Parque Tecnológico da Bahia celebra 10 anos de incentivo à inovação

Tecnocentro tem 30 empresas e instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICTs) instaladas em seu ecossistema

Salvador, 19/09/2022 – Um ambiente que concentra incubadora de negócios, centro de pesquisas e fomenta o desenvolvimento da tecnologia, inovação e empreendedorismo no território baiano. Esse é o Parque Tecnológico da Bahia, que, na sexta-feira (16), comemorou, com presenças de autoridades e atores do ecossistema, 10 anos de existência. O equipamento, que é vinculado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia (Secti) e gerido pela Associação de Empresas do Parque Tecnológico da Bahia (AEPTECBA), conecta o poder público, a comunidade científica e empresas privadas com objetivo de potencializar o ecossistema inovador do estado.

O Parque foi palco do nascimento de diversos projetos através das startups incubadas pela Áity, incubadora de empresas, atualmente gestada pela Agência de Inovação da Universidade do Estado da Bahia (Uneb). Entre os exemplos podem ser citados a TW2, responsável pelo sistema de comercialização das Olimpíadas do Rio de Janeiro, a Movpak, que criou a mochila skate elétrico e a I4sea, com seu moderno sistema de observação e modelagem costeira. Grandes empresas deram sua contribuição ao Parque Tecnológico, como Portugal Telecom, IBM, ZCR, Softwell, Maqhin, dentre outras.

Um dos cases de sucesso atuais está na Infleet, startup baiana que captou R$ 2,6 milhões para sua plataforma de gestão de frotas, bem como Topos Informática e Getin Aceleradora, vencedoras do Prêmio Nacional de Inovação em 2019 e 2022, respectivamente. O Tecnocentro tem 30 empresas e Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICTs) instaladas no seu ecossistema e conta com parceria do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que disponibiliza mentorias para a capacitação dos empreendedores incubados.

As inaugurações do Centro de Integração de Dados e Conhecimento para a Saúde (Cidacs) e do Polo de Inovação Salvador, geridos, respectivamente, pelo Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz Bahia) e Instituto Federal da Bahia (IFBA) são dois marcos importantes nesses 10 anos de Parque. A Universidade Federal da Bahia também tem suas contribuições ao Parque com o Laboratório de Engenharia de Software e Sistemas (LABES2) e o LabSolar, que é responsável por serviços de certificação e calibração, além de cursos de formação em energia solar e estudos sobre novas tecnologias e conversão fotovoltaica.

Entre as principais contribuições do Cidacs está a Coorte de 100 Milhões de Brasileiros, um estudo populacional com maior amostra do mundo, que vincula dados de programas sociais a partir do Cadastro Único com outras bases de saúde para avaliações do impacto das políticas sociais sobre mortalidade infantil, suicídios, doenças cardiovasculares, entre outras. Este ano, o Cidacs inaugurou o primeiro datacenter de dados administrativos e de saúde do país. Já o Polo de Inovação tem sua atuação voltada para o desenvolvimento de soluções tecnológicas inovadoras na área das tecnologias em saúde e de projetos de dispositivos médicos e seus acessórios, e de equipamentos para uso em saúde.

Também fazem parte da estrutura o Espaço Colaborar, um ambiente de coworking voltado para fomento do empreendedorismo, e o Living Lab, conhecido como Laboratório Vivo, que simula uma área urbana com objetivo de analisar a viabilidade de respostas para problemas dos municípios. Outra ação importante diz respeito aos R$ 11 milhões captados neste ano através da aprovação do Edital da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O recurso será destinado à criação de novos equipamentos e ações com foco no crescimento do Parque e do ecossistema de inovação.

De acordo com o secretário da Secti, André Joazeiro, o Parque tem em seu foco o estímulo para a criação de novos projetos inovadores. “O nosso objetivo é gerar valor para as empresas e comunidade. É mudar a vida das pessoas. Essa é a inovação que queremos trazer. O Parque é um ambiente muito importante para as empresas, porque elas podem acessar serviços, compartilhar laboratórios, diminuir custos operacionais e se capacitar para crescer. O empresário compreende como gerir, vender e acelerar o seu negócio e se beneficia da vitrine que é o Tecnocentro”, diz.

Vivendo um novo momento desde 2020, quando a Secti implementou o modelo de autogestão, com a administração a cargo de uma Organização Social, o Complexo passou a ser gerido pela AEPTECBA. Diretora da Associação, Cristine Araújo destaca o fortalecimento da inovação do Estado. “Nos últimos anos, o Parque Tecnológico da Bahia buscou reunir atores e iniciativas relevantes que fomentem o desenvolvimento do ecossistema de ciência, tecnologia e inovação. Esse ambiente rico para trocas de conhecimentos e conexões de agentes da quádrupla hélice, formado pela academia, governo, setor produtivo e sociedade civil, foi fundamental para o estabelecimento de projetos de impacto regional e nacional”.

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