Maior demanda por talentos em Inteligência Artificial vem de departamentos que não estão ligados à tecnologia

Salvador, 29/03/2020 – Nos últimos quatro anos, a maior demanda por talentos com habilidades em Inteligência Artificial (IA) não veio dos departamentos de tecnologia, mas sim de outras unidades de negócios das organizações, de acordo com pesquisa do Gartner, líder mundial em pesquisa e aconselhamento para empresas.

As análises do Gartner Talent Neuron mostram que, embora a necessidade por talentos em Inteligência Artificial nos departamentos de TI tenha triplicado entre 2015 e 2019, o número de contratações de profissionais com esses conhecimentos por parte das equipes de TI ainda é menos da metade do total realizado pelas demais

Total de contratações nos 12 principais países com maior PIB, em julho de 2015 e março de 2019

“A alta demanda e os mercados de trabalho mais restritos tornaram os candidatos com habilidades em Inteligência Artificial altamente competitivos, mas as técnicas e estratégias de contratação não acompanharam isso”, diz Peter Krensky, Diretor de Pesquisa do Gartner. “No recente estudo Gartner Estratégias de Desenvolvimento para Inteligência Artificial e Aprendizado de Máquina, os entrevistados classificaram ‘capacidades da equipe’ como o principal desafio ou barreira à adoção dessas tecnologias”.

Os departamentos que recrutam talentos de Inteligência Artificial em grande volume incluem Marketing, Vendas, Atendimento aos Clientes, Finanças, e Pesquisa e Desenvolvimento. Essas unidades de negócios estão usando os talentos em Inteligência Artificial para modelagem de rotatividade, análise de rentabilidade e segmentação dos clientes, além de recomendações cross-sell e upsell, planejamento de demanda e gerenciamento de riscos.

Uma parte significativa dos casos de uso de Inteligência Artificial é relatada por indústrias centradas em ativos que apoiam projetos como manutenção preventiva, fluxos de trabalho e otimização da produção, além de controle de qualidade e otimização da cadeia de suprimentos. O colaborador com habilidades em Inteligência Artificial geralmente é contratado diretamente nesses departamentos, com casos de uso claros em mente, de modo que os cientistas de dados e outros possam aprender as complexidades da área de negócios específica e permanecerem próximos da implementação e consumo de seu trabalho.

“Dada a complexidade, a novidade, a natureza multidisciplinar e o impacto potencialmente profundo de Inteligência Artificial, os Chief Information Officers (CIOs) estão bem posicionados para ajudar o RH na contratação de pessoas com habilidades em Inteligência Artificial em todas as unidades de negócios”, diz Krensky. “Juntos, os CIOs e os líderes de RH deveriam repensar quais capacidades são realmente necessárias a funcionário focado em Inteligência Artificial em seu primeiro dia e explorar os critérios de candidatos adjacentes às especificações da contratação. Os CIOs também deveriam pensar criativamente sobre o papel de TI em governar e apoiar diversas iniciativas de Inteligência Artificial e as equipes em evolução que conduzem essa atividade”.

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