De olho no futuro: a tecnologia deve potencializar o setor jurídico

Para que o avanço tecnológico provoque os efeitos desejados, é de suma importância que os líderes do meio jurídico atuem em prol de medidas voltadas para a transformação cultural dos colaboradores

Por Vinícius Marques, Founder e CEO da EasyJur Software Jurídico Inteligente

Salvador, 23/02/2022 – O debate voltado ao avanço de novas tecnologias sobre o cenário empresarial costuma ser bastante abrangente. Afinal, não se pode fugir do fato de que nenhuma organização é similar à outra, e isso afeta, diretamente, a maneira como a realidade operacional absorverá o componente tecnológico. No que diz respeito ao mercado de ferramentas digitais, o campo para o desenvolvimento e implementação de soluções personalizadas tem se expandido ano após ano, abrindo portas para empresas dos mais diversos portes e segmentos — inclusive do Direito.

Pelo alto nível de complexidade operacional que caracteriza a rotina de muitos escritórios de advocacia, a oportunidade de se simplificar processos e estimular a produtividade dos profissionais não pode ser subestimada. Em tempos de transformação digital, manter-se alheio ao fenômeno é permanecer em uma área com morosidade e um ambiente desfavorável ao protagonismo de pessoas preparadas para atuar de forma estratégica.

Dito isso, deve-se ter em mente que tão importante quanto a consolidação da tecnologia no âmbito interno é a jornada que levará à normalização do tema entre todos os envolvidos no cotidiano de operações. Demanda tempo, adaptação e um olhar cirúrgico sobre a participação das equipes em meio à automatização de etapas específicas.

Uma nova concepção de cultura organizacional

Ao optar pela adoção de um software jurídico robusto e escalável, o gestor possibilita a reformulação completa da estrutura processual empregada pelo escritório. Isso significa, em outras palavras, delegar procedimentos repetitivos à chancela da máquina, que, por sua vez, concederá ganhos elevados de assertividade e agilidade. O resultado será uma nova dinâmica de produção, em um plano de fundo de clareza e transparência sob a perspectiva das lideranças. Nesse contexto, o hábito de identificar pontos de melhoria e reconhecer métodos de trabalho mais adequados será bem-vindo, sempre resguardado pela inovação.

Essa postura de observância vai ao encontro dos efeitos da digitalização sobre a controladoria interna, bem como a introdução de políticas de Compliance. Trata-se de um movimento compatível com as principais exigências da atualidade, tornando possível mudanças culturais de extrema relevância para o negócio como um todo. Novamente, destaco que é preciso enxergar iniciativas do tipo com a devida amplitude.

Inteligência Artificial representa um futuro que já começou

Segundo uma pesquisa realizada pela Statista, instituição especializada em dados, em 2020, o mercado de tecnologia jurídica movimentou cerca de R$ 96, 85 bilhões ao redor do mundo. Até 2025, a estimativa é de que o setor consiga movimentar aproximadamente R$ 138, 66 bilhões. A crescente é positiva e ilustra com fidelidade o avanço de práticas inovadoras sobre o Direito. No Brasil, a tendência é de que o quadro acompanhe a margem global.

Encerrando o artigo, é plausível afirmar que o futuro nunca esteve tão próximo de quem trabalha com a advocacia. A Inteligência Artificial (IA) continuará se expandindo por cada vez mais escritórios, simplificando a vida de quem deseja crescer na área e pavimentando um caminho de estabilidade para um dos setores mais importantes de nossa sociedade. Os desafios existem, isso é fato, mas com as ações recomendáveis e o valor atribuído à transformação cultural dos profissionais será possível superar obstáculos e aproveitar o que há de mais proveitoso em termos tecnológicos.

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