Executivos de TI acreditam na resposta positiva do trabalho remoto, mas se preparam para cenários de disrupção contínua

Salvador, 26/08/2020 – Um projeto de pesquisa patrocinado nos Estados Unidos pela TeamViewer, líder global em soluções seguras de conectividade remota, descobriu que 77% dos entrevistados afirmaram estar preparados para gerenciar a rápida mudança do cenário laboral imposta pela pandemia COVID-19. Mais de 200 executivos de TI de diferentes segmentos da indústria norte-americana foram ouvidos na sondagem, que apontou ainda um crescimento impressionante da taxa de adesão ao home office, subindo abruptamente de 28% antes do coronavírus para 71% durante a pandemia.

Os profissionais de TI ouvidos na pesquisa TeamViewer “COVID-19 – Work from Home” consideraram ter mantido a produtividade, a eficácia e o moral em níveis altos. Para cerca de 84% deles, a “sobrevivência” de suas empresas dependia de “proporcionar um ambiente de trabalho estável aos times e colaboradores” – cenário que acreditam deverá se manter após a pandemia. 77% dos entrevistados apontaram aumento nas solicitações de suporte técnico – e apesar do aumento da carga horária, e de terem igualmente reportado muitos desafios em suas respostas, 44% informaram que o volume de trabalho “permaneceu o mesmo”, contra 32% que reportaram “aumento além do normal”.

A maioria dos profissionais de TI pesquisados acredita que foram “muito eficazes” (57%) ou “um pouco eficazes” (40%) na solução de problemas urgentes surgidos durante a pandemia. Apenas 3% acreditam “não terem sido eficazes”. Aproximadamente 79% dos executivos disseram ter estabelecido em três semanas um ambiente de trabalho remoto estável em casa e 41% se mostraram confiantes na capacidade de sua VPN.

De acordo com os entrevistados, a videoconferência liderou a lista (66%) das ferramentas mais eficazes, seguida pelo armazenamento em nuvem (59%), gerenciamento de dispositivos (49%) e colaboração (47%).

“As empresas conseguiram gerenciar com facilidade a rápida transição para o trabalho remoto em resposta à pandemia de COVID-19”, diz Gautam Goswami, CMO global da TeamViewer. “Ainda assim, é fundamental que os profissionais de TI continuem focados no fortalecimento de sua infraestrutura, implementando uma variedade de soluções eficientes e seguras de conectividade remota, a fim de garantir a continuidade dos negócios”.

Os executivos de TI dos EUA também reportaram outras preocupações, uma vez que continuam gerenciando o ambiente e a estrutura do trabalho home office por conta da extensão da pandemia.

A lista inclui:

•  Planejamento do novo normal: Em média, os executivos de TI acreditam que a “volta aos negócios como de costume” deverá demorar mais de sete meses. Enquanto as empresas continuam a fortalecer infraestrutura, 85% “concordam” ou “concordam completamente” que sua organização estará preparada para gerenciar um futuro surto de coronavírus.

•  Segurança em primeiro lugar: 57% dos entrevistados afirmam que a segurança permanece como a principal prioridade, principalmente em resposta aos funcionários que usam seus próprios dispositivos e passam a usar a Internet pública com mais pontos de acesso e maiores vulnerabilidades ao invés das redes de empresas privadas.

•  Trabalho remoto continuará tendência: 80% dos líderes de TI dizem esperar que mais funcionários trabalhem remotamente de forma permanente, mas apenas 38% têm certeza de possuir o treinamento necessário para lidar com o aumento do trabalho remoto.

•  Aumentos de orçamento: 69% das organizações canalizaram novos fundos para a TI após a pandemia e 80% projetam a necessidade de orçamento adicional durante o próximo ano.

O projeto de pesquisa da TeamViewer foi realizado nos EUA em meados de julho de 2020 pela empresa independente de pesquisa de mercado TrendyCandy Research e pela Lucid, líder global em pesquisas por amostragem. Na sondagem foram ouvidos aleatoriamente 200 tomadores de decisão de TI em uma ampla variedade de empresas de diferentes portes e segmentos. A margem de erro do estudo é de +/- 6,93% em um nível de confiança de 95%.

E no Brasil?

Um estudo divulgado pela consultoria Betania Tanure Associados (BTA), que analisou 359 negócios por todo o País, mostrou que pelo menos 43% das empresas brasileiras adotaram o trabalho remoto em suas rotinas. Em Tendências de Marketing e Tecnologia 2020: Humanidade Redefinida e os Novos Negócios, do Infobase e Institute For Technology, Enterpreneurship and Culture, dados apontam que o modelo home office deve crescer 30% após o isolamento imposto pela Covid-19.

Já a pesquisa da consultoria KPMG, que entrevistou 700 executivos brasileiros, revelou que 24,5% deles reportaram aumento de 20% no rendimento e quase metade (49,5% – ou 3 em 4 líderes) afirmou que o nível de eficiência se manteve. Outra sondagem, a Covid19-Home Office -Trabalho Remoto, da Fundação Dom Cabral, pontuou que mais de 54% de seus 669 colaboradores têm a intenção de propor ao gestor a possibilidade de continuidade do trabalho remoto após o surto de coronavírus – tendência também apontada pelo relatório da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que aferiu que 30% das empresas privadas brasileiras planejam manter o home office em suas jornadas de trabalho após a pandemia.

A Pesquisa Gestão de Pessoas na Crise Covid-19, da Fundação Instituto de Administração (FIA) – que coletou dados de 139 pequenas, médias e grandes empresas que atuam em todo o Brasil –, mostrou também que para 50% delas a experiência com o trabalho remoto superou as expectativas, 34% têm intenção de continuar com o teletrabalho para até 25% das equipes e 25%  irão manter o home office para pelo menos 50% do quadro de funcionários e colaboradores.

Na iniciativa pública, o percentual do modelo de trabalho home office também cresceu. Em junho, 24,7% dos trabalhadores do setor público (o equivalente a 3 milhões de pessoas) exerciam atividade remota. As informações são do estudo O Teletrabalho no Setor Público e Privado na Pandemia: Potencial Versus Evolução e Desagregação do Efetivo, feito em parceria pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para Gabriel Tosto, Head de Canais e Vendas da TeamViewer América Latina, a pandemia acelerou a Transformação Digital e vem impondo mudanças na forma de trabalhar e fazer negócios com a adoção do teletrabalho como uma das práticas mais inteligentes para a sobrevivência das equipes e empresas.

“Estamos vivenciando uma revolução que aponta para um mercado de trabalho mais digitalizado, produtivo, flexível, livre e menos burocrático. Só para se ter uma ideia, de acordo com a Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades e da International Telework Academy, mais de 12 milhões de pessoas estão atualmente trabalhando em esquema home office no País”.

Segundo o executivo, a Covid-19 tem também fomentado modificações profundas em TI. Os departamentos de tecnologia das empresas, que até então tinham o desafio de adaptar-se a um orçamento mínimo, escasso e secundário, ganharam investimentos e a valorização que sempre mereceram. Não à toa, a exemplo da pesquisa TeamViewer nos Estados Unidos, cujos números mostram que 69% das empresas norte-americanas aumentaram os fundos para a TI e 80% projetam orçamento adicional para 2021, uma recente pesquisa do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGE) apontou que 34% de 519 executivos e funcionários entrevistados – a maioria em cargos de diretoria e presidência em empresas de diferentes portes e setores em território brasileiro – preveem uma onda de investimentos em tecnologia e uma evolução acelerada de processos.

“A percepção mudou”, afirma o Head de Canais da TeamViewer América Latina. “Se antes os recursos eram considerados secundários e até mesmo dispensáveis, hoje a tecnologia deve ser encarada como a base para a recuperação corporativa. Quanto mais investimentos, maior a adaptabilidade, a agilidade e o poder de reinvenção das empresas durante e pós pandemia. Além disso, o retorno dos investimentos massivos em TI deverá ser sentido ao longo dos próximos anos, o que certamente trará enormes benefícios ao Brasil”, conclui Gabriel Tosto.

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