Com Telegram suspenso no Brasil, uso de VPN estrangeiro pode ser um perigo para invasão de redes

Salvador, 27/04/2023 – A Justiça Federal determinou nesta semana a suspensão do Telegram no Brasil e o bloqueio fez com que usuários da plataforma recorressem a outros métodos para acessá-lo, como VPN com servidor fora do país, o que pode ser um imenso risco às empresas e pessoas físicas também, alerta o especialista em cibersegurança, Fernando Bryan Frizzarin, gerente de suporte técnico da BluePex Cybersecurity.

Nesta quinta-feira (27), o termo “como usar VPN para acessar o Telegram” estava entre os 10 mais pesquisados no Brasil de acordo com o Google, e é justamente para essa situação que a BluePex Cybersecurity chama a atenção: a vulnerabilidade que há com esse tipo de conexão, que pode ser usada por cibercriminosos que se aproveitam da situação e da procura para permitir acesso e, desta forma, podem causar grandes prejuízos.

A VPN, ou Rede Privada Virtual na tradução para o português, expõe não apenas usuários comuns, mas em especial toda a rede de uma empresa. “Com o bloqueio do Telegram, as empresas não devem, em hipótese nenhuma, permitir que seus funcionários usem a VPN para burlar esse bloqueio. O que percebemos é que as pessoas recorrem à Rede Privada Virtual para se conectar com um servidor fora do Brasil e, a partir de lá, acessar o Telegram”.

O servidor do outro lado, onde é feita a conexão, pode não ser certificado e inclusive ser mantido por cibercriminosos. Por meio dele, pode haver captura de dados, vazamento dessas informações e, inclusive, uma futura invasão. “A conexão com a VPN é bidirecional, ou seja, o usuário se conecta no servidor e esse servidor também se conecta no seu dispositivo. De repente, você tem um criminoso conectado em seu computador ou telefone celular roubando dados e instalando um software malicioso”.

Apesar de ser comum em empresas para garantir o home office, por exemplo, o uso da VPN deve ser feito de forma segura, com bloqueios de acessos à redes desconhecidas, o que pode ser feita por meio da proteção no firewall de borda. “A VPN é usada comumente para fazer o home office e, com a devida proteção, a conexão é feita num servidor seguro onde ambas as pontas de conexão são bem conhecidas e monitoradas pela empresa, que no geral também bloqueia as entradas desconhecidas”.

A BluePex Cybersecurity, por exemplo, oferece equipamentos de segurança como o Firewall NGFW, entre outras soluções para segurança cibernética, que permitem que as empresas realizem esses bloqueios e mantenham seu parque computacional protegido.

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