1º dia do Congresso SUCESU BA 2024: IA Generativa, Cibersegurança e Estratégias para um Futuro Resiliente Dominam as Discussões

Salvador 06/06/2024 – Como a Inteligência Artificial Generativa pode transformar processos empresariais, mitigar riscos e otimizar operações? Estas perguntas foram o ponto de partida do Congresso SUCESU BA 2024, que começou com um marco histórico: 62 patrocinadores e 840 inscritos, superando todos os recordes anteriores. O evento, com o tema “IA: Transformando sociedade e desafiando fronteiras”, explora como a IA Generativa está remodelando nosso mundo de maneira inovadora e sustentável.

O congresso tem como foco central a aplicação efetiva da IA Generativa em diversas indústrias, explorando como essas tecnologias emergentes podem impulsionar a eficiência operacional, aumentar a segurança cibernética e promover a inclusão social.

Economia Exponencial – Tecnologia e Economia se fundindo em uma única disciplina

Na palestra de abertura, Eduardo Ibrahim, executivo e empreendedor, Faculty da Singularity University e TEDx Speaker, trouxe ao Congresso SUCESU 2024 o conceito de Economia Exponencial. Autor do livro “Economia Exponencial”, Ibrahim destacou como a tecnologia, especialmente a Inteligência Artificial (IA), pode transformar radicalmente processos econômicos. Ele definiu tecnologia exponencial como aquela capaz de provocar efeitos de autoprodução na economia, onde a automação de processos elimina a necessidade de investimentos contínuos em capital e trabalho. “Tecnologia exponencial é toda aquela que tem o poder de provocar efeitos de autoprodução na economia”, afirmou o palestrante.

Ibrahim enfatizou a importância de diferenciar crescimento rápido de crescimento exponencial sustentável, ressaltando que verdadeiras tecnologias exponenciais são aquelas que continuam a gerar valor sem a necessidade de investimentos adicionais contínuos. Ele convidou os participantes a refletirem sobre como as tecnologias emergentes, particularmente a IA, podem ser utilizadas para criar um crescimento econômico sustentável e transformador. Com essa abordagem, Ibrahim definiu o tom para o Congresso, inspirando os participantes a considerar o papel crucial da IA na criação de um futuro econômico mais eficiente e inovador.

Virando o Jogo a nosso favor – Inteligência artificial e segurança cibernética

Em seguida, foi a vez de Douglas Araújo, Head de Cyber Segurança da SERVIX, subir ao palco. A SERVIX, com mais de 27 anos de experiência no mercado, atua tanto na área de infraestrutura quanto na segurança da informação, contando hoje com mais de 130 colaboradores especializados. Atendendo a mais de 350 contas distribuídas em todo o território nacional, a empresa é reconhecida por sua atuação incisiva no fortalecimento da segurança cibernética, implementando soluções avançadas para proteger dados e sistemas de seus clientes contra ameaças cada vez mais sofisticadas.

Douglas Araújo abordou a crescente importância da inteligência artificial na cibersegurança, destacando tanto as oportunidades quanto os desafios que ela apresenta. “Hoje a gente fala bastante de tecnologia, e a gente sempre tem essa busca na evolução, e o principal ponto que nós vamos cada vez mais adentrando no assunto que é a inteligência artificial. A gente busca essa evolução em tecnologia, em segurança, mas também tem o outro lado, que é o lado onde atacantes, grupos hackers que se apropriam também dessa tecnologia para poder fazer ataques, ações que podem expandir o ambiente, e isso leva principalmente para os líderes, para as equipes de segurança cibernética, a preocupação de como eu posso defender o meu ambiente,” explicou Araújo.

Ele enfatizou que, enquanto a IA proporciona benefícios significativos, como a melhoria na entrega de produtos e serviços e a eficiência das infraestruturas, ela também traz uma camada de preocupação devido ao potencial de uso malicioso por parte de hackers. “Nessa busca de evolução, a inteligência artificial faz para a gente esse benefício de poder evoluir, de melhorar a entrega, de melhorar o produto que a minha empresa está desenvolvendo, está posicionando no mercado, ou o serviço que eu oferto até para o próprio cidadão, e exige também a atenção de se aquele tipo de serviço, aquele tipo de produto, se aquela infraestrutura que eu uso é uma infraestrutura eficiente e também segura,” afirmou. Araújo destacou ainda a necessidade de soluções de defesa que possam acompanhar a sofisticação crescente das ameaças cibernéticas, especialmente diante de malwares avançados e polimórficos.

Navegando na Tempestade Digital: Estratégias para uma Cibersegurança Resiliente

Na sequência, foi a vez de Robson Borges, engenheiro de sistemas da Fortinet, compartilhar sua expertise em cibersegurança. Reconhecida como uma das principais empresas do setor, a Fortinet se destaca por suas soluções abrangentes e integradas, centradas em sua plataforma FortiGate, um appliance de firewall de próxima geração. Com recursos como sistema de prevenção de intrusão (IPS), filtragem web, anti-malware e VPN, a Fortinet lidera o mercado em receita e é constantemente destacada em relatórios do Gartner Magic Quadrant.

Em sua explanação, Robson comparou a necessidade de segurança cibernética com a previsão do tempo: “hoje, contratar uma solução que não precisa ter segurança, que não usa inteligência artificial, é a mesma coisa de você querer prever quando a chuva vai chegar só pela direção do vento, agora, quando eu uso inteligência artificial, eu posso saber quando a chuva vai chegar, qual o volume que ela traz, quanto tempo ela vai levar, se vai ter raio ou não.”

Ele ressaltou a importância do Cibersecurity Framework 2.0, lançado recentemente, enfatizando a necessidade de uma governança abrangente em toda a estratégia de segurança cibernética. “Na cibersegurança, a gente tá falando de antecipar as ameaças que estão acontecendo no mundo. É você conseguir rapidamente responder a aqueles incidentes. Então, antes da tempestade, usando o Cibersecurity Framework 2.0, que foi lançado esse ano, a governança, ela deve estar presente em toda a sua estratégia, fim a fim, desde a comunicação com os stakeholders, a comunicação externa, toda a gestão da sua cadeia de suprimentos, a governança, ela permeia toda a estratégia. Mas eu preciso também ter ferramentas, eu preciso na minha plataforma, porque esse é o objetivo nosso, identificar”.

Mitigação de Risco Cibernético no setor de saúde

Na vanguarda da revolução tecnológica na área da saúde, as aplicações da IA generativa estão se tornando cada vez mais diversificadas e impactantes. No entanto, juntamente com os benefícios dessas tecnologias inovadoras, surgem também desafios e riscos associados ao processamento de grandes volumes de dados sensíveis. É nesse cenário que surge o indicador de risco cibernético, uma ferramenta valiosa que permite avaliar e monitorar proativamente os potenciais riscos à segurança da informação.

Andrea Campelo, CEO da TecnoAtiva, e Tatyana Souza, da Gerência de Tecnologia da Informação e Comunicação da Santa Casa da Bahia, compartilharam suas experiências sobre o assunto no palco do evento. Enquanto uma trazia o conhecimento tecnológico, a outra destacava a aplicação prática na Santa Casa.

Durante a dinâmica de perguntas, Tatyana explicou que o indicador de risco cibernético é dimensionado com base em uma série de variáveis, incluindo ameaças detectadas, vulnerabilidades identificadas, comportamento das pessoas e credenciais de acesso.

Andrea explicou que o indicador é constantemente acompanhado e gerenciado em tempo real na Santa Casa, permitindo uma direção estratégica para as ações de segurança. Ela ressaltou a importância da visibilidade proporcionada pela plataforma de segurança cibernética, que permite identificar vulnerabilidades e mitigar riscos antes que se tornem incidentes.

Ao ter uma compreensão clara das vulnerabilidades e ameaças em seu ambiente de TI, a equipe pode tomar decisões informadas e implementar medidas de segurança mais eficazes.

Recuperando o controle de suas aplicações

O penúltimo palestrante da noite foi Tiago Vila, Executivo de Vendas da Akamai, uma empresa líder em soluções de segurança e desempenho para aplicativos e infraestruturas online. Ele iniciou sua apresentação ressaltando a atualidade dos ataques de ransomware, observando que “os ataques de ransomware que vêm acontecendo têm sido extremamente destrutivos, porque as empresas não conseguem fazer a contenção daquele ataque no momento em que ele é deflagrado dentro do ambiente. Então é muito rápido que ele ganha escala e por isso ele consegue um raio de explosão muito grande.”

A Akamai oferece uma plataforma de microsegmentação de rede que visa reduzir a superfície de ataque, permitindo uma estratégia mais eficaz de Zero Trust. Tiago explicou: “A proposta da microsegmentação é reduzir a superfície de ataque. Ao invés de termos uma única rede exposta a todos os servidores, segmentamos em partes menores. Dessa forma, se ocorrer um ataque em uma área específica, apenas essa região será comprometida, não afetando toda a operação. Por exemplo, se um servidor for atacado, ele não poderá se comunicar com os servidores vizinhos, permitindo um controle mais eficaz da ameaça”.

Potencialize a experiência do colaborador com uso da IA no ITSM/ESM

Na última atividade técnica do dia, Leonardo Nascimento, Gerente de Parcerias Brasil da Freshworks, apresentou um panorama sobre a inteligência artificial no país. Ele destacou: “O Brasil é o segundo país do mundo mais entusiasmado com a inteligência artificial generativa, perdendo somente para a Índia. Naturalmente, os brasileiros buscam a inteligência artificial generativa. Para sustentar essa informação, trouxe alguns dados: 25% dos tomadores de decisão em TI já começaram a investir em IA generativa em 2023, 93% dos profissionais já estão implantando algo de inteligência artificial generativa e 84% estão explorando ou já utilizando a IA”.

A Freshworks é uma empresa com 14 anos de mercado, originária da Índia e com sede nos Estados Unidos. Com mais de 6 mil colaboradores e um faturamento de mais de 700 milhões de dólares, a empresa atende a mais de 70 mil clientes em todo o mundo, incluindo mais de 2.500 no Brasil. Leonardo destacou ainda os recursos do Fresh Service, a solução de IA da Freshworks, como sugestão de respostas e gerador de resumos. Ele exemplificou: “Imagine que, ao abrir um chamado, nossa IA possa sugerir incidentes similares com base nos registros anteriores, proporcionando agilidade e produtividade ao agente. Além disso, oferecemos a funcionalidade de gerar respostas automaticamente, aumentando a eficiência do atendimento e a satisfação do usuário”.

Coffe-break e visitação a feira

Foto: da esquerda para direita, o presidentes da SUCESU São Paulo – Marcos Calmon, presidente da SUCESU Paraíba – Tarcísio Grilo, Gerente da Divisão de Prospecção de Oportunidades inovadoras do Serpro – Augusto Cesar Requião, presidente da SUCESU Bahia – Yuri Araujo, Vice-Presidente da SUCESU Bahia – Thales Almeida e a Diretora de Qualificação e Atualização Tecnológica da SUCESU Bahia – Maria Lucia Almeida.

Após o encerramento das palestras na Plenária principal do hotel, os congressistas foram convidados a participar do Coquetel de Lançamento do Congresso, com música ao vivo e um clima descontraído, proporcionando momentos de interação e networking entre os participantes.

O Congresso SUCESU 2024 continua hoje, dia 06 de junho, com uma agenda repleta de conteúdo e apresentações imperdíveis. Destaque para a palestra do diretor da Xsite Consultoria e Tecnologia, João Gualberto Rizzo, que abordará o tema “Segurança da Informação em tempos de Inteligência Artificial: as novas fronteiras da batalha digital”.

Além disso, uma mesa redonda sobre os “Desafios do controle e regulação do uso da Inteligência Artificial no Brasil”, moderada por Lúcia Almeida, da SUCESU/BA, e com a participação de Fábio Martins da Silva, Coordenador de Governança de TIC do TJBA, e Yuri Araujo, Diretor de TI do MPBA.

VEJA TAMBÉM:

Entrevista com Thales Almeida, vice-presidente da SUCESU Bahia

Entrevista com Yuri Araujo, presidente da SUCESU Bahia

Assista vídeo com o Timelapse do evento

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