Como fazer máscaras de proteção facial usando impressoras 3D?

Por Dr. Sebastião Zanforlin, que dirige o núcleo de inovação do Cetrus, Centro de Ensino Superior Especializado em Diagnóstico por Imagem

Salvador, 12/04/2020 – Estamos atravessando tempos difíceis por conta da rápida propagação da COVID-19. O setor de saúde, que já passa por grandes desafios normalmente, está ainda mais sensível e carente. Sabemos que há muito a ser feito, mas acreditamos que pequenos gestos e iniciativas podem fazer a diferença – e muito – no resultado final, que é salvar o máximo de vidas e cuidar da sociedade como um todo.

Por aqui, sempre tivemos o compromisso com a qualidade da saúde, seja aprimorando o conhecimento médico em todo o Brasil ou por meio do atendimento gratuito e a realização de exames de diagnóstico por imagem em mais de 110 mil pacientes por ano. Além de muito solidários e gratos aos profissionais que estão na estão na linha de frente no combate à COVID-19, também estamos muito preocupados com a saúde de todos. Por isso, era mais do que mandatório nos engajarmos. Fazermos a nossa parte.

O objetivo de compartilhar essa ideia é inspirar e encorajar outras pessoas, empresas ou instituições de saúde, ou não, a aderirem a esse pequeno movimento. Com base em um projeto disponível na Internet, usando folhas A4 de acetato 0,3mm, PLA (que é um tipo de plástico biodegradável) e uma fita de fixação de velcro e uma impressora 3D do nosso núcleo de inovação, estamos fabricando protetores faciais. Essas viseiras serão doadas a algumas instituições de saúde públicas.

Estamos a todo vapor por aqui, imprimindo 24 horas por dia. A capacidade de produção é de 16 máscaras por dia. O maior gargalo, além do tempo para uma impressão com qualidade adequada, tem sido a dificuldade de conseguir matéria-prima de boa qualidade no atual cenário da pandemia. Neste momento temos material para assegurar a fabricação de 200 protetores. O primeiro lote, com 100 unidades, está sendo doado nessa semana para quatro instituições de saúde, em São Paulo. O volume infelizmente não é o atualmente demandado, mas sabemos que, sem dúvida nenhuma, serão extremamente úteis.

Seguimos empenhados em apoiar e manter sempre o propósito de fazer muito bem, o que sabemos fazer, para que o bem seja feito, em prol da nossa sociedade. Acreditamos que o bem também pode ser contagioso e seguiremos compartilhando nossas ideias. Assista o vídeo enviado junto com os kits, que mostra como montar esse EPI.

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