A tecnologia ao longo de 27 anos
Por Miguel Garcia, country manager da Softtek Brasil
Salvador, 15/07/2021 – Foi em um domingo, marcado para sempre na memória dos brasileiros pela morte de Ayrton Senna, que há 27 anos pisávamos pela primeira vez em solo verde e amarelo. Eu, aos 27 anos de idade.
O ano era 1994 e viemos do México, minha terra natal, com a missão de dar início à operação internacional daquela que viria a se tornar, hoje, uma das maiores empresas de TI de origem latino-americana do mundo. E isso, começando pelo Rio de Janeiro.
De dentro de um apartamento, ao melhor estilo home office, e com a ajuda de listas telefônicas, usadas na época para contatar os primeiros clientes, pouco a pouco fomos dando nossos primeiros passos.
De lá para cá, expandimos nossa atuação, firmamos importantes parcerias, acompanhamos o início da transformação digital de muitos negócios e testemunhamos, de perto, verdadeiras revoluções tecnológicas. A primeira, com o advento da internet e a segunda, certamente a que estamos vivendo.
Ao longo desses anos, não é novidade dizer que o desenvolvimento de novas ferramentas e soluções tecnológicas modificaram, drasticamente, o nosso comportamento.
Se antes, falávamos sobre pioneirismo da aplicação do conceito nearshore, cujo advento se deu no final da década de 1990, atualmente discutimos a utilização da Inteligência Artificial e da gestão data-driven para basear estratégias de empresas dos mais variados setores.
Com o avanço da tecnologia, as mudanças – sejam elas políticas, econômicas, comportamentais ou sociais –, ganharam ainda mais velocidade. E se elas já vinham em um ritmo intenso, após a pandemia pela Covid-19, uma questão é certa: as mudanças seguirão cada vez mais aceleradas.
Afinal, se a transformação digital já se tornou imperativo para evolução dos negócios, o próximo passo, agora, é uma corrida contra o tempo.
De acordo com pesquisa realizada pela McKinsey & Company, empresas líderes em maturidade digital no Brasil alcançam uma taxa de crescimento do EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos e amortização) até 3 vezes maior que as demais. O que significa que romper fronteiras para estar um passo adiante, apesar de desafiador, é crucial para ditar novos e promissores caminhos. Após 27 anos de Brasil, apesar de não conseguir mais me imaginar longe da gastronomia brasileira, em um aspecto ainda sigo como antes: de olho no futuro e certo de que este país, que já se tornou o meu, oferece um horizonte de oportunidades para as empresas crescerem e se desenvolverem, sobretudo se contarem com a ajuda da tecnologia para isso
