Presidente do Seinesba se pronuncia sobre dificuldades dos provedores brasileiros

Por André Costa, Presidente do Seinesba

Salvador, 25/05/2018 – Nosso setor vive um momento de grandes transformações, adaptações e crescimento acelerado. Há exatos 20 anos nossa preocupação era com a outorga do serviço, preço do minuto da linha telefônica e como otimizar a receita do provedor. Naquela época, lembro-me que muitos provedores começaram a criar portais da cidade, regionais, e outros iniciaram a ousadia de criar portais nacionais. A venda de banners com pequenos anúncios ou somente expondo a marca do cliente era o grande “tchan” do momento. Começamos a contratar webdesigners para desenvolver páginas para clientes, vender serviços de e-mail e agregar valor ao nosso negócio.

Com a globalização da internet e a expansão da banda larga, começamos a perder essa receita. Surgiram os datacenters, os grandes provedores de serviços e até mesmo nós, provedores, migramos nossos e-mails para os grandes fornecedores de serviços.

Estamos, agora, em um momento de muita procura por serviço. Precisamos nos reinventar, aumentar nosso ticket médio com agregação de novos serviços.

Estamos na mira das concessionárias de energia, Agência Regulatória, além dos governos federal, ESTADUAL e municipais. Todos, sem exceção, querem morder uma fatia do bolo.

Vários de nossos colegas, empresas do setor de internet, cada vez mais oferecem preços mais baixos para o consumidor sem “botar na ponta do lápis” todos os custos da operação, as obrigações para com a agência reguladora, o governo e para com o próprio consumidor.

Como vamos sair dessa posição? Como vamos partir para um patamar em que possamos ter o risco do setor minimizado?

Venho ultimamente pensando nesse tema e, cada vez mais, estou convicto de que os pequenos provedores são importantes para a difusão da internet do Brasil e, principalmente, para as mais de 4 mil pequenas cidades, para as zonas rurais, fazendas e vilarejos do nosso país.

Esses pequenos precisam começar a serem competitivos em serviços de valor agregado, participar de palestras, discussões e buscar mais informação para que possam se igualar aos demais em relação ao conhecimento das regras do setor e, assim, possam tornar suas empresas rentáveis a longo prazo.

Precisamos parar de pensar no almoço de hoje e nos preocuparmos com o do próximo ano inteiro.

Por que não oferecer ao seu cliente, por exemplo, proteção? Sim, todos nós pagamos por seguro, seja de de vida, carro, casa, terceiros, acidente… E o Wi-Fi como serviço? Atendemos clientes que precisam de Wi-Fi potente, com velocidade. Podemos muito bem adicionar um valor à mensalidade e sermos os responsáveis pela rede sem fio. E a formatação do PC, câmera de vigilância, aplicativo de saúde… Temos várias formas, ideias, diversidade.

Vamos aumentar o faturamento, criar um fundo de reserva em nossas empresas para que possamos, com isso, ampliar nossa rede com segurança, oferecer um serviço melhor ao nosso cliente e ter qualidade de vida.

O provedor é responsável por levar inclusão aos confins desse Brasil, portanto, vamos fazer isso da melhor forma possível, com responsabilidade, credibilidade e qualidade.

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