Investimentos em robôs será de 20 milhões de dólares nas empresas nos próximos dois anos, aponta pesquisa global da Protiviti

Salvador, 04/11/2019 – Um estudo global realizado pela consultoria Protiviti, em colaboração com a ESI ThoughtLab, constatou que as empresas vêm investindo significativamente em projetos de Robotic Process Automation (RPA) e planejam dedicar ainda mais seus investimentos no desenvolvimento e aplicação da tecnologia nos próximos dois anos.

A pesquisa revela que empresas de grande porte devem gastar em torno de até US$ 20 milhões em tecnologias de automação de processos até 2021. Das empresas analisadas, 78% têm receita anual na casa de US$ 1 bilhão. Já as médias corporações têm a expectativa de destinar cerca de US$ 5 milhões.

“Os executivos descobrem que os investimentos em RPA podem produzir uma infinidade de benefícios. Em até dois anos, as empresas que identificamos como líderes vão usar bots em praticamente todas as funções de suas organizações “, disse Tony Abel, porta-voz da pesquisa e diretor da filial americana da Protiviti.

Segundo os 450 executivos entrevistados para a pesquisa, o principal benefício atrelado à adoção do RPA é a maior produtividade dos funcionários com 22% de preferência, seguidos de melhor qualidade do produto (16%), de forte posição competitiva no mercado (15%), da satisfação do cliente (12%) e da velocidade de comercialização (11%). O estudo constatou que estes resultados reforçam o fato de que a automação é implementada nas empresas mais para agregar valor comercial do que para cortar custos, classificado como o menor benefício com apenas 3%.

“Hoje, o RPA é um ponto central das operações ágeis e eficientes que fortalecerão as posições de mercado das empresas, impulsionando eficiências, aumentando a velocidade do mercado e melhorando o desempenho financeiro”, completa Abel.

Apesar da boa receptividade do RPA, ainda existem barreiras para a implementação produtiva. De fato, 40% das organizações citaram que um dos principais obstáculos é a incapacidade de priorizar possíveis iniciativas de RPA, enquanto 30% acham que sua abordagem com pouco foco dificulta a busca pelas melhores aplicações de RPA. Desafios adicionais incluem preocupações associadas à segurança cibernética (40%) e regulamentação (30%).

Já sob o olhar dos recursos humanos, a pesquisa sinaliza que a falta de talento disponível é outro desafio para as empresas entrevistadas e que buscam alavancar suas iniciativas de RPA. De acordo com o levantamento, 24% dos executivos ouvidos citaram isso como uma barreira significativa.

Nesta situação de dificuldade entre a demanda e oferta, as empresas que lideram os avanços em RPA fazem um esforço para capacitar a equipe atual (71%), formar parcerias com empresas de consultoria ou fornecedores de tecnologia (53%) e identificar novos talentos fora de suas organizações (40%).

Em relação ao cenário nacional, Thiago Guimarães, gerente sênior de inovação e transformação da Protiviti no Brasil, diz que o uso do RPA no Brasil tem muito espaço para crescer e precisa ser melhor compreendido. “As empresas brasileiras seguem focadas na redução de custos ao implantar RPA e olham pouco para os benefícios ligados a satisfação de seus funcionários e clientes”, pontua Guimarães.

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