Hacking.Rio reuniu hackers, empresários, investidores, especialistas e pesquisadores para pensar e gerar soluções de inovação para o Rio de Janeiro

Salvador, 22/10/2019 – Durante todo o fim de semana estiveram reunidos no Rio de Janeiro mais de duas mil pessoas ligadas a tecnologia e inovação para pensar e gerar soluções para problemas reais da cidade. O Hacking.Rio, maior festival de cultura digital da América Latina, promoveu em um só evento palestras e conteúdo sobre iniciativas que se destacam em suas áreas e um hackathon com mais de 600 participantes. O evento, que conta com o patrocínio da Petrobras, aconteceu de sexta-feira, 18, a domingo, 20 de outubro, no Aqwa Corporate, no Porto Maravilha.

Nos dois primeiros dias de congressso, 18 e 19 de outubro, profissionais como o economista Armínio Fraga, os empresários Pedro Salomão, Felipe Gentil e Flavio Canto, e CEOS e diretores de diversas empresas e instituições como Bossa Nova Investiments, Firjan, Radix e Ecoa PUC-Rio, conversaram e debateram sobre ferramentas, iniciativas, visões e perspectivas de diversas áreas em que a inovação vem sendo aplicada.

No sábado, 19, foi anunciado o acordo para trazer para o Brasil o MIT REAP, um programa de aceleração e empreendedorismo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts. A proposta do MIT REAP é ajudar a desenvolver os ecossistemas locais de inovação e empreendedorismo, inspirando-se, por exemplo, no case de sucesso do Vale do Silício. Porém, em vez de copiar o seu modelo, a metodologia identifica as características e necessidades de cada região para impactá-la de maneira realmente eficiente.

O acordo foi feito por um grupo de empresas, pesquisadores, investidores e representantes da esfera pública, que resolveu unir forças por um bem comum: transformar o estado do Rio de Janeiro em uma espécie de “Vale do Silício da energia”. Entre os membros estão Hudson Mendonça (COPPE/Abstartups), Marcus Vinicius Fonseca (LabrInTOS COPPE), Paulo Ganime (Deputado Federal NOVO-RJ), Luiz Carlos Ciocchi (Furnas), Orlando Ribeiro (CENPES/Petrobras) e Roberto Motta (Conselho da Economia do Conhecimento do Estado do RJ).

Hackathon desenvolve novos projetos de tecnologia para 14 setores

Mais de 600 desenvolvedores e programadores, designers e profissionais da área de negócios de diversas cidades do Rio e do Brasil participaram de 42 horas de competição de desenvolvimento de novas tecnologias capazes de solucionar problemas como os de transporte, sustentabilidade e educação no Rio. De cada um dos 14 clusters temáticos, saiu um grupo finalista que ganhou R$ 1,5 mil, e a chance de participar da grande final, na tarde de domingo, 20 de outubro.

Os projetos mais bem avaliados por uma banca de especialistas foram: em terceiro lugar – com uma premiação de R$ 2,5 mil – o grupo do cluster Esporte, Rockbase, que desenvolveu um aplicativo para facilitar o processo de “peneiras” seletivas que os clubes fazem para detectar novos talentos.  Em segundo lugar – com premiação de R$ 5 mil – o grupo Meu Lugar, do cluster Turismo e Economia Criativa, que desenvolveu um aplicativo de conexão entre pequenos estabelecimentos de hospedagem do interior do Rio e hóspedes. E o primeiro lugar, que levou uma premiação extra de R$ 15 mil, foi o grupo Arcanjo, do cluster Saúde. A equipe desenvolveu uma plataforma para agilizar o cadastro e triagem dos pacientes infantis pelos próprios pais, ainda em seu trajeto até o hospital, através do aplicativo de mensagens, Whatsapp.

A equipe vencedora de 2018 representou o Brasil no Techcrunch Disruptive, evento de tecnologia que aconteceu em São Francisco, Califórnia, e passou por uma mentoria com alunos brasileiros do MIT e de Harvard, como preparação para concorrer ao Desafio Hack Brasil, em Boston.

“Muitos dos outros projetos continuaram sendo desenvolvidos” comemora Lindália Junqueira, realizadora do evento, que diz que um dos objetivos do evento é tornar a cidade mais inteligente e mais inclusiva. “O hackathon é uma ferramenta de aprendizado coletivo, ágil, uma experiência única para ajudarmos a inspirar a nova geração de “smart people”. Gente que cria, faz e inova como propósito de vida”, completa Lindália, que é cofundadora do movimento Juntospelo.Rio.

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