O verdadeiro impacto da rede como serviço nas empresas

Por Antenor Nogara, country manager da Aruba, uma empresa da Hewlett Packard Enterprise

Salvador, 12/12/2022 – O termo transformação digital pode soar vago para muitas pessoas, mas como as equipes do setor de TI das empresas dos mais variados segmentos sabem, é uma transição bem real que vem ocorrendo do manual para o digital na forma de operar e fazer negócios. E mesmo que não seja óbvio para todos, é fato que a transformação digital começa na conectividade da rede. Especialmente na borda da rede, onde as informações geradas por usuários e dispositivos de Internet das Coisas são processadas em tempo real e só depois enviadas para armazenamento em data centers ou na nuvem. Se forem enviadas para processamento em outro lugar e depois voltarem para a borda, tudo leva mais tempo, usa mais banda e fica mais caro.

A borda da rede é onde ocorrem as experiências mais dinâmicas das organizações e pode ser um escritório, um hospital, uma escola ou um home office – tudo que esteja fora da rede principal, que fique na extremidade. É neste local que são executados os mais diversos softwares e aplicações complexas usando dados captados por dispositivos pessoais, como computadores, celulares e relógios inteligentes, e de Internet das Coisas, como eletroeletrônicos, câmeras, catracas, sensores e robôs. Segundo a IDC, até 2025, o mundo terá 41,6 bilhões de dispositivos de Internet das Coisas conectados. A rede das organizações que quiserem se manter competitivas precisam suportar essa realidade.

Mais do que isso, as empresas que dominarem esses dados, analisando e respondendo em tempo real, podem descobrir informações importantes e fornecer novos serviços. E se atualmente as equipes de TI não conseguem fazer isso manualmente devido ao já enorme fluxo de dados, menos ainda serão capazes no futuro próximo. Daí a importância de uma rede que faça uso de inteligência artificial e aprendizado de máquina para simplificar, agilizar e automatizar tarefas enquanto utiliza a análise dos dados para gerar resultados comerciais. E também que já esteja preparada para melhorar com o tempo, para se tornar compatível com tecnologias que ainda nem foram criadas.

O modo tradicional de investir na aquisição de uma infraestrutura de TI própria que provavelmente estará obsoleta em cerca de cinco anos não deve mais dar um retorno adequado na maioria dos casos. Pois isso a rede como serviço, ou NaaS – Network as a Service, na sigla em inglês, faz tanto sentido para o mercado mundial e brasileiro. Neste modelo, hardware e software de rede são consumidos como serviço ao invés de serem comprados. Uma pesquisa realizada neste ano pela IDC em 11 países e que ouviu 1.100 executivos apontou que um terço das organizações já adotam rede como serviço de modo a atender as necessidades do mercado e impulsionar os negócios.

Os três principais motivos apontados pelos participantes da pesquisa para a adoção do modelo foram a facilidade para incorporar novas tecnologias; implantação mais rápida de novos recursos e funcionalidades; e redução de custos de manutenção e suporte. Colocando de forma simples, esse é o verdadeiro impacto da rede como serviço nas empresas: atender as necessidades atuais já preparando a empresa para o futuro de forma a aproveitar todas as inovações que surgirem na nuvem. Ainda com a possibilidade de contratação de serviços gerenciados – toda a gestão da rede passa a ser feita pelo próprio fornecedor ou implementador, dando mais tempo para as equipes internas de TI focarem em questões estratégicas, como trazer a tecnologia para novos casos de uso dentro das organizações.

Isso sem que haja necessidade de reinvestimentos em troca de infraestrutura de TI nem problemas com descontinuidade de equipamentos ou fim de suporte técnico. A rede como serviço estará sempre atualizada, inclusive nos requisitos de cibersegurança. Se houver aumento ou diminuição de demanda, basta ajustar o contrato junto ao fornecedor e continuar pagando apenas pelo que se usa. O varejo, por exemplo, não precisaria pagar o ano todo pelo volume de tráfego na rede durante o pico da Black Friday, o que traria economias substanciais. Com a rede como serviço, o crescimento das empresas não trava na TI.

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