Como o “jeito fintech” de fazer negócios tem possibilitado o surgimento de novas empresas

Por Caio Bretones, sócio-fundador e CEO da Mobile2you

Salvador, 01/08/2022 – Quem já se aventurou no empreendedorismo ou está fazendo isso agora sabe o quanto é difícil se destacar em um ambiente extremamente competitivo. São muitos empreendedores tentando encontrar seu lugar no mercado e diante de muita pressão e inexperiência é comum que muitos enfrentem dificuldades e cometam alguns deslizes, que podem vir a ocasionar o fechamento do negócio.

De acordo com dados do Boletim do Mapa de Empresas do 1º Quadrimestre de 2022, divulgado pelo Ministério da Economia, o Brasil contava com 19.373.257 empresas ativas no final de abril, um incremento de mais de 800 mil estabelecimentos abertos no período, já descontados os que fecharam. Apenas no primeiro quadrimestre deste ano, foram abertas mais de um milhão de empresas, o que representa um aumento de 11,5% em relação ao último quadrimestre de 2021, sendo 79% Microempreendedores Individuais (MEIs) e os outros 21% são micro, pequenas e grandes empreendimentos, indústrias e agronegócios.

Contudo, ainda segundo a pesquisa, neste mesmo período, ocorreu um aumento no número de empresas fechadas, resultando em 23% sobre 2021 e de 11,5% sobre o último quadrimestre de 2021. Mas por que esses empreendimentos foram fechados? Podemos dizer que entre as principais razões pelas quais as empresas fecham, especialmente nos primeiros anos, estão motivos variados, ligados ao planejamento e à gestão, bem como questões relacionadas à vendas, como precificação, análise de mercado e estruturação de equipes.

Fazer negócios não é uma receita de bolo, mas alguns elementos são essenciais e devem ser considerados por quem deseja abrir ou consolidar uma empresa. O empreendedor quando começa seu negócio, em especial, aqueles voltados para a tecnologia, precisa muitas vezes contratar serviços primários que são pagos em dólares, como por exemplo ferramentas de performance, servidores, e investimentos com infra-estrutura de modo geral. Neste caso, é preciso atentar-se às variações da moeda para que o investimento não saia mais caro do que o previsto.

Para transações desse tipo também é necessário o cartão de crédito internacional, contudo, dificilmente são oferecidas contas com muitos benefícios para empresas que possuem o CNPJ que acabou de sair do forno. Isso se deve aos bancos tradicionais com suas burocracias, análises de perfil e segurança, preferem oferecer o serviço exclusivo para pessoas jurídicas com score mais alto, o que dificulta o caminho para pequenos empreendedores.

No entanto, existem fintechs cujo foco é a construção de produtos exclusivos para novos empreendimentos, como é o caso da Linker, banco digital focado em pessoas jurídicas e startups. Para sanar as demandas reprimidas dos novos CNPJs, as fintechs têm atuado como grandes facilitadores de novos negócios, possibilitando aos pequenos e médios empreendedores oportunidades de estruturar a operação e escalar de forma rápida.

O “jeito fintech” de fazer negócios mostrou a importância de ser ágil na tomada de decisões, ter acesso a mais players e, principalmente, usar ferramentas de gestão para automatizar processos, permitindo que todos possam trabalhar para entregar aquilo que seu público quer. Não é à toa que o número de fintechs só aumenta no Brasil. As empresas do setor de serviços financeiros chegam ao mercado para solucionar demandas muitas vezes não atendidas pelas companhias mais tradicionais, ajudando diversas startups.

Mas lembrem-se, o cenário mudou, mas não completamente. O crescimento dos empreendimentos não depende única e exclusivamente de bancos ou fintechs. É necessário muito estudo para tocar um novo negócio. Quem deseja crescer de forma sustentável e atrair mais consumidores precisa entregar a melhor experiência em toda a jornada de compra do cliente final. Somente assim, a empresa consegue mostrar que se importa com seu público e que está pronta para ganhar a confiança dele. É o primeiro e o mais importante passo para se destacar no ambiente corporativo em que vivemos.

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