Além dos Airtags: rastreadores de objetos viram moda entre fabricantes

Salvador, 07/05/2021 – Muita gente ficou surpresa com a última rodada de novidades divulgada pela Apple. Além dos tradicionais celulares, tablets e computadores, a empresa também anunciou o lançamento do Airtag, um dispositivo para rastreamento de objetos que custará a partir de R$369 no Brasil. Mas, quem acompanha os lançamentos das grandes empresas de tecnologia não se surpreendeu, pois os rastreadores portáteis já estavam em alta.

O conceito é bem simples: você acopla o rastreador aos seus objetos mais importantes, como chave, mochila ou carteira e, se perder o objeto, poderá encontrá-lo através de um aplicativo para celular, que localiza o rastreador através da geolocalização. Parece uma função bem simples para um investimento tão alto, mas este mercado já existe há quase uma década.

Uma das pioneiras no ramo do rastreamento de objetos é a Tile. A empresa, que tinha integração justamente com o sistema iOS, já vendia suas pequenas etiquetas em 2013. Agora, com o lançamento dos Airtags, a Tile se manifestou e anunciou que cobrará uma investigação por parte do congresso norte-americano, visando investigar as práticas adotadas pela Apple na criação do novo produto.

No início do ano, juntamente com o Galaxy S21, a Samsung também anunciou sua chegada ao mercado dos rastreadores inteligentes, com o SmartTag e o SmartTag+, que custam a partir de R$179 no Brasil. Mas, de acordo com um levantamento feito pelo portal especializado TechReviews, o produto não vingou no país: as buscas virtuais pelos modelos tiveram um grande pico no momento do lançamento, mas depois de um mês já caíram a níveis próximos de zero.

Agora, até a operadora T-Mobile lançou o seu próprio rastreador, o SyncUP Tracker. Ao contrário dos concorrentes da Apple, da Samsung e da Tile, ele não funciona via Bluetooth, mas sim através de um chip de dados próprio, o que amplia as possibilidades de rastreamento. No entanto, o dispositivo é um pouco maior do que os modelos oferecidos pelas outras empresas.

Mas, foi com o lançamento dos Airtags que o mundo inteiro conheceu o conceito dos produtos do segmento. Os especialistas já analisam que os rastreadores devem passar por um movimento parecido com o visto com os fones de ouvido sem fio após o lançamento dos AirPods: muitas empresas de eletrônicos tentarão produzir uma versão. Podemos esperar até mesmo uma popularização dos itens, com versões de marcas alternativas sendo vendidas a preços bem mais baixos do que os atuais.

A estimativa é que o mercado dos rastreadores inteligentes movimente quase 4,5 bilhões de reais até 2025. Em 2019, o faturamento do setor foi de 2,2 bilhões. Mas, a expectativa pode subir ainda mais, considerando que a tendência é que as gigantes chinesas, como a Xiaomi, também invistam forte neste mercado em breve.

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