Medidas fiscais e o uso da tecnologia para melhorar as importações em 2023

Por Thales de Lima, gerente de desenvolvimento e sustentação Comex da SONDA Brasil

Salvador, 11/01/2023 – Não há dúvidas de que 2022 foi um ano diferente. Passada as incertezas da pandemia, tivemos uma “certa” animação pela flexibilização pós-Covid e, ao mesmo tempo, percebemos que, de alguma forma, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia incrementou positivamente as operações de comércio exterior realizadas pelo Brasil. Somado a esses acontecimentos, tivemos algumas perspectivas associadas a dois eventos correndo em paralelo: Copa do Mundo, Black Friday e Natal.

Avaliando a balança comercial brasileira, tivemos uma variação positiva de 37% em 2021 se comparado a 2020 e, até o mês de novembro deste ano, alcançamos 23,4% em relação ao ano anterior. Especificamente em relação às importações, entre janeiro e novembro de 2022 houve um crescimento de 26,2% comparado a 2021, segundo dados da Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Institucionais (SECINT).

É esperado que em 2023 o Brasil consiga estender suas relações internacionais em busca do fomento do comércio internacional. Assim está nos planos do novo presidente eleito. Se pensarmos em perspectivas, temos tido um ambiente propício para a economia, certo? Mas será que temos aprendido a lição de casa para aproveitarmos cada momento que emerge positivamente? É o momento para avaliar os cenários e o que aprendemos com eles.

As empresas começaram a dar um fôlego maior em seus produtos aumentando sua escala de disponibilidade no mercado. Mas, dentro desse cenário, o processo de importação ou, no geral, que tange seus negócios, foi realmente uma vantagem competitiva para seu negócio?

Os produtos ou matérias primas importadas podem e devem ser um ponto de atenção em um momento de eventos como Copa do Mundo, Black Friday e Natal. Todo o processo e a cadeia de importação podem ser, quando bem trabalhadas, um alívio ao invés de um tormento.

Para nós, brasileiros, que convivemos com um ambiente fiscal bem complexo, a orientação é iniciar o processo pela adequação e criação das notas fiscais de importação (NF Global, NF Remessa e NF Complementar), garantindo todo o recebimento físico e fiscal dos produtos com antecedência. Isso faz parte da gestão e da rotina de pagamentos, processos os quais devemos ter total atenção desde a cotação de moedas até a geração do arquivo eletrônico, ou seja, aquele mesmo de saída de pagamento para o banco.

E como sabemos que nosso sistema fiscal brasileiro não é para amadores, ainda temos que fazer todo o trâmite com o Siscomex (Sistema Integrado de Comércio Exterior), além dos controles internos das empresas.

Em função de toda a nossa complexidade, é importante rever os pontos positivos e negativos desse mix de informações que envolve os eventos para tentar levantar as melhorias e como podemos nos organizar em relação a esse desafio.

A importação correta permitirá que as organizações tenham um processo bem menos burocrático, sem contar que todas as ações, quando interligadas e automatizadas com total controle, poderão deixar as vendas mais tranquilas e eficientes em 2023.

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