ESET lista 29 considerações sobre o setor de cibersegurança para pensar o futuro

Salvador, 23/12/2020 – Em 2020, a cibersegurança não esteve à margem da crise da saúde. Como a ESET, empresa líder em detecção proativa de ameaças, menciona no relatório “Tendências em Cibersegurança 2021”, a aceleração que o uso da tecnologia teve para atividades como teletrabalho, bem como mudanças de hábitos por parte dos usuários, teve um impacto nas ações dos cibercriminosos durante este ano.

Neste sentido, a ESET apresenta 29 dados derivados de diversos relatórios, inquéritos e informações próprias que ajudam a observar o estado atual de segurança de diferentes perspetivas, dando uma ideia de onde nos encontramos e de tudo o que falta fazer para que a Internet e o uso da tecnologia seja mais seguro para todos os usuários.

“Vale ressaltar que, embora todos os dados citados tenham sido publicados em 2020 e muitos tenham sido coletados em tempos de pandemia, outros surgem da análise dos dados coletados durante 2019. Portanto, ainda que a pandemia tenha acelerado processos dos quais mentes mal intencionadas se aproveitaram para fazer mais vítimas, a falta de educação e conscientização de usuários e organizações quanto à gestão da segurança da informação e privacidade não é novidade. Muitos dos desafios que a cibersegurança enfrenta são de longa data e, em alguns casos, o que aconteceu é que se tornaram mais evidentes em 2020”, comenta Camilo Gutiérrez Amaya, chefe do Laboratório de Pesquisa da ESET na América Latina.

Os 29 dados que, de acordo com a ESET, mostram o estado da cibersegurança em 2020:

1. 60% dos usuários acreditam que seu conhecimento de segurança é insuficiente.

2. 56% dos usuários acreditam que suas informações pessoais não estão realmente protegidas online.

3. 3 em cada 4 usuários perderam dinheiro ou informações por não terem um backup.

4. Apenas 17% das empresas da América Latina implementam fator de autenticação duplo.

5. Apenas 33% das organizações na América Latina possuem um plano de continuidade de negócios.

6. 1 em cada 3 empresas na América Latina alegou ter sido vítima de uma infecção de código malicioso no ano passado.

7. Durante o primeiro semestre de 2020, o número de vazamentos de dados diminuiu em comparação aos anos anteriores. No entanto, o número de registros expostos (27 bilhões) é quatro vezes maior do que aqueles relatados em qualquer outro relatório anterior para o mesmo período de tempo. Fonte: Risk Based Security.

8. US$ 3,86 milhões é o custo médio global de uma violação de dados para uma organização e o custo de cada registro de informações de identificação pessoal é o mais alto, com um valor médio de US$ 150 por registro. Fonte: IBM.

9. 280 dias é o tempo médio que leva para uma organização a nível global identificar e conter uma violação de dados. Na América Latina, o tempo médio é de 328 dias. Fonte: IBM.

10. Erros de configuração em servidores em nuvem (19%) e o uso de credenciais roubadas e/ou comprometidas (19%) foram as principais causas de violações de dados, seguidas pela exploração de vulnerabilidades em software de terceiros (16%)  e phishing (14%). Fonte: IBM.

11. 80% das violações de dados incluíram o vazamento de informações pessoais identificáveis do consumidor, enquanto em 32% das violações a propriedade intelectual foi comprometida. Fonte: Fonte: IBM.

12. 52% das violações de dados foram causadas por ataques maliciosos, enquanto 23% foram devido a erro humano. Fonte: IBM.

13. Mais de 80% das violações de dados causadas por agentes mal-intencionados envolveram ataques de força bruta ou o uso de credenciais roubadas. Fonte: relatório da Verizon.

14. 30% das violações de dados envolveram atores dentro da empresa ou organização, enquanto 70% foram causadas por terceiros. Fonte: relatório da Verizon.

15. O aumento nas notificações de ataques cibernéticos cresceu 400% durante a pandemia, de acordo com relatórios de abril de 2020. Fonte: FBI.

16. Os ataques DDoS aumentaram em 151% durante o primeiro semestre de 2020. Fonte: Neustar.

17. Mais de 70% dos usuários asseguraram que, durante a pandemia, receberam ou tiveram contato com notícias falsas relacionadas ao COVID-19. Fonte: Pesquisa ESET.

18. 42% dos usuários da América Latina consideram que a empresa para a qual trabalham não estava preparada em termos de equipamentos e conhecimentos de segurança para se comunicar durante a pandemia. Fonte: Pesquisa ESET.

19. 37% dos usuários usam duas ou três senhas para todos os serviços e 59% usam sua senha de e-mail para algum outro serviço. Fonte: Pesquisa ESET.

20. 61% dos usuários acreditam que apenas algumas de suas senhas são fortes.

21. Entre julho de 2018 e junho de 2020, mais de 100 bilhões de ataques de enchimento de credenciais foram registrados, dos quais mais de 63 bilhões direcionados aos setores de varejo, turismo e hospitalidade, 17 bilhões ao setor de multimídia e 10 bilhões para o setor de videogames. Fonte: Akamai.

22. A senha “123456” é a mais usada na web em 2020 com mais de dois milhões e meio de usuários. Fonte: Nordpass.

23. O aumento nos ataques de força bruta ao Remote Desktop Protocol (RDP) atingiu 141% na América Latina durante o terceiro trimestre de 2020, com picos de até 12.000 ataques diários a usuários únicos. Fonte: ESET.

24. No terceiro trimestre de 2020, milhares de roteadores ainda estavam vulneráveis devido ao uso de senhas padrão para entrar no painel de administração, sendo “admin” a senha mais frequentemente detectada, seguida de “root” e “1234”. Fonte: Relatório de Ameaças ESET.

25. A força de trabalho no setor de segurança da informação precisará crescer 89% para proteger com eficácia os ativos de uma organização. Fonte: (ISC) 2 WorkForce Study 2020.

26. 27% dos incidentes de segurança de malware no ano passado foram relacionados a ransomware. relatório da Verizon.

27. Os ataques da web SQLi são os mais recorrentes (78%) contra setores como varejo, turismo e hotéis. Fonte: Akamai.

28. Todos os dias, ocorrem mais de 95 milhões de ataques contra aplicativos da Web e mais de 1,5 milhão desses ataques são injeção de SQL. Fonte: Akamai.

29. 40% dos consumidores globalmente usam entre um e três aplicativos financeiros (Fintech), mas apenas metade deles tem software de segurança instalado em seus dispositivos. Fonte: Pesquisa ESET.

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