Hospital Santa Izabel realiza primeira cirurgia robótica da Bahia

Procedimento foi realizado com uso do robô Da Vinci, indicado para situações que exigem precisão e alto detalhamento anatômico

Salvador, 25/03/2019 – No último sábado (23), o Hospital Santa Izabel se destacou mais uma vez na história da medicina: a instituição foi a primeira da Bahia a realizar uma cirurgia robótica utilizando o robô Da Vinci. Já bastante utilizado em procedimentos cirúrgicos de alta performance e precisão nos grandes centros mundiais de saúde, o equipamento foi disponibilizado para contribuir com o profissional médico na realização de procedimentos menos invasivos e que exigem maior precisão.

O robô possui quatro braços e punhos flexíveis. Um dos braços da máquina carrega a câmera e, os outros ficam livres para portar instrumentos cirúrgicos como pinças, tesouras e bisturi. A cirurgia é guiada pelas imagens da câmera introduzida no paciente e exibidas em 3D em uma cabine de controle, de onde o médico comanda todo o processo. À medida em que o cirurgião move as mãos e os dedos, o robô reproduz seus movimentos no corpo do paciente.

Para o provedor da Santa Casa da Bahia, Roberto Sá Menezes, a instalação do Da Vinci faz parte de uma série de ações que a Santa Casa está executando no Santa Izabel a fim de crescer sustentavelmente, combinando excelência médica, acolhimento, tradição e inovação. “Com mais este salto tecnológico, buscamos também colaborar com o desenvolvimento científico da ciência e tecnologia na Bahia e corresponder à crescente expectativa de nossos pacientes, corpo clínico, colaboradores e parceiros”, afirmou o provedor.

Entre os benefícios proporcionados pela utilização do robô, estão maior conforto para o cirurgião, maior nitidez e percepção de profundidade, evitando a necessidade de abrir o abdômen ou tórax do paciente, menos riscos quando comparados a procedimentos mais complexos, cortes menores e tempo de recuperação mais rápido. Além da otimização de tempo: por exemplo, laparoscopias convencionais duram entre 2 e 3 horas; com o robô, pode ser realizada em até uma hora.

“Para garantir total segurança do paciente e o sucesso do procedimento, a equipe cirúrgica é composta pelo cirurgião principal, um cirurgião assistente, anestesistas, uma enfermeira coordenadora, técnicos de informática, profissionais de engenharia clínica e instrumentadores capacitados”, acrescentou o diretor Técnico-Assistencial do Santa Izabel, Ricardo Madureira.

Junto à operacionalização do equipamento, a Santa Casa da Bahia está inaugurado novos apartamentos especialmente montados para a recuperação mais cômoda e confortável dos pacientes, que contarão ainda com área exclusiva para admissão, carro para translado e serviços de hotelaria e nutrição especiais.

Na avaliação do superintendente de Saúde da Santa Casa, Robério Almeida, o investimento realizado pela instituição permite um avanço significativo no tratamento das doenças de diversas especialidades e na qualificação do corpo médico. “Esta é uma ferramenta positiva tanto para o médico, que pode contar com um equipamento no qual tem maior precisão de movimentos, como também para o paciente, que não precisará mais se deslocar para outra cidade, nem arcar com os gastos que esta viagem poderia lhe custar”, afirmou.

Mais precisão – Indicado para cirurgias que envolvam alto detalhamento anatômico ou realizadas em pequenos espaços e cavidades, o Da Vinci costuma ser utilizado em procedimentos urológicos e gastrológicos, mas também pode contribuir com diversos tipos de cirurgias.

Para evitar intercorrências técnicas durante os procedimentos, o robô possui sistema de segurança avançado. Ele não realiza nenhuma ação se o médico não estiver com a cabeça fixa no visor. A máquina também não toma qualquer atitude sozinha, pois reage apenas aos comandos do cirurgião.

Estima-se que mais de quatro milhões de procedimentos já foram realizados com o uso de robôs Da Vinci. Apenas nos Estados Unidos, mais de 90% de todas as prostatectomias radicais e até 40% das histerectomias são feitas por robótica.

Certificação – Vale destacar que a fabricante do equipamento exige que os médicos e demais membros de sua equipe passem por um intenso treinamento prévio que qualifica-os a usarem o robô. Após o curso, eles permanecem sendo acompanhados durante dez procedimentos até ganharem autonomia para utilizar o equipamento.

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