Saúde: alto investimento em tecnologia demanda segurança de dados

Organizações de saúde estão adotando estratégias para lidar com preocupações de segurança de dados entre funcionários que não são da área de TI

Salvador, 24/05/2024 – Em um cenário onde a segurança de dados se torna cada vez mais importante, as organizações de saúde estão intensificando suas medidas para proteger informações sensíveis. Com o aumento das ameaças cibernéticas, a proteção dos dados dos pacientes não é mais responsabilidade exclusiva da equipe de TI. Agora, hospitais e clínicas estão implementando estratégias abrangentes para garantir que todos os funcionários, inclusive os não técnicos, estejam preparados para enfrentar os desafios da segurança digital. Desde programas de treinamento acessíveis até o uso de ferramentas seguras e planos de resposta a incidentes, essas iniciativas visam criar uma cultura de segurança robusta em toda a instituição.

O CEO da dataRain, Wagner Andrade, destaca a importância da proteção destes dados, já que a tecnologia é aliada ao setor de saúde e tem sido cada vez mais acelerada desde a pandemia de COVID-19, contribuindo com a universalização, o acesso e o aprimoramento dos sistemas de saúde ao longo do globo. “O conceito de Open Health é um exemplo desta inovação, pois garante dados de pacientes integrados e seguros, disponíveis onde quer que seja feito o atendimento, proporcionando agilidade e mais precisão para os diagnósticos. Esta interoperabilidade é possível graças à computação em nuvem, pois lá estão armazenados todos os protocolos de atendimento, que se tornam mais ágeis e eficientes, e que podem ser aplicados inclusive em consultas remotas, fomentando e respaldando a telemedicina”, explica.

A constatação é embasada por dados da Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital. Desde o início da adoção das teleconsultas, entre 2020 e 2021, mais de 7,5 milhões de atendimentos foram realizados por mais de 52,2 mil médicos no Brasil. Deste número, 87% foram realizadas pela primeira vez remotamente. Outro levantamento, do Global Market Insights, aponta que a telemedicina na América Latina deve crescer mais de 19% até 2028 e isso deve garantir investimentos globais, conforme aponta a McKinsey, que prevê que receitas globais de saúde digital devem alcançar a marca de US$600 bilhões em 2024. “A adoção de aplicativos para monitoramento, autodiagnóstico e gerenciamento de saúde também aumentou e tem ajudado pacientes e profissionais a melhorar a prestação de cuidados e serviços na área”, comenta.

Andrade avalia que todos estes avanços e investimentos exigem treinamento humano para evitar o vazamento de dados. “As organizações de saúde estão focando cada vez mais na educação de todos os funcionários e isso inclui treinamento para reconhecer ataques, a importância de senhas fortes e o manuseio adequado de informações sensíveis, garantindo que todos estejam preparados para proteger os dados dos pacientes”, avalia.

Além da capacitação, o CEO da dataRain aponta novas funções para defender os dados de pacientes como os “Oficiais de Proteção de Dados (DPOs)” para supervisionar as estratégias de proteção e garantir a conformidade com leis. “Eles desempenham um papel crucial na educação de funcionários não técnicos, conduzindo auditorias regulares e servindo como ponto de contato para questões de proteção de dados.”

Implementação de Controles de Acesso e Criptografia de Dados: Para minimizar o risco de acesso não autorizado a dados sensíveis, as organizações de saúde estão implementando controles de acesso rigorosos e usando criptografia para dados em repouso e em trânsito. Essas medidas garantem que as informações sensíveis sejam acessíveis apenas para o pessoal autorizado e estejam protegidas contra interceptação durante a transmissão.

Além da parte humana, o uso de plataformas e ferramentas seguras simplificam a proteção dos dados, pois incluem recursos como criptografia automática e interfaces amigáveis que ajudam os funcionários não técnicos a gerenciar dados com segurança sem exigir habilidades extensivas de TI. “Também é fundamental contar com planos de respostas a incidentes, que incluem protocolos em caso de violação de dados. Isso garante que todos os funcionários saibam como responder rápida e efetivamente para minimizar o impacto de incidentes de segurança”, ressalta.

Para Andrade, segurança e tecnologia, juntas, podem garantir os avanços para saúde, trazendo benefícios para humanidade forma geral. “Ao implementar essas estratégias, as organizações de saúde fortalecem sua postura geral de segurança de dados e assim, podemos seguir avançando no compartilhamento seguro de informações, que ajudam inclusive na área de pesquisa para o desenvolvimento de vacinas e novos medicamentos”, finaliza.

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