Futuro do marketing está na organização digital das empresas

Por Adalberto Generoso, cofundador e CEO da Yapoli

Salvador, 03/04/2023 – Se tem um profissional que não possui vida fácil é o de marketing. Com prazos super apertados, as equipes do setor precisam pensar em campanhas e soluções muito criativas, com a responsabilidade de gerenciar um volume gigantesco de conteúdos digitais no meio desse processo. É principalmente nesse sentido que muitas marcas deixam a desejar: de acordo com a Canto, mais de 50% dos times da área possuem um armazenamento de materiais disperso. Problemas de controle de arquivos como esse simplesmente travam qualquer iniciativa publicitária em um mundo de desenvolvimento tecnológico acelerado igual ao que temos hoje.

A comunicação interna e com clientes é prejudicada, a distribuição bagunçada de acessos deixa a empresa mais vulnerável, a exposição de documentos pode trazer prejuízos em toda a cadeia do processo. Ou seja, a melhora do fluxo de trabalho das pessoas envolvidas no segmento só acontece quando os colaboradores possuem recursos que organizam o ambiente digital ao qual estão inseridos, potencializando toda a jornada de produção, execução e entrega. É aqui que a tecnologia DAM (Digital Asset Management ou Gestão de Ativos Digitais) entra na jogada.

Provavelmente você deve estar se perguntando o que é isso agora. É completamente normal ter essa dúvida, porque, apesar da digitalização de processos já ser uma realidade, não precisamos voltar muitos anos no passado para lembrar que o setor de marketing não contava com a imensidão de canais que existem hoje, sendo que muitos deles eram analógicos.

Basicamente, um DAM armazena, organiza e distribui arquivos digitalizados, como imagens, vídeos e documentos. Com isso, os membros da equipe conseguem acessar imediatamente os materiais que precisam nas suas rotinas sem dificuldades, garantindo uma consistência em todas as etapas estipuladas pela marca. Com o sistema baseado em nuvem, a sua estrutura também mistura inteligência com governança, abrindo portas para a companhia inovar, mas sempre respeitando regras importantes, como é o caso das diretrizes da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais).

Por mais que essa tecnologia seja uma novidade para muitas agências, o seu impacto nos negócios, direta ou indiretamente, está ficando cada vez mais claro. Se olharmos para questões que, em teoria, são mais operacionais, podemos, por exemplo, citar como a plataforma afasta o perigo da refação de arquivos digitais que foram perdidos ou estão desatualizados; parece algo simples, mas quando ocorre gera gastos de, no mínimo, R$ 1 mil, os quais aumentam dependendo do formato, canal e desenvolvedor.

Já se subirmos para o planejamento estratégico das agências e marcas, é possível dizer sem medo que o DAM é fundamental para procedimentos de análise de desempenho e relatórios de usabilidade, inclusive para tomar decisões importantes que impactem no ROI (Return Over Investment ou Retorno Sobre Investimento). O fato da plataforma fornecer um único local para lidar com dados essenciais, com metadados descritivos incorporados a eles, permite que as ações da marca não aconteçam sem integração ou respaldo; é quase como um banco de informações sobre as decisões que são assertivas e as que não são.

Em outras palavras, os times passam a ter uma visão completa das soluções que estão produzindo e de como elas atingem o mercado. Os profissionais sabem exatamente qual arquivo precisam utilizar para uma situação específica, e o modo como usá-lo, garantindo que todas as engrenagens operacionais resultem em formatos que melhoram a experiência do consumidor. E, com esse conhecimento, os ajustes das campanhas acabam se refinando, afinal, essas estratégias têm um começo, um meio e um fim.

Clientes, colaboradores, escritórios locais e equipes de vendas são apenas algumas das pessoas afetadas por essas vantagens do DAM no ecossistema do marketing. Mais do que diminuir o tempo de go-to-market dos produtos, a tecnologia tem se mostrado como um verdadeiro portal de marca, no qual o brand building é orgânico. Se mais empresas resolverem mergulhar nessa tendência, elas terão a faca e o queijo nas mãos para guiarem os próximos passos em seus mercados.

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