de inicialização de pagamentos diretamente de pessoa para pessoa na camada de identidade. “Essa abordagem permite que os clientes controlem suas identidades, seus relacionamentos com instituições financeiras e decidam o que, quando e com quem compartilhar essas informações por meio de open banking”, explica, lembrando que, no sistema atual, o usuário tem uma identidade digital para cada instituição financeira com a qual tem relacionamento.

Com a identidade digital descentralizada, estes dados pessoais ficam de posse do usuário, que pode apresentá-los a outras instituições financeiras com as quais não se relaciona mas que têm uma oferta do seu interesse. “Funciona como um passaporte que ele pode usar em vários bancos. Todos os identificadores vão sendo somados e armazenados nessa credencial”, compara Marino.

Entre as vantagens, ele destaca a redução da burocracia, a facilidade de atualização das informações (que só precisa ser feita em um lugar) e, principalmente, a autonomia e a flexibilidade para o usuário, que pode utilizar serviços e aproveitar as ofertas de diferentes instituições financeiras sem necessidade de se tornar correntista. “Para os bancos, a credencial traz informações que permitem conhecer melhor o cliente e, assim, oferecer a ele produtos personalizados”, conclui Marino.

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