Utilização de IA irá revolucionar a educação no Brasil, preveem especialistas do IEEE

Salvador, 11/06/2024 – Com o uso de novas tecnologias que viabilizam o ensino à distância no Brasil, possibilitando o acesso à educação em todos os cantos do País, e a inclusão de estudantes que não se adaptam ao ensino tradicional por meio de gamificações e jogos personificados, entre outros benefícios, a Inteligência Artificial está se tornando uma ferramenta com ótimas perspectivas para o sistema de educação no Brasil. Para Gabriel Oliveira, membro do IEEE (Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos maior organização profissional técnica do mundo dedicada ao avanço da tecnologia para a humanidade) e Professor Colaborador da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), a integração dessa tecnologia como ferramenta no ensino deve provocar uma revolução no ensino em sua totalidade, “garantindo uma democratização do ensino e maior nível de educação para a população ao nível nacional”.

O especialista explica que a educação de forma remota é um dos aspectos essenciais para que esse conteúdo seja acessível. “Tecnologias como plataformas de videoconferência e plataformas de ensino à distância estão possibilitando que estudantes de todos os cantos do país tenham acesso a conteúdo educacional de qualidade”, afirma.

Gabriel também afirma que a inclusão de estudantes dos quais não se adaptam ao ensino tradicional pode ser feita por meio de gamificações e jogos personificados especificamente para esse público. “Dentro desse campo, podemos criar algoritmos e funcionalidades específicas para pessoas com deficiências audiovisuais ou auditivas, visando aprimorar sistemas e promover uma experiência inclusiva. Na Unicamp e em diversas startups, observamos o crescente interesse e investimento em IA, Big Data e Machine Learning, áreas que, dentro do universo da IA, analisam dados de síndromes para identificar padrões e correlações. Essa análise permite o desenvolvimento de soluções que democratizam o acesso ao ensino, tornando mais acessível para esses grupos”,

Suélia Fleury, membro sênior do IEEE e professora da Universidade de Brasília (UnB), destaca que tanto aspectos didáticos quanto administrativos do dia a dia serão beneficiados com a utilização da ferramenta. “Acredito no potencial da Inteligência Artificial, pois sua capacidade de interpretar grandes conjuntos de dados faz dela uma revolução na gestão do tempo e no tratamento da informação”, destaca.

Fleury afirma que a eficácia da IA na educação depende, em especial, de profissionais qualificados que entendam a funcionalidade da ferramenta, além de uma comunicação clara entre entidades de ensino e centros acadêmicos focados nessa tecnologia. “É muito importante que essas escolas desenvolvam orientações sobre a aplicação e funcionamento dessa inteligência. Ao compreender a dinâmica dessa ferramenta, a possibilidade de expansão de conhecimento por meio dela é mais palpável”, conclui a especialista.

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