Inteligência Geográfica é essencial para empresas de Telecom que desejam ampliar a rentabilidade das redes de forma eficiente e sustentável

Por Márcio José Nogueira, especialista de Marketing Produtos e Verticais da Imagem Geosistemas

Salvador, 21/02/2024 – O cenário atual de Telecom passa por um período de grande competitividade, necessidade de investimentos constantes em infraestrutura e a dificuldade de realizar movimentos de expansão em um período econômico de alta de juros. Pensando nesses fatores, é fundamental buscar estratégias para ampliar a rentabilidade das redes já existentes, blindar a base de clientes e planejar expansões de forma mais eficiente e sustentável.

Uma das estratégias para endereçar essas questões é usar a inteligência geográfica aliada aos conceitos de geomarketing e ferramentas de geoprocessamento. Não menos importante, também é essencial escolher bem os dados a serem analisados para obter as melhores respostas para as questões de negócios.

Pensando em rentabilização de redes de Fiber to the Home (FTTH) ou mesmo redes móveis (5G e Fixed Wireless Acess) é possível, com auxílio da tecnologia, criar análises usando a distribuição demográfica, o perfil socioeconômico, a presença da concorrência, o potencial para consumo de Serviços de Valor Agregado (SVAs), a topografia, além de outros fatores importantes para direcionar a tomada de decisão e melhorar a rentabilidade dos produtos.

Outro exemplo de análise sugerida seria criar visões comparativas entre locais com baixa penetração (HP x HC), alto poder de compra/renda, número de residências e nível de concorrência para definir quais seriam as áreas mais promissoras para realizar uma ação de vendas e rentabilização, utilizando uma abordagem Porta a Porta (PAP), por exemplo.

Neste contexto, o GIS ou SIG – Sistema Espacial Geográfica que cria, gerencia, analisa e mapeia todos os tipos de dados -, pode ser muito benéfico, pois oferece recursos exclusivos de data analytics e location intelligence para criar análises de negócios baseadas em localização. Com ele é possível criar, visualizar e analisar diferentes fontes de dados e compartilhar essas análises interativas a partir de aplicativos, painéis e relatórios.

Por exemplo, a partir de poucos cliques (low code/nocode) é possível juntar dados nativos do sistema GIS com dados próprios (CRM) para definir áreas prioritárias e mapas de calor visando as ações de rentabilização da rede existente, bem como, ações de blindagem e redução de Churn, quando um cliente deixa de ser um cliente.

Uma possibilidade, também, é configurar parâmetros para entender quais áreas com determinada renda estão com preços mais altos que uma área com característica semelhante, com a possibilidade de adicionar ainda outros tipos de dados, como o nível de concorrência ou a qualidade da rede nestas áreas.

Essa visão teria como resultado final um painel a ser compartilhado automaticamente com um time de vendas ou uma tabela com áreas e clientes que estão em risco para que seja possível promover ações de blindagem (ofertando produtos) ou reposicionando preços de forma antecipada.

Desta forma, aproveitando os benefícios que o mercado tecnológico pode nos oferecer, ampliar a rentabilidade das redes de forma eficiente e sustentável é um caminho possível e interessante a ser trilhado.

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