Accenture, Intel e Fundação Ambiental Sulubaaï usam inteligência artificial para salvar recifes de corais

Salvador, 24/04/2020 – A Accenture, a Intel e a Fundação Ambiental Sulubaaï, nas Filipinas, desenvolveram uma nova solução que usa inteligência artificial para monitorar, definir e analisar a resiliência dos recifes de corais. A solução – resultado do Projeto: CORaiL, iniciativa criada pelas três empresas em 2019 – foi implantada há um ano em um recife das Filipinas.

Os recifes de corais estão entre os ecossistemas mais diversos do mundo, com mais de 800 espécies de corais que abrigam e protegem aproximadamente 25% da vida marinha global. Os recifes também são benéficos à humanidade – além de protegerem as costas contra tempestades tropicais, fornecem alimento e renda para um bilhão de pessoas, além de gerarem 9,6 bilhões de dólares por ano em atividades ligadas ao turismo. Todavia, os recifes correm perigo e estão sendo degradados pela pesca em larga escala e de arrasto, aumento das temperaturas e desenvolvimento desenfreado das regiões litorâneas.

Accenture, Intel e a Fundação Ambiental Sulubaaï implantam um recife artificial, feito de concreto, para ajudar a restaurar o recife de corais em torno da Ilha de Pangatalan, nas Filipinas.

Engenheiros da Accenture, Intel e da Fundação Ambiental Sulubaaï implantaram um recife artificial de concreto – chamado de Prótese do Recife Sulu (SRP, na sigla em inglês) – que oferece suporte aos fragmentos de corais. O SRP foi projetado pela Sulubaaï e colocado no recife que cerca a Ilha de Pangatalan, nas Filipinas. Fragmentos de corais vivos foram implantados na estrutura, onde poderão crescer e se expandir, oferecendo um habitat híbrido para peixes e a vida marinha em geral.

Em seguida, os engenheiros posicionaram câmeras de vídeo submarinas inteligentes equipadas com o recurso Inteligência Aplicada para Serviços de Analytics para Vídeos (VASP) da Accenture a fim de detectar e fotografar os peixes que passam por lá. A IA usada pelo VASP para contar e classificar a vida marinha é impulsionada pela tecnologia da Intel, incluindo processadores Intel Xeon, Cartões Programáveis de Aceleração FPGA e VPU Movidus. Em seguida, os dados são enviados para um painel em terra firme, fornecendo análises e tendências aos pesquisadores em tempo real e facilitando a tomada de decisões baseadas em dados.

Uma câmera de vídeo submarina inteligente irá detectar, fotografar e classificar os peixes, ajudando a Accenture, Intel e a Fundação Ambiental Sulubaaï na tomada de decisões baseadas em dados para restaurar o recife de corais que cerca a Ilha de Pangatalan, na Filipinas.

“O valor dos dados depende da rapidez com que são usados para obtenção de insights para tomada de decisões,” explica Athina Kanioura, Chief Analytics Officer e líder da prática de Applied Intelligence na Accenture. “Com a análise de vídeos transmitidos em tempo real, o VASP oferece acesso a uma base rica de dados – um monitoramento ativo que não interfere no ambiente submarino.

“Desde a implantação, em maio de 2019, já foram captadas aproximadamente 40.000 imagens, usadas pelos pesquisadores para avaliar a saúde do recife em tempo real.

“A inteligência artificial oferece oportunidades inéditas para resolver alguns dos problemas mais constrangedores causados pelo ser humano”, explica Jason Mitchell, diretor geral para a prática de Communications, Media & Technology da Accenture e principal interface da empresa com a Intel. “Nosso ecossistema de parceiros corporativos e sociais nessa iniciativa de ‘IA para o bem social’ mostra que os números do impacto ambiental positivo são robustos.

“Os engenheiros da Accenture e da Intel já estão empenhados no protótipo revolucionário do Projeto: CORaiL, que irá contar com uma rede neural convolucional otimizada e uma fonte de alimentação de reserva. O próximo passo será a implantação de câmeras infravermelhas, permitindo a captura de vídeos noturnos e a criação de uma imagem mais completa do ecossistema dos recifes. Usos futuros incluem o estudo das taxas de migração de peixes tropicais rumo a regiões mais frias e o monitoramento de intrusões em áreas submarinas protegidas ou de acesso restrito.

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