Crescem as vendas de software no Brasil

Impulsionadas pela pandemia, as vendas de software cresceram no Brasil em 2020

Por Vivaldo José Breternitz, Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie

Salvador, 19/05/2021 – Segundo pesquisas da IDC – International Data Corporation – os provedores de software tiveram suas receitas aumentadas em 30% no ano passado, o que equivale a cerca de US﹩ 8 bilhões. O crescimento foi forte em ferramentas para gerenciamento de infraestrutura de TI, inteligência artificial e plataformas de relacionamento com o cliente.

Computação na nuvem também apresentou expressivo crescimento, na medida em que as empresas se voltam para soluções fora das suas próprias instalações como forma de acelerar seus planos de modernização e transformação digital. De acordo com a IDC, os gastos com nuvem pública no Brasil atingiram US$ 3 bilhões, incluindo serviços de infraestrutura como serviço (IaaS), plataforma como serviço (PaaS) e software como serviço (SaaS).

Ferramentas colaborativas, como G Suite, Zoom e Microsoft Teams também se destacaram, assim como o segmento de ferramentas ERP – esse último cresceu 25% em 2020. As vendas dessas ferramentas deverão continuar em alta, assim como as de CRM, pois as empresas buscarão aumentar o engajamento – tanto de seus funcionários quanto em termos de relacionamento com o cliente.

Acredita-se que em 2021 o crescimento não será tão grande como no ano passado, embora haja otimismo, acreditando-se que o mercado brasileiro de tecnologia da informação e comunicações, como um todo, deva crescer 7%, atingindo cerca de US$ 64 bilhões em 2021, com destaque para segurança, nuvem, inteligência artificial, ERP e user experience. No que se refere apenas a software, o crescimento deve superar 10%.

De acordo com outra empresa de pesquisas, o Gartner, os gastos globais com tecnologia da informação chegarão a US﹩ 4,1 trilhões em 2021, um aumento de 8,4% em relação a 2020. Esse aumento será puxado pela China, América do Norte e Europa Ocidental, sendo a América Latina uma das últimas regiões a retornar aos níveis de gastos com TI anteriores à Covid-19, o que deve acontecer apenas em 2024.

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