O que podemos aprender com os serviços robóticos do Centro de Distribuição da Amazon

Por Pablo Canano, Co-CEO da DRIVEN.cx

Salvador, 11/02/2024 – A DRIVEN.cx é uma das maiores consultorias estratégicas de economia digital do mercado brasileiro e, pelo oitavo ano consecutivo, estivemos no principal evento de varejo do mundo, realizado em Nova York entre os dias 14 e 16 de janeiro, a NRF Retail’s Big Show 2024, que reuniu 450 palestrantes, 1.000 expositores, mais de 6 mil marcas e 40 mil visitantes para discutir as tendências em ‘retail media networks’, varejo de luxo, propósito, inteligência artificial e dados e personalização da experiência do cliente.

Foram muitos aprendizados! Depois da NRF, levamos nosso grupo com 120 profissionais do varejo, no Centro de Distribuição (CD) da Amazon, onde tudo é superlativo: 60 milhões de pacotes entram e saem todos os dias, e, em apenas sete minutos, os que chegam já estão disponíveis online. E este é um CD especial, pois faz parte da unidade de serviços robóticos da Amazon, um dos top 5 globais em produtividade no mundo.

Imagine um lugar com mais de 90 mil metros quadrados e com 4 mil funcionários, lotado de automações… você caminha e do seu lado passam robôs e carrinhos com caixas. Os profissionais que trabalham neste Centro de Distribuição se dividem em três seções: onboarding de produtos, conferência de qualidade e empacotamento para envio.

Em todas as atividades eles são auxiliados por automações. Por exemplo, aqueles que colocam os produtos na etapa de onboarding, não precisam andar até as prateleiras em que guardam os produtos. Eles têm robôs redondos, semelhantes àqueles que limpam a casa, que vão para debaixo das prateleiras e as transportam até os funcionários. Então, é só escanear o código e os colaboradores são informados em quais prateleiras os produtos devem ser colocados.

Inovação é experimentar o tempo todo, e no CD da Amazon eles encontraram uma forma de melhorar ainda mais este processo, que foi retirar da mão do operador o scanner de código de barras, ou seja, um projetor analisa a estação de trabalho e, já rodando o produto, informa a prateleira e, assim, a pessoa põe no local correto e pronto: voilá, o item está online na Amazon e disponível para compra.

Além disso, os 4 mil funcionários se dividem em turnos de quatro dias trabalhando e três descansando, o que garante que a operação funcione por 24 horas, parando apenas duas vezes ao ano para revisar as máquinas – no Natal e no Ano Novo. Falando em Natal, este é o período do ano mais movimentado, com aumento de três a cinco vezes no número de envios. Em dias normais, 80 caminhões chegam com produtos e os mesmos 80 saem para entregas.

Dentro das cidades, os Centros de Distribuição são menores, porque os itens também são menores, com cerca de 50 cm. A taxa de ocupação gira em torno de 70% a 80%.

O tempo de espera é um fator que chama a atenção: os itens demoram, no máximo, um dia para serem entregues, aumentando o tempo de espera apenas no Natal, em que a fila pode chegar a três dias – o que não é nenhum absurdo. Atualmente, o Prime Day, nos Estados Unidos, é a primeira data que já superou o Natal em vendas na Amazon.

Agora, imagine um lugar com pé direito altíssimo, com paletes ocupados de cima a baixo, de ponta a ponta, tudo mega organizado. Um som incessante de robôs e esteiras se movimentando… o futuro chegou.

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