Vendas on-line têm aumento significativo na quarentena

Salvador, 03/05/2020 – Nos últimos anos, o ambiente digital facilitou o acesso à informação e, consequentemente, passou a interferir cada vez mais na jornada de compra de produtos e serviços. E agora, com as condições impostas pela pandemia do novo coronavírus (COVID-19), a solução encontrada pelos consumidores é recorrer à internet para realizar suas compras, até mesmo de itens essenciais.

Um levantamento realizado pela Compre&Confie, empresa de inteligência de mercado voltada a e-commerce, e pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) compara as vendas on-line do período de fevereiro e março deste ano, com o mesmo período do ano passado. A análise revela que as categorias de destaque são supermercado com 80%, saúde com avanço de 111% e beleza e perfumaria com aumento de 83%.

Para o economista e presidente do IBEVAR (Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo), Claudio Felisoni de Angelo, comprar pela internet deixou de ser apenas uma característica comportamental e se tornou uma urgência. “Consumir pelo canal on-line era uma prática do que chamamos de ‘consumidor digital’. A pandemia acelerou a migração de grupos que antes não adquiriam produtos on-line, mas agora sentem essa necessidade e precisam se adaptar”, observa Felisoni.

Ao contrário do que se pensa, o termo “consumidor digital” não diz respeito apenas ao comprador mais jovem, mas reflete a mudança no comportamento de consumo, cuja penetração aumenta a cada dia nas classes de idade mais avançada. “A facilidade na busca e comparação de produtos, a variedade e a praticidade são elementos que impulsionam esse crescimento em qualquer faixa etária”, comenta o economista.

“Vale ressaltar que um ‘consumidor digital’ não é apenas aquele que compra pela internet. Considera-se também quem utiliza outros canais, seja telefone, loja física ou outras opções que fazer parte do atendimento Omnichannel, mas em algum momento recorre ao on-line, mesmo que seja apenas para consultar características, preços ou comparativos sobre um produto ou serviço, por exemplo. É o que chamamos de topo do funil, ou seja, o momento de consideração dentro da jornada de compra. A decisão pode depender de aspectos como preço, urgência, visualização do produto, experiência de compra ou segurança no frete, mas pode ser que essa compra seja, de fato, concluída no ambiente físico”, completa o presidente do IBEVAR.

De uma maneira geral, o “consumidor digital” é aquele que busca sua conveniência baseado em entrega, tempo ou preço. Para os consumidores que compram pela internet e têm pressa em receber o produto, há, ainda, a opção de retirar em loja, também conhecida no varejo como pick up store. “Em meio à crise, a modalidade se torna uma alternativa para evitar a circulação e reduzir o tempo em lojas, possibilitando apenas a retirar rápida”, finaliza Felisoni.

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