Carnaval: empresas precisam ter atenção às vulnerabilidades na segurança durante o período de festa

Por Eduardo Masulo, consultor sênior na ICTS Security

Salvador, 11/02/2023 – O ano mal iniciou e já estamos às vésperas da maior festa do mundo, o Carnaval. Festa tão esperada após dois anos de restrições decorrentes da Covid-19, o que torna o evento ainda mais importante para o reaquecimento da economia, principalmente das grandes capitais do País.

De um lado está o Rio de Janeiro com suas belas praias e seu tradicional carnaval na Marquês da Sapucaí, além de mais de 400 blocos de carnaval de rua autorizados a desfilar, segundo a Riotur. E São Paulo não fica atrás: as centenas de blocos de ruas, mais de 600, segundo a Prefeitura, arrastarão milhares de pessoas que buscam diversão.

Diante destes cenários, o fluxo de turistas será alto. E, para que tudo transcorra dentro da ordem, será necessário um esforço das forças de segurança, que, sem sombra de dúvidas, estarão atentas e direcionadas para essa grande demanda.

Mas, quando falamos em festas, não imaginamos os bastidores e esforços estratégicos adotados para abastecer toda a roda viva da economia, pois perder prazos nessa época significa perder clientes para a concorrência. Neste universo, de aparente prosperidade, que se escondem os riscos.

Enquanto todos os olhos se voltam para o carnaval, mentes criminosas não descansam na busca de receitas e ganhos rápidos com exposição reduzida em suas ações. Com o movimento das forças de segurança para atender aos blocos de carnaval, os pontos turísticos, os eventos esportivos e os outros locais da cidade que estão fora do raio de festividades acabam ficando vulneráveis a ataques do crime organizado.

Um exemplo disso são os Centros de Distribuição, que normalmente estão localizados em pontos estratégicos para a logística e, junto ao transporte de cargas, se torna alvo fácil para ações ilícitas e movimentação de criminosos em decorrência de um menor policiamento desses locais nesta época. Por outro lado, mesmo sabendo deste risco, as empresas veem a festividade como uma oportunidade de aumentar as suas vendas e entregas e, por vezes, gestores adotam comportamentos de riscos. Neste sentido, assim como o tempo de resposta maior por parte das forças de segurança, é necessário ter planos de ações, estratégias e aparato que possibilite evitar tornar-se um alvo.

Historicamente, o crime organizado escolhe o mais fácil e, muitas vezes, possui informações privilegiadas obtidas a partir de funcionários implantados ou mesmo insatisfeitos com a organização. Saber quem são os funcionários que estão dentro das operações também é algo que deve ser pensado, isto é, é preciso criar barreiras para que o problema não entre em casa e isso não é somente um dever da área de Recrutamento e Seleção. É importante entender qual profissional está adequado a determinada tarefa e qual a aderência à ética desse profissional.

Em suma, contar com a sorte não pode ser uma opção, é necessário um estudo sério e imparcial sobre o site, o que normalmente é realizado por profissionais habilitados, capacitados e bem-informados, sobre as melhores práticas de mercado para que o ambiente esteja realmente protegido e livre de surpresas na Quarta-Feira de Cinzas. Operações que negligenciam as etapas dos processos de segurança pagam um preço alto por isso e, em alguns casos, podem ser irreversíveis.

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