56% das empresas pretendem investir em I.A. no Brasil

Salvador, 23/04/2019 – Mais da metade das empresas pretendem inovar usando Inteligência Artificial (I.A) no Brasil em 2019 na área tributária. É o que revelou uma pesquisa realizada pela Thomsom Reuters – empresa multinacional de meios de comunicação e informação – e pela Live University – instituição de ensino e treinamento na área de negócios, situada em São Paulo – que entrevistou mais de 300 líderes e especialistas das principais corporações do país.

Exatos 56% das instituições pretendem utilizar a I.A. para otimizarem a gestão de tributos, afinal, o Brasil conta o sistema tributário mais complexo do mundo. Também verificou-se que 61% dos profissionais do setor tributário apostam na I.A. como a tecnologia mais promissora para o setor e 89% dos entrevistados afirmaram acreditar que as inovações tecnológicas serão muito positivas, tornando os processos mais eficientes, diminuindo os riscos de fraude e reduzindo custos.

“A Inteligência Artificial já é uma realidade no setor contábil e tributário, com resultados surpreendentes em agilidade nos processos e segurança das informações”, afirma Guilherme Kluber Mercurio, Engenheiro de Machine Learning da ROIT Consultoria e Contabilidade, empresa que recentemente lançou o robô contador, um projeto que custou mais de R$ 2 milhões e que utiliza 100% de I.A. em operações contábeis e fiscais.

De acordo com Lucas Ribeiro, sócio-diretor da ROIT, que é advogado tributarista e consultoria empresarial, sem a tecnologia adequada as empresas podem chegar a pagar mais tributos do que devem. “As leis fiscais do Brasil são muito complexas e apresentam inúmeras variáveis. Por isso, muitas vezes os produtos e serviços são tributados de forma errada e benefícios fiscais podem ser esquecidos ou aplicados incorretamente. Com a tecnologia, a Inteligência Artificial aprende e se mantém atualizada sobre a tributação correta de cada operação, reduzindo drasticamente a possibilidade de falhas, pois a I.A. consegue absorver e correlacionar muito mais dados de forma muito mais profunda e rápida que um ser humano”, explica.

Para se ter uma ideia, o robô contador da ROIT chegou a realizar, já nas primeiras semanas de trabalho, 1.800 operações por hora e mais de 8 mil classificações contábeis sem qualquer intervenção humana. E mais de 4 mil documentos foram lançados com aplicação de OCR (Optical Character Recognition) para extração de dados dos documentos fiscais, com um índice de precisão de quase 70%.

“Nossos softwares com Inteligência Artificial realizam todas as etapas do processo de contabilidade. A ferramenta é capaz de ler os documentos enviados, interpretá-los e depois gerenciá-los. Antes do pagamento de um boleto, por exemplo, o robô identifica as regras fiscais relacionadas com a nota fiscal que deu origem, faz a classificação contábil e realiza todas as etapas necessárias. Se estiver tudo certo, faz o agendamento no banco e só nesse momento o empresário vai atuar, com a liberação de pagamento”, explica Lucas Ribeiro.

Lucas complementa que a ferramenta ainda é capaz de gerenciar os setores de Contas a Pagar e Contas a Receber e todas as apurações contábeis, eliminando os departamentos fiscal, contábil e financeiro e todas as tarefas burocráticas do dia a dia empresarial. “A nossa expectativa é de que a ROIT BANK, com tecnologia de Inteligência Artificial, gere uma economia de até 80% nos custos das empresas com gestão contábil, fiscal e de tesouraria”, conclui Ribeiro.

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