Iniciativa {reprograma} lista 5 dicas para mulheres que querem entrar na área da TI

Salvador, 28/04/2021 – As mulheres representam 51,8% da população brasileira. Mas, considerando o mercado de trabalho na área da Tecnologia da Informação, elas ocupam apenas 20% dos cargos, de acordo com uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por muito tempo, esta discrepância acabou sendo ignorada e quase naturalizada, reforçada por estereótipos que julgavam as profissões relacionadas à tecnologia como sendo essencialmente masculinas.

Números do Ministério da Educação mostram que a situação é ainda mais preocupante nos cursos de graduação da área. Apenas 13% dos estudantes de ciência da computação são mulheres e, destas, 47% acabam desistindo do curso antes da formatura – muitas vezes por conta de situações causadas pelo machismo.

Por isso, muitas mulheres estão lutando para mudar esta situação. Cada vez mais pesquisadoras investigam a participação feminina no mercado da TI e buscam iniciativas para incluir mais mulheres nas profissões da área da tecnologia.

Em uma coluna do portal Guia55, a engenheira de softwares Paula Testoni abordou a importância das iniciativas inclusivas: “A homogeneidade masculina na área da computação compromete também todas as possíveis inovações tecnológicas, já que o perfil dos programadores está sempre ligado aos resultados finais. Isso significa que a inclusão de mais mulheres no mercado de trabalho também proporcionará mais criações e produtos democráticos e plurais, beneficiando também as usuárias que se reconhecerão no que utilizam”.

Uma dessas iniciativas é a {reprograma}, que oferece cursos de programação gratuitos para mulheres em situação de vulnerabilidade, segundo a própria descrição nas redes sociais, visa inspirar, empoderar e educar mulheres com conhecimentos de computação e ferramentas de capacitação profissional. Em entrevista recente, a CEO do {reprograma}, Mariel Reyes Milk, deu cinco dicas para as mulheres que querem se consolidar na área. Veja quais são:

1: Acreditar na própria capacidade e lidar com a síndrome do impostor: a síndrome do impostor é um dos maiores motivos de desistência para as mulheres da área que, por conta de vários fatores sociais, não são “treinadas” para se verem como programadoras. Lidar com isso é muito importante para seguir em frente.

2: Aproveitar as referências femininas: o currículo dos cursos de graduação em computação é majoritariamente formado por autores masculinos. Por isso, é essencial que as mulheres busquem referências femininas na área, o que gera identificação e dá mais inspiração.

3: Ambiente seguro: as mulheres devem se sentir seguras nos ambientes de aprendizado e trabalho, permitindo a atuação sem julgamentos.

4: União feminina: é de fundamental importância que as mulheres da área se unam para que a competição dê lugar ao crescimento conjunto.

5: Criação de redes de apoio: além de ajudar no aprendizado, as redes de apoio (em ambientes virtuais ou não) são fundamentais para que as mulheres vejam que não estão sozinhas.

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