Cuide do seu celular

Por Vivaldo José Breternitz, Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie

Salvador, 03/07/2020 – A pandemia nos tornou ainda mais dependentes de nossos equipamentos de computação e comunicação, especialmente de nossos telefones celulares. Isso e a crise econômica que atinge a quase todos, desperta-nos para uma realidade: precisamos fazer com que eles durem mais.

Normalmente nos preocupamos pouco com isso, tão logo a bateria passa a apresentar sinais de cansaço ou os aplicativos se tornam lentos, começamos a pensar em trocar o aparelho, sempre por um mais sofisticado e caro.

Os fornecedores de equipamentos evidentemente incentivam esse tipo de comportamento, oferecendo condições aparentemente boas para troca e não educando seus clientes no sentido de que a vida útil de seus aparelhos pode ser estendida.

Essa extensão pode gerar bastante economia, bastando que nos foquemos em manutenção básica, especialmente pensando na substituição de baterias, limpeza e eliminação de arquivos e aplicativos desnecessários.

Quanto às baterias, elas normalmente duram entre dois e quatro anos, dependendo de quanto usamos o equipamento. Há aplicativos que permitem conhecer o quanto da carga original a bateria ainda pode receber; quando esse número for menor que 60%, devemos pensar na troca, ou então teremos que recarregar o aparelho mais frequentemente, tornando seu uso menos prático.

A limpeza também é importante, pois poeira e restos de alimentos podem alojar-se nas portas de conexão e carregamento, tornando o carregamento da bateria mais lento e superaquecendo o telefone, o que torna sua vida útil menor. Essa limpeza pode ser feita com uma agulha, desde que com bastante cuidado.

Quanto mais aplicativos e arquivos armazenados, mais lento fica o aparelho. A eliminação do que é desnecessário pode ser feita recorrendo-se a aplicativos que tem esse objetivo e com uma análise de nossos arquivos. Uma sugestão seria classificá-los por data de utilização – quanto mais antigos, maior a probabilidade de que possamos deletá-los. Salvar tudo na nuvem ou em outros dispositivos como computadores ou discos rígidos externos, que usualmente tem capacidade muito maior que os telefones, é uma alternativa.

Também é importante a proteção do equipamento contra quedas, usando uma capa ou estojo, que também protege a tela contra riscos; esses riscos enfraquecem a tela, tornando-a mais vulnerável a choques, sendo recomendado o uso de película para protegê-la. Algumas capas têm abas que protegem as portas do telefone. Dizem que portar um celular sem capa é como dirigir um carro sem para-choques.

Se o usuário não se sentir confortável executando essa manutenção básica, pode recorrer a um dos inúmeros pequenos negócios que dão assistência técnica a celulares, que normalmente são bastante rápidos e eficientes.

Se nos atenderem bem, devemos falar deles ao nosso círculo de relacionamento; além de economizarmos, ajudaremos a recuperação da economia nos pós pandemia.

Últimas notícias