Como as soluções de DLP ajudam as fintechs a não serem banidas do Open Banking?

Por Cristina Moldovan, gerente de desenvolvimento de negócios e vendas do Endpoint Protector by CoSoSys

Salvador, 07/12/2021 – Com três fases implementadas, o Open Banking já é realidade no Brasil. A previsão é que até 30 de setembro de 2022 sejam implementadas mais seis etapas, que incluem desde compartilhamento de serviços e informações, até os dados de clientes sobre demais operações financeiras, como câmbio, investimentos, previdência e seguros.

Com os dados valorizados, as empresas, principalmente as financeiras, precisam estar com a segurança da informação sempre atualizadas. O Banco Central (Bacen), por meio da resolução 4893/2021, apoia com as direções sobre a política de segurança cibernética e os requisitos para a contratação de serviços de processamento e armazenamento de dados e de computação em nuvem a serem observados pelas instituições autorizadas a funcionar. Além disso, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) veio para somar junto à norma do Bacen.

Sendo assim, a proteção de dados é um fator importante na questão do Open Banking, mas não só os dados compartilhados entre as instituições financeiras, como também os armazenados pelas empresas. Neste sentido, as ferramentas de DLP (Data Loss Prevention), por exemplo, ajudam a conter os vazamentos de informações, seja por funcionários, como os gerentes, nas suas rotinas do dia a dia do banco, seja por colaboradores de TI que recebem esses dados brutos e fazem as integrações no sistema.

Por meio de soluções de Prevenção de Perda de Dados, é possível criar uma política em que a área de segurança da informação bloqueie todo o compartilhamento de informações, como os dados pessoais. Ou seja, o sistema reconhece o que está sendo compartilhado e evita o vazamento de informações importantes e, se necessário, essa ação será analisada para posterior liberação.

Outra questão importante referente à LGPD e ao Open Banking nas próximas fases é sobre a terceirização de dados, em que bancos compartilham dados do sistema para serviços financeiros, muitas vezes realizados por fintechs, que vão precisar cumprir com normativas de segurança. Caso contrário, o próprio banco detentor da informação restringirá o envio dos dados mesmo após o consentimento do cliente sobre o compartilhamento. Sendo assim, ter uma proteção, tanto externa como interna, passa a ser uma necessidade básica nas empresas do setor financeiro que desejam estar em conformidade com as normas do Bacen e da LGPD.

É preciso ter um plano de integração de soluções de segurança. Os grandes bancos já estão preparados, mas ainda existem empresas terceirizadas, fintechs e outras menores que não atendem o mínimo necessário para ter um nível de segurança requerido no processo. As soluções como DLP vêm como um apoio para essas empresas terem mais controle sobre o que está sendo compartilhado, evitando, assim, um vazamento que pode acarretar prejuízos em relação aos clientes, à imagem da empresa, a multas da ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados), além do risco de encerrar a integração, isto é, ser banido do Open Banking.

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