Softex anuncia fundo de R$ 50 milhões para startups

Ruben Delgado, presidente da Softex

O fundo fará aportes de R$ 500 mil a R$ 5 milhões por empresa

Salvador, 17/12/2020 – A Softex, em parceria com a Bertha Capital e M8 Partners, se uniram para lançar um Fundo de Investimento em Participações – Capital Semente, voltado a investir em startups da Quarta Revolução Industrial.  O advento da digitalização como um vetor de transformação de processos, produtos, serviços e modelos de negócio tem impactando significativamente a atividade empresarial. Soma-se a isso um conjunto de outras tecnologias relacionadas a impressão 3D, novos materiais e biologia sintética, por exemplo, que integram o mundo físico, digital e biológico caracterizando uma 4a. revolução industrial.

O “Fundo Softex 4RI” será dedicado ao desenvolvimento de iniciativas disruptivas, de base tecnológica, que busquem alavancar soluções com tecnologias voltadas à Quarta Revolução Industrial. O objetivo é contribuir significativamente para ampliar o volume de startups ligadas à Quarta Revolução Industrial, em especial àquelas com soluções que possam apoiar a digitalização da economia brasileira.

O FIP Softex 4RI terá como cotistas empresas beneficiárias da Lei de Informática Nacional que poderão investir recursos de P&D no Fundo, apoiando a geração de startups e se transformando em sócias dos negócios nascentes de base tecnológica. O FIP nasce aderente às regulamentações do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com vistas à captação do recurso das contrapartidas em P&D da Lei de Informática com o foco em capital semente, investindo em empresas de base tecnológica com faturamento médio limite de R$ 16 milhões por ano no momento do aporte, detendo participação sempre minoritária.

Do ponto de vista da base legal aplicável e da estratégia de investimento, destacamos:

•  O Fundo deve se destinar à capitalização de empresas de base tecnológica, empresa de desenvolvimento ou produção de bens e serviços de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC);

•  O Fundo não poderá ter participação majoritária na empresa investida;

•  A startup deve apresentar pelo menos duas das seguintes características:

•  desenvolver bens, serviços ou processos tecnologicamente novos ou significativas melhorias tecnológicas nesses;

•  comercializar direitos de propriedade intelectual ou direitos de autor de sua propriedade, ou que estão em fase de obtenção; ou bens protegidos por esses direitos;

•  as despesas de P&D não sejam inferiores a 5% da receita bruta, sendo excluídas dessas despesas os valores direcionados à formação de ativo imobilizado; ou

•  execute por meio de sócios ou empregados diretos, profissionais técnicos de nível superior, atividades de desenvolvimento de software, engenharia, pesquisa e desenvolvimento tecnológico e de mercado.

Além disso, a startup também deve satisfazer:

•  Receita bruta anual de até R$16MM, com receita apurada não superior a esse limite nos últimos 3 anos e distribuir, no máximo, 25% dos lucros durante o período em que receber aporte de recursos do Fundo;

•  O investimento não poderá ser feito em empresa controlada, direta ou indiretamente, por sociedade que apresente ativo total superior a R$80MM ou receita bruta anual superior a R$100MM

•  O fundo deve manter, no mínimo, 90% (noventa por cento) de seu patrimônio líquido investido nos ativos (empresas de base tecnológica, podendo investir até 10% do valor do Fundo em ativos no exterior. O Fundo Inova 4RI tem o objetivo de captar R$ 50 milhões em até quatro anos. Os aportes nas startups irão de R$ 500 mil a R$ 5 milhões.

Segundo Ruben Delgado, presidente da Softex, instituição que executa vários programas de apoio a startups no Brasil (Startup Brasil, Conecta Startup, Conexão Startup-Indústria, dentre outros), a oportunidade de um Fundo de Investimento era a peça final que faltava no ecossistema Softex, pois permitirá que muitos recursos alocados nas fases mais arriscadas na forma não-reembolsável em diferentes programas poderão ser aproveitados pelo Fundo de investimento, criando mais um mecanismo de apoio ao ecossistema de startups.  Muitas startups interessantes poderão ser acessadas pelas empresas beneficiárias de Lei de Informática, que poderão ter um “quinhão” do fundo para as suas verticais de negócios definidas.

Do ponto de vista da tese de investimento e das áreas nas quais as startups serão selecionadas, Rafael Moreira, CEO da Bertha Capital, salienta que tecnologias disruptivas tais como Inteligência Artificial, Internet das Coisas (IoT) e Computação em Nuvem são exemplos de tecnologias transversais que habilitam negócios inovadores que estarão no centro da tese de investimento. “O Fundo Inova 4RI possui um foco em colocar mais um instrumento para o ecossistema de startups e para as empresas beneficiárias da Lei de Informática, porque combinará startups nas principais tecnologias habilitadoras no mercado, além de trazer várias corporações empresariais com seus desafios e, portanto, oportunidades de demanda e apoio segmentado em setores econômicos tais como bancos, indústria, eletrônica, dentre outros”, ressalta Moreira.

Para mais informações sobre o fundo, acesse: https://fip4ri.softex.br/

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