Gilberto Gil visita Bienal de Arte Digital e conhece obra de arte em sua homenagem

Salvador, 17/01/2023 – Entre os mais de 10 mil visitantes, até agora, desta edição da Bienal de Arte Digital, um em especial: o cantor e compositor Gilberto Gil. Em sua reta final, o evento – que ocupa o Oi Futuro, no Flamengo, até 22 de janeiro – recebeu o artista, homenageado por uma das instalações artísticas apresentadas: “Gil Futurível”. Além da obra, criada por Clelio de Paula, Floriano Varejão, Lauro Gripa, Azimov labs e Gegê Produções, a Bienal reúne ainda outras dezenas de criações de mais de 60 artistas provenientes de diversos países, além do Brasil. O patrocínio é da Oi, com incentivo da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e do Governo do Estado do Rio de Janeiro. A correalização é do Oi Futuro. A entrada é gratuita.

Em “Gil Futurível”, o público é convidado a entrar – através de óculos de realidade virtual – em uma espécie de galeria de arte, que exibe as capas dos discos de Gilberto Gil, seus figurinos icônicos e sua farda de Imortal da Academia Brasileira de Letras; por fim, o usuário estará diante de seu escaneamento 3D, que dá a impressão de se estar frente a frente com Gil. Tudo isso ao som da canção “Futurível”, composta pelo artista durante a ditadura militar, que inspirou o título e o conceito da obra.

“É um prazer extraordinário ser cobaia em novas experiências artísticas. Experiências que já estavam previstas na minha própria obra. Sou um autor completamente encaixado nessa perspectiva futurível, dos futuros possíveis, dos futuros desejáveis”, afirmou Gil durante a visita.

O artista relembrou de quando escreveu a música “Futurível”: “Preso como eu estava, eu tinha que soltar a imaginação. Eu tinha que usar as capacidades imaginativas que me livrassem daquela prisão. A letra de ‘Futurível’ dá conta desses dois aspectos. Eu queria sair dali com um corpo mais solto e mais complexo de acordo com as expectativas do novo mundo que a tecnologia propicia”.

O público tem apenas mais alguns dias para conhecer “Gil Futurível” e outros destaques da Bienal. Do espanhol Solimán López, a instalação OLEA tem por objetivo se tornar a primeira criptomoeda para o comércio de azeite e propor um espaço para reflexão e reaproximação de espécies, conceitos, economias, sociedades. O Grilo dos Sonhos, do artista sonoro e engenheiro de som francês Felix Blume, consiste em uma instalação sonora composta por 40 “grilos-falantes” que tocam as gravações do canto do macho à noite, feitas por crianças durante uma oficina.

Já Obs-cu-ra é uma série concebida pelo fotógrafo Bruno Alencastro, que reuniu mais 80 fotógrafos(as) que aceitaram transformar suas casas em câmeras obscuras de grande formato e capturaram a vida em tempos de pandemia. Enquanto a arte interativa Distâncias, criada pelo francês Scenocosme, reúne virtualmente pessoas que não são capazes de se tocar fisicamente. Esta arte nasceu em abril de 2020, também no contexto da pandemia, que nos obrigou a ficar isolados e a manter o distanciamento de outras pessoas.

Além desses destaques, a Bienal traz instalações, obras de arte visuais digitais, narrativas em audiovisual e uma diversidade de trabalhos de diferentes linguagens que analisam, tecem críticas e lançam novas perspectivas sobre o tema “Condições de Existência”, escolhido para nortear a edição.

Os artistas participantes desta edição são: Alê Moreira de Paula (Mixando a transmasculinidade), Alexandre Pinheiro (Prêmio Nobel), Alice Bucknell (The Martian Word for World is Mother), Allan França Carmo (Nhn), Luz Negra (Retorno Constante), Andressa Núbia (Yalode), Antonella Mignome (Entelechia Obscura), Beatriz Da Matta (Cabeça, Tudo é ideia, Corpo objeto sonoro, Gráfica mente, In in ter ruptores, Violeque, Estado Virente, Folhas secas), Beverley (an exercise in solitude), Cris Papion, Elias Oyxabaten, Zahy Guajajara (Brasil NFT – Artes Originárias), Bruma M Machado (Em_fusão), Bruno Alencastro (Obs-cu-ra), Camila Ferreira Soares (ITAARA), Camila kater (Carne), Carlos Eduardo Guariglia (Centenário da Semana de Arte Moderna: As relações entre o ontem e o hoje), Cecillia Vilca (La Verdad), Charline Parisot, Jérémy Cissé, Fioretta Caterina Cosmidis, Flore Allier-Estrada, Maud Lemaître-Blanchart, Ludovic Abraham (Sans Gravité), Clélio de Paula (Gil Futurível), Débora Arruda (Álbum de Estrelas), Delírios Digitais (Séfora Rios, Yves Marotta, Paulo Stoker, Juliana Fasuolo), Diego Machado (Sylphides 3.1), Elvys Souza Chaves (Jardim Cibernético 00.02.222), Eric Dos Santos (Procedimentos de Captura), Felipe Carrelli (Estrelas do Deserto), Felix Blume (Dream’Cricket), Fernando Velásquez (Góngora), Filippo Edgardo Paolini (OTIS), Frank Ternier (Riot), Gabriel Junqueira (Archviz Habitat), Guillaumit (Livelyyy), Iah Bahia Bruno De Carvalho (Subterfúgio), Jack Holmer (Ocupação Situação Desejo), Jan M.O (Máquinas de Dizeres), Jéferson Ge Vasconcelos (Destino: Av. Brasil), Jéssica Gaspar (Cansei da Esperança), Job, Jors e Marieke (A Double Life), Jody Zellen (The Waking Dream) , Jonas Esteves (Máquina Sensível), Jorge Mendes (BioFuturism), Juan Calvet (Olhares), Juliana Fasuolo (WE R HERE), Katerina Belkin (Floating Away), Katerina Belkin (For all mankind), Larissa Lopes (Mãe), Luiza Lima Furtado (Urna Sonífera), Luka yakymchuk (Mono), Marco Antonio Gonçalves Junior (A Felicidade É Feita De Metal, HAPPINESS IS A MADE OF), Martin Smatana (The Kite), Matheus Roberto (Victor 3.0), Miguel Bandeira (MAR – LAGOA DO BOQUEIRÃO), Miguel Medeiros (Degustando o metaverso), Nicolas Melmann (ARMONÍAS DESIGUALES), Orquestra Filarmônica de Goiás (Canticum Digitale), Pedro de Fillippis (Garoto Transcodificado), Pedro Henrique (Armário), Rodrigo Faustini (Estamos todos aqui), Rynnard Milton Alves Dias (Memória e Herança), Sandra Lapage (Carapaça), Tiago Minamisawa, Bruno H Castro e Guto BR (Sangro), Scenocosme (Distances), Soliman Lopez (OLEA), Thiago (Runas), Thiago de Souza (Dança e Imagem Sonora), Thiago Hersan e Mari Nagem (Infinitum), Zaika Dos Santos (Sesa Wo Suban).

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