E-commerce no Nordeste na Black Friday e no Natal: a importância da proteção contra ataques digitais

Salvador, 27/11/2020 – Na Black Friday e no Natal deste ano, o Nordeste irá aderir em peso ao e-commerce. Trata-se de algo que já está acontecendo. Segundo pesquisa da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico de maio deste ano, as vendas por meio da Web na região cresceram 165,7% em relação ao mesmo período de 2019. Mais do que avançar em volume de tickets vendidos, o mercado de e-commerce nordestino avançou, também, em faturamento:  um crescimento de 158,3% em relação a 2019. Essa realidade é tão forte que, de acordo com a mesma pesquisa, a região Nordeste liderou as vendas online no Brasil em maio deste ano, seguida do Sudeste, Norte, Centro-Oeste e Sul.

Com a injeção do décimo terceiro salário e o anseio de presentear parentes e amigos que permaneceram distantes, por causa da pandemia, ao longo do ano, o e-commerce dos 9 estados do Nordeste irá expandir-se ainda mais.

Para que essa prosperidade digital aconteça de forma sustável e segura, de forma a pavimentar um crescimento econômico também em 2021, é fundamental adotar as melhores práticas de cyber segurança na gestão dos portais de e-commerce.

Nos últimos anos, os pesquisadores de ameaças do SonicWall Capture Labs registraram um número maior do que o normal de ataques ocorridos durante o período de compras de Natal. Por exemplo, em 2019, entre 25 de novembro e 2 de dezembro, houve 129,3 milhões de ataques de malware (um aumento de 63% em relação a 2018). O Brasil foi o 6° país que mais sofreu ataques de ransomware só na primeira metade do ano. Número que representa mais de 1 milhão de ataques em 6 meses.

O que acontecerá este ano? Embora 2020 continue a desafiar a previsibilidade, já é possível ver problemas no horizonte. O período de agosto, setembro e outubro de 2020 mostrou algumas tendências perturbadoras: Em setembro, o malware teve sua maior alta do ano, aumentando em 59 milhões em relação a agosto. Pior, o aumento de 20% em relação ao ano anterior em ransomware que vimos no final do segundo trimestre aumentou para 40% no final do terceiro trimestre, tendo estado em um aumento constante desde junho.

Os cibercriminosos seguiram disparando ataques implacáveis ao longo de 2020. Essas pessoas vêm o aumento das transações comerciais pela Web como um alvo preferencial – seu foco principal foco é invadir os sistemas das empresas de e-commerce para roubar credenciais de consumidores. Esse tipo de dado vale ouro na Dark Web e é usado para fraudes, compras indevidas etc.

Outra grande vulnerabilidade é o fato de que muitos consumidores usarão, como dispositivos de acesso aos portais de e-Commerce, as redes das empresas onde trabalham. Isso abre brechas para que os criminosos digitais tentem invadir os sistemas corporativos, uma ação que tipicamente gera altos pedidos de resgate (ransomware).

Todo esse contexto ganha dramaticidade com a entrada em vigor da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), em setembro deste ano. Empresas que sofrerem vazamento de dados de clientes podem ter de pagar multas de até 2% de seu faturamento, em valores que podem chegar a R$ 50.000.000.

2020 foi um ano desafiador, e vemos o período das festas como um momento de alívio. Mas as conveniências do e-commerce têm de necessariamente ser acompanhadas por políticas e soluções de segurança. Quando isso acontece, aí sim, é um feliz Natal.

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