Procura por especialistas em robótica e sistemas autonômos está em alta no mundo

Salvador, 25/05/2021 – Em setembro de 2020, a Federação Internacional de Robótica (International Federation of Robotics – IFR, na sigla em inglês) anunciou uma estimativa recorde de 2,7 milhões no estoque de robôs industriais operando em fábricas em todo o mundo. De acordo com a entidade, no mesmo período, no Brasil, havia 15,3 mil robôs em ação, o maior estoque operacional na América do Sul.

Embora a ameaça androide seja uma realidade apenas nas telas de cinema, na prática, o que estes dados revelam é que o ser humano tem sido desafiado cada vez mais a aprender a lidar com a tecnologia. O detalhe é que, para que estes sistemas autônomos entrem em operação e sejam aperfeiçoados continuamente, é necessário que haja cérebros humanos preparados para tal desafio, portanto, a hora de apostar é agora.

Os sistemas robóticos estão presentes em tudo o que é vinculado a redes neurais, engenharia, programação, desenvolvimento de robôs, robôs antropomórficos e robôs colaborativos criados para apoiar os humanos nas atividades do dia a dia ou no ambiente profissional. O advento do Big Data e da IoT (Internet of Things, ou internet das coisas), que tornam as máquinas capazes de processar grandes quantidades de dados e aprender com o mínimo de interação humana possível, aceleram ainda mais esta realidade.

ESPECIALIZAÇÃO

Na Bahia, o aperfeiçoamento de profissionais que atuam nesta área de tecnologia tem sido assegurada pelo SENAI CIMATEC, centro de tecnologia integrado ao ensino superior, reconhecido por oferecer diversos cursos de graduação e pós-graduação. Para 2021, a instituição está oferecendo o curso de Especialização em Robótica e Sistemas Autônomos. São 16 vagas, destinadas a profissionais das áreas de engenharia, tecnologias da computação e afins.

Como explica Fernanda de Souza Barbosa, coordenadora da pós-graduação em Engenharia do SENAI CIMATEC, a especialização tem o objetivo de formar especialistas em conformidade com o perfil exigido pela Indústria 4.0. Ela destaca que a robótica vem sendo utilizada nos mais diversos ramos e a tendência é que tenha aplicação cada vez mais ampliada. As áreas em alta para esse tipo de atuação são as de medicina e saúde de forma geral, a indústria, com destaque para o segmento automobilístico, tecnologia espacial e automação residencial.

Os setores automotivo, de petróleo e gás, aeroespacial e de energia, na avaliação de Fernanda Barbosa, apontam para uma exponencial necessidade de profissionais com a capacidade de projetar e implementar sistemas robóticos autônomos, bem como as habilidades interdisciplinares essenciais para trabalhar em projetos complexos. “Estamos falando de um campo de atuação vasto em que o especialista irá se deparar com uma ampla gama de soluções proporcionadas pelos sistemas robóticos. Os profissionais que saírem na frente nesta corrida terão vantagens competitivas face a um mundo que se transforma rapidamente e abre novas possibilidades a cada dia”, ressalta.

E já tem muita gente entrando nesta que será a corrida do ouro do século 21. O engenheiro eletricista Miguel Felipe Nery Vieira, 27 anos, concluiu em dezembro de 2020 a pós-graduação do SENAI CIMATEC que funcionou como piloto para o curso de Especialização em Robótica e Sistemas Autonômos. “Há uma real carência de pessoas especializadas para atuar na área de robótica e as pesquisas apontam para o crescimento da robótica na indústria”, destaca o pesquisador que, após a conclusão da formação na área foi convidado a ingressar em um projeto de pesquisa do SENAI CIMATEC que tem como objetivo desenvolver uma solução robótica para uma indústria.

Miguel, que também cursa um mestrado acadêmico na Universidade Federal da Bahia cita como grande diferencial da pós-graduação que fez no SENAI o fato de o curso ser construído numa base prática com o objetivo de preparar o estudante para atuar no mercado de trabalho a partir de desafios reais. “Tudo o que faço hoje no projeto só é possível porque fui capacitado no programa de formação que me colocou diante de desafios práticos em diferentes áreas da robótica”, conta Miguel.

“Depois desta formação, eu me sinto mais capacitado de ingressar no mercado. Antes tinha receio por falta de experiência. Depois desta pós-graduação, mesmo que eu não saiba exatamente que solução adotar, aprendi a descobrir como fazer, ou seja, tenho confiança de identificar o problema e ir em busca de soluções”, complementa.

O pesquisador acredita no potencial deste tipo de formação para desenvolver a indústria. Segundo ele, sem investir na capacitação dos profissionais a indústria não se desenvolve, e consequentemente deixa de gerar emprego e renda. E lembra: “Investir neste conhecimento para o jovem que está entrando no mercado é fundamental”.

Pós-CIMATEC

O Centro Universitário SENAI CIMATEC oferece 16 cursos de pós-graduação lato sensu, com Especializações, MBA (Master Business Administration) e MBI (Master Business Inovation). São oferecidas 340 vagas. As pós-graduações lato sensu preparam profissionais para as novas tendências e desafios do mercado. São cursos sintonizados com as principais exigências de inovação e de gestão empresarial, ministrados por profissionais com larga experiência teórica e prática.

As inscrições estão abertas até 26 de junho e podem ser feitas pelo site poscimatec.com.br.

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